ALTERNATIVA

Imagem do Brasil no exterior está cada vez pior diante das mazelas

Lídia Prata
Publicado em 27/06/2017 às 09:12Atualizado em 16/12/2022 às 12:24
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Tudo como antes...

Inevitável a decepção de quem retorna à pátria depois de viagem a qualquer outro país. O nosso Brasil continua o mesmo, com suas mazelas políticas e questiúnculas jurídicas intermináveis. Não é à toa que lá fora a imagem do país é um desastre. Impera a falta de credibilidade, o que afasta investimentos e arrasta nossa economia para o buraco. Na Suíça, onde estive nas últimas duas semanas, a estabilidade econômica decorre da estabilidade política duradoura. O sistema democrático suíço é único. Lá a população elege sete presidentes que se revezam no cargo, enquanto os outros formam um conselho federal, ouvido nas questões administrativas permanentemente. Os preços das mercadorias são os mesmos há anos, porque não sofrem reajustes. Não se vê essa infinidade que vemos no Brasil de placas de “aluga-se” e “vende-se” nos imóveis comerciais, porque estão ocupados. E o mais importante: todas as vendas são cobertas por documento fiscal. Não há sonegação de impostos. E se o cliente não pegar o cupom fiscal, o vendedor vai atrás dele para entregar o documento.

Honestidade absoluta

Ao longo das estradas que ligam as cidades suíças é possível avistar quiosques para venda de flores (girassóis principalmente), frutas, verduras. Os produtos são dispostos numa banca, como se fosse um minivarejão. Os interessados param o carro, pegam o que querem, e deixam o dinheiro no caixa. Não existem atendentes. No final do dia, o sitiante vai ao quiosque para recolher o dinheiro e os produtos que sobraram. Ninguém rouba ninguém. Talvez isso explique por que nas cidades rarissimamente se vê uma viatura de Polícia circulando com sirene ligada...

Água de beber

Talvez por ser um país pequeno, praticamente do tamanho do Estado do Rio de Janeiro, a Suíça consiga manter as ruas de suas cidades rigorosamente limpas a qualquer hora do dia ou da noite. Não se vê mendigo, pedinte, malabarista ou andarilho por lá. Além disso, em grande parte das praças de todas as cidades existem fontes de água potável, que as pessoas podem beber de graça. Rios e lagos igualmente têm água cristalina, com peixes, patos e marrecos nadando livremente, o que significa investimento em eficientes estações de tratamento de água e de esgoto. São pequenos detalhes que fazem grande diferença na qualidade de vida da população. E mostram como estamos distantes de atingir esse grau de civilidade e desenvolvimento.

Funciona! – Acredite se quiser: todos os canteiros nas ruas de cidades suíças têm flores durante a primavera-verão. Em algumas, os moradores também cultivam verduras para o próprio consumo, com incentivo do Poder Público. São verdadeiras hortas comunitárias, cultivadas pelos cidadãos, em esquema de rodízio voluntário.

Enquanto isso... – Até hoje nossa avenida principal, a Leopoldino de Oliveira, não ganhou sequer canteiros suspensos com flores para minimizar a feiura daquela grade paralela aos corredores do BRT. O Horto Municipal bem que poderia preparar as mudas a tempo da primavera. Por que não?

Na mosca

Não deu outra: o contrato com a Limpebras foi mesmo prorrogado por mais 12 meses, conforme adiantado por esta coluna no dia 1º. Porta-Voz de sexta-feira publicou o 6º aditivo ao contrato firmado entre a Prefeitura e a vencedora da licitação de 2012 para coleta de lixo. O custo será de R$ 30 milhões para os cofres públicos.

Morosidade

Não se sabe se por negligência ou outro motivo igualmente grave, mas o fato é que o contrato com a Limpebras venceria em 30 de agosto deste ano. Essa data não era segredo, nem ignorada nos domínios da PMU. Pelo contrário. Aliás, fontes da Prefeitura chegaram a dizer que o processo de licitação estava em andamento e o edital seria publicado a qualquer momento, com tempo suficiente para realizar o certame. Agora se vê que não era bem assim. Será que já estava tudo acertado para prorrogar novamente o contrato?

Último a saber

Assessoria do prefeito Paulo Piau precisa ser mais ágil nas informações ao chefe. No dia 11 de junho, o prefeito Paulo Piau afirmou ao Jornal da Manhã que enviaria ainda este mês para análise do Tribunal de Contas do Estado a minuta do edital para concessão do novo cemitério-parque de Uberaba. No entanto, um mês antes, exatamente no dia 11 de maio, já era conhecida a resposta do TCE ao Município sobre o assunto. No ofício, o conselheiro Cláudio Terrão foi taxativ não é atribuição do Tribunal a análise prévia de minutas de editais. Pelo visto, o prefeito foi o último a saber que a consulta prévia havia tomado “bomba” no TCE...

Fechando o cerco

Prefeitura deve gastar cerca de R$ 730 mil com a contratação de empresa de consultoria e assessoria no acompanhamento da apuração do VAF – Valor Adicional Fiscal. A contratada deverá fazer o gerenciamento eletrônico. Pregão presencial está marcado para o dia 10 de julho, às 14h. Quem se habilita?

Como assim?

Deputado estadual Tony Carlos tomou partido do candidato Renatinho, que disputa as eleições para prefeito da vizinha Campo Florido. Curiosamente, também o vereador Thiago Mariscal, de Uberaba, está manifestando publicamente seu apoio ao mesmo prefeitável. De duas, uma: ou Mariscal entrou de gaiato nessa história, ou está de olho nas eleições para deputado.

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