Rasgando o verbo
No “Café com o prefeito” dessa sexta-feira, Paulo Piau finalmente externou sua avaliação pessoal sobre esses escândalos envolvendo o governo Dilma Rousseff. E rasgou o verbo, como até aqui não havia feito. Aliás, Piau vinha evitando comentar o assunto, justificando que sua condição de prefeito de Uberaba o impedia de “comprar briga” com o governo, sob pena de prejuízos para o município. Mas ontem ele não aguentou e desabafou ao microfone da Rádio JM.
Fundo do poço
No seu desabafo, Piau disse entre outras coisas que “essa bagunça de Brasília atrapalha e muito o país. Em 2015 a nossa economia afundou quase 4%. Isso significa menos empregos, menos atividade econômica, menos receita nas Prefeituras, como é o caso de Uberaba. A economia paralisou. Portanto, temos de resolver rapidamente essa questão de Brasília, para o país voltar a respirar”.
Ficou pra trás
Quando indagado sobre o apoio que deu à reeleição de Dilma, coordenando a campanha dela na região, Piau explicou que naquela época essa era a melhor opção para Uberaba. Segundo ele, tanto no primeiro mandato de Dilma quanto nos 8 anos do governo do Lula, Uberaba avançou muito, principalmente em infraestrutura. E ninguém poderia imaginar o que estava por vir e o que estamos vendo agora...
Desembarque certo – A julgar pela fala do prefeito, é questão de tempo o anúncio do rompimento do PMDB com o governo Dilma. Segundo Piau, na convenção do partido, semana passada em Brasília, nenhum dos peemedebistas presentes defendeu o governo. Todos os pronunciamentos foram em tons de crítica e em defesa do rompimento do partido com o governo. Para piorar, Dilma decidiu desafiar o PMDB e nomeou um deputado do partido para ministro, contrariando determinação expressa tirada durante a convenção.
Cadeia – Na Bahia, Dilma disse ontem que “grampear Presidente dá cadeia lá fora”. Aí um gaiato retrucou: “Não tem problema não. Basta nomear o autor do grampo para ministro que ele se livra da prisão”.
A conferir
Durante o “Café com o prefeito” dessa sexta-feira, uma ouvinte ligou na Rádio JM e reclamou que as crianças tomam chuva porque é totalmente inadequado o abrigo de ônibus na avenida Frei Paulino, próximo à Supam. Em horário de pico, os ônibus nem sempre param no local para embarque de passageiro, por causa da superlotação. Piau ficou visivelmente irritado com a história e, no fim da tarde, resolveu ir pessoalmente ao local para conferir. De imediato determinou adequações no ponto do ônibus.
Vai ou não vai?
Provocado por moradores inconformados com a notícia de implantação da polêmica mão dupla na rua Jaime Bilharinho, o Ministério Público requisitou da Prefeitura de Uberaba informações detalhadas sobre o assunto, ata da audiência pública que discutiu o tema com a comunidade e laudo técnico mostrando a necessidade dessa mão dupla naquela rua. PMU tem 10 dias para prestar as informações. Pelo visto, esse assunto ainda vai render...
Tempos bicudos
Assim como em várias outras cidades brasileiras, as lojas Ponto Frio estão encerrando suas atividades em Uberaba. É uma pena!
A caminho
Vice-governador Antônio Andrade vai desembarcar em Uberaba no dia 22, próxima terça-feira. Aqui ele se reunirá com representantes dos municípios vizinhos para tratar das ações de combate ao Aedes e das políticas de enfrentamento da dengue, chikungunya e zika, na região.
Dois pesos, duas medidas
O Banco Mercantil de Investimentos (BMI), ligado ao Banco Mercantil do Brasil, acaba de receber uma injeção de capital da ordem de R$146,9 milhões, via Codemig, empresa do Governo de Minas. A informação foi divulgada na edição dessa quinta-feira pelo jornal “Valor”. O interessante é que o governador Pimentel vive se queixando de ter recebido um “Estado quebrado” e cofres vazios. Alega que não tem dinheiro pra nada. Mas injeta essa fortuna num banco privado? Tem mais: o governo tem seu próprio banco, que é o BDMG. Muito estranho...
Em queda
Com essas histórias dos grampos que deixaram Lula e Dilma numa situação vexatória perante a Nação, os deputados estão evitando falar ao telefone com palacianos, em Brasília. Agora só querem saber de tratar pessoalmente dos assuntos e fora dos gabinetes. Quem deve estar odiando essa mudança de hábitos são as operadoras de telefonia. As contas vão despencar em Brasília...
