ALTERNATIVA

Governo Municipal vai incluir outros parâmetros para definir ações contra pandemia

Lídia Prata
Publicado em 25/05/2021 às 18:34Atualizado em 19/12/2022 às 03:32
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Governo municipal deve incluir mais dois ou três indicadores para a avaliação do quadro da pandemia em Uberaba, a fim de decidir os rumos a serem tomados daqui pra frente com relação à Covid. “Não podemos ficar escorados apenas no índice de positividade. Se houver erro neste índice, porque é tudo alimentado de forma manual, a decisão (sobre as medidas) poderá ser incorreta” - disse o secretário, em entrevista divulgada em redes sociais esta semana. Bom saber que o governo municipal percebeu que essa taxa de positividade, sozinha, não é “boa conselheira” em matéria de atitudes necessárias para combater esse vírus. Aleluia!

O QUE VALE

Dentre os indicadores usados por boa parte dos municípios brasileiros para estabelecer regras de enfrentamento à pandemia, o mais recorrente é a taxa de ocupação de leitos, tanto em enfermarias, quanto em UTI. Na avaliação do secretário Sétimo Bóscolo Neto, a taxa de ocupação hospitalar talvez seja o índice mais importante para sinalizar medidas necessárias, o que, aliás, também já foi defendido inúmeras vezes pela infectologista Cristina Barata em entrevistas ao programa O Pingo do Jota.

OUTROS PAR METROS

Outros indicadores também estão na alça de mira do secretário, como o índice de transmissibilidade e a taxa de letalidade. Por que essa questão ainda não está definida, se parece assim tão óbvia? O secretário explica que a maior dificuldade que os técnicos da Secretaria de Saúde estão enfrentando é saber qual o peso a ser dado a cada um desses indicadores. Qual será a linha de corte? Para positividade foi estabelecida nota de corte de 40%. E para a taxa de ocupação de leitos? Uma dica: quem sabe recorrendo ao que foi feito no ano passado em Uberaba, com sucesso, possa surgir uma luz no fim do túnel?

FALTA EXPLICAÇÃO

Em que pesem todas as explicações sobre a tal taxa de positividade de 36,21% anunciada no sábado, a Prefeitura ainda não trouxe a público quantos testes foram realizados, quantos foram positivos e quantos foram negativos; quais foram feitos em UBS, quantos em farmácias, quantos em clínicas de saúde... Até agora as explicações estão centradas, apenas, na inclusão de testes negativos que não haviam sido considerados, porque farmácias e drogarias não os estavam informando ao Município. Já se falou até em possível erro humano, falta de inclusão de números, informações passadas por e-mail gerando uma certa desconfiança, patati patatá. Mas o que realmente interessa saber continua na “caixa preta” da Secretaria de Saúde...

JÁ DEU!

Foram tantas as doações de capacetes Elmo que até o secretário de Saúde disse que já estão suficientes. O que precisa agora são leitos de UTI e de enfermaria, mas o Município esbarra na falta de pessoal. Prefeitura alega impossibilidade de fazer reajuste salarial para segurar profissionais médicos e enfermeiros atuando aqui na rede pública, diante das restrições da lei federal. No entanto, há outras formas de tornar o emprego atrativo em Uberaba, seja através da oferta de ticket alimentação ou outro benefício que componha de forma interessante o plus salarial.

JEITO CERTO

Não apenas os parâmetros de avaliação da pandemia serão alterados, como também a testagem para Covid. Prefeitura iniciou esta semana os testes dos contactantes de pacientes positivos, para efetivo isolamento e monitoramento. Cerca de 30 profissionais da Secretaria de Saúde estarão empenhados nessa busca ativa.

AFINANDO A VIOLA

O boletim epidemiológico será alterado para cumprir a lei promulgada pela Câmara Municipal. Na semana passada, o autor da lei, vereador Túlio Micheli, chegou a ameaçar recorrer ao Ministério Público para obrigar a Prefeitura a incluir as informações obrigatórias nos boletins diários. Aí foi um corre-corre danado e na segunda-feira foi realizada reunião de alinhamento com todos os envolvidos para “afinar a viola”. Só não se sabe ainda a partir de qual data o boletim incluirá os novos dados.

DE VOLTA À FILA

Vão dizer que é difícil agradar a todos. Com razão, é mesmo. Porém, certas escolhas precisam ser melhor pensadas. Foi o caso do Centro de Eventos da ABCZ para a vacinação de pessoas com comorbidades, nesta terça-feira. Como as vacinas da Pfizer exigem um ambiente climatizado, o Centro de Eventos foi considerado o local ideal. Mas não se pensou nos transtornos para o público-alvo da vacinação.

FALTA DE ESTRUTURA

Primeiro, porque o local não comporta drive-thru, o que obrigou as pessoas a ficarem em pé, debaixo de sol, enquanto aguardavam sua vez para receber a vacina. Segundo, porque a área externa não tem estrutura para abrigar tantas pessoas, por horas e horas, como se viu das queixas populares contra a falta de banheiros e de um lugar onde pudessem ao menos comprar água. Resultad alguns chegaram a se sentir mal, precisando da ajuda de terceiros. Em que pese a iniciativa da Secretaria de Saúde de distribuir senhas para evitar que pessoas ficassem na fila sem perspectiva de serem vacinadas, o ritmo da vacinação foi considerado muito lento, ao contrário do observado no drive-thru da Funel, destinado a outros públicos.

MAIS VACINAS

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em live nas redes sociais, revela encontro com o ministro da Saúde na manhã desta terça-feira, em que discutiram dois pontos básicos para os novos rumos do enfrentamento eficaz à pandemia no Brasil. O primeiro deles é a ampliação da testagem na população, com consequente isolamento e tratamento dos infectados, e o outro, a ampliação da vacinação contra Covid. Rodrigo Pacheco revelou sua expectativa na aprovação da vacina Covaxin pela Anvisa, e respectiva importação de 20 milhões de doses da Índia.

NO PONTO

Secretário municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes informa que já estão prontos os projetos viários para dar mais segurança aos usuários da avenida Santana Borges e ruas adjacentes. Um dos pontos de conflito mais graves, no entroncamento com a rua Josina Rodrigues Borges, sofrerá alteração substancial. Outras alterações serão feitas nas vias marginais, para dar mais fluidez ao tráfego.

 

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