ALTERNATIVA

Jammal reaparece, mas não revela sua opção partidária

Lídia Prata
Publicado em 23/04/2020 às 18:27Atualizado em 18/12/2022 às 05:50
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Atualizada às 13h13

SUCESSÃO DE BESTEIRAS

São gravíssimas as afirmações feitas pelo agora ex-ministro Sérgio Moro, na coletiva em que explicou as razões da sua demissão. Para começar, revelou que o Presidente da República não honrou a palavra dada a ele, quando o convidou para o cargo. A “carta branca” prometida por Bolsonaro ao então juiz Sérgio Moro para conduzir o Ministério da Justiça e Segurança Pública amarelou em pouco tempo.

Moro disse com todas as letras que Bolsonaro queria notícias privilegiadas sobre investigações da Polícia Federal e deixou claro que queria no comando da instituição alguém da confiança dele. Ou seja, uma pessoa em que ele, Bolsonaro, pudesse mandar e desmandar, e até mesmo determinar os rumos a serem seguidos nas investigações.

Não bastasse, no ato de exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor geral da PF, constou a assinatura eletrônica de Moro, à sua revelia. Esse fato é gravíssimo, na medida em que configura abuso de poder, falsidade ideológica, verdadeiro ato de torpeza praticado pelo governo ou a mando dele.

Por óbvio que Moro não poderia se curvar a demonstrações explícitas de falta de respeito e abuso de poder. Agiu corretamente ao deixar um time que foi escalado para brilhar, mas não está passando de um fiasco total.

PRÓXIMA VÍTIMA

Com a popularidade rolando ladeira abaixo, o Presidente Bolsonaro dá demonstrações nítidas das suas dificuldades em lidar com a projeção alheia. Primeiro foi o ministro Luiz Henrique Mandetta, que estava em evidência por conta da pandemia de coronavírus. Todo dia Mandetta aparecia na mídia para atualizar os números dos boletins epidemiológicos, o que contribuiu para torná-lo um dos ministros mais populares do governo. Chegou a bater Lula e Luciano Huck em popularidade nas redes sociais. Isso, claro, incomodou muito o Presidente. E, assim como fez com Moro, Bolsonaro desrespeitou e desautorizou publicamente o então ministro da Saúde, a ponto de aparecer em público sem usar máscara e provocar aglomerações por onde passava. Chegou a inaugurar um hospital de campanha em Goiás, apertando a mão de populares e fazendo selfies, colocando Mandetta numa situação de extremo constrangimento. Ciúme? Vaidade? Prepotência? O que move Bolsonaro, além desses sentimentos cada vez mais evidentes na personalidade do Presidente da República?

Resta saber qual será sua próxima vítima. Talvez Paulo Guedes, que já foi colocado para escanteio esta semana, como se viu na entrevista coletiva para o anúncio das novas medidas de socorro à economia pelo governo, contrariando frontalmente a posição do ministro da Economia.

ATÉ QUANDO?

Nós, brasileiros, lutamos tanto para passar o país a limpo! Fomos às ruas contra a corrupção e o saqueamento dos cofres públicos, exigindo o fim da bandalheira no governo. Defendemos o impeachment da Presidenta Dilma na esperança de colocar um ponto final na roubalheira descarada que a Lava-Jato trouxe à tona. Pedimos mudança. Pedimos um basta àquilo tudo. Mas, pelo visto, a mudança veio na medida errada. Ou na dose insuficiente para curar as doenças do Brasil. Aí fica a pergunta: até quando teremos de suportar essa situação?

Eleito como esperança do povo brasileiro para implementar as mudança e resgatar os valores da moralidade, da ética e da honestidade no país, lamentavelmente o que temos visto é um Presidente que vem fazendo uma besteira atrás da outra, afrontando as instituições, comprando briga com todo mundo, desrespeitando seus ministros e dando maus exemplos à população, com ações e declarações públicas descabidas e inaceitáveis.

Nem me venham dizer que o estilo Bolsonaro incomoda as elites para justificar o comportamento que o Presidente tem adotado. Essa conversa não “cola” para aqueles que têm um mínimo que seja de discernimento e de visão crítica desapaixonada dos fatos. Precisamos para de nos enganar e de nos contentarmos com pouco. O Brasil merece mais do que um Presidente briguento e intempestivo.

PRONTO PARA A LUTA

“O deputado está pronto. Se o grupo precisar dele para administrar Uberaba, ele está preparado”. Foi o que disse o presidente da Câmara Municipal a respeito da provável candidatura do deputado estadual Heli Grilo a Prefeito. Ismar Marão é sobrinho e considerado o braço direito de Grilo. Conta que o deputado está tranquilo e até agora não se movimentou para ser “o” candidato do governo municipal.

Na verdade, quando Ismar Marão fala que o deputado Heli Grilo está “pronto” ele quer dizer: ele está querendo”. Para bom entendedor, esse pingo é o alfabeto inteiro.

BATE-BOCA

Acredite, se quiser: o pivô do desentendimento público em Ismar Marão (PSD) e o presidente do PSDB/Uberaba, Tiago Tiveron, foi a filiação de um servidor público. Isso mesmo. Em eleições passadas, esse cidadão trabalhou firme nas campanhas tanto de Ismar quanto de Heli. Mas agora resolveu se filiar no PSDB e tentar eleger-se vereador. Bastou saber da filiação para Ismar Marão falar poucas e boas para Tiveron. “Mas já passou” - garante Marão.

Porém, a julgar pelas declarações de Tiago Tiveron ao Pingo do Jota na quinta-feira, só passou para Marão.

DOBRADINHA

Em entrevista ao programa O Pingo do Jota na manhã desta sexta-feira, o corretor de imóveis Leandro de Souza (Avante) contou que está trabalhando firme na pré-campanha a prefeito de Uberaba. Sem revelar nome, Leandro adiantou já ter uma companheira para dobradinha, suscitando especulações que poderá ser Angela Mairink. Ocorre que o Avante já costurou apoio com o PTC (Partido Trabalhista Cristão) e com o Partido Republicano Brasileiro (PRB), ao qual Angela ainda estaria filiada. Será?

MATEMÁTICA ELEITORAL

A pedido de Alternativa, o presidente do MDB/Uberaba fez as simulações com base na legislação eleitoral, para diferentes situações que poderão acontecer em Uberaba a partir das eleições de outubro. Fabiano Elias começou analisando a possibilidade de Aelton Freitas voltar à Câmara Federal em 2021. Segundo ele, se a deputada Margarida Salomão vencer as eleições majoritárias em Juiz de Fora, ou o deputado Paulo Guedes sair vitorioso das urnas em Montes Claros, Aelton estará de volta a Brasília, como deputado federal, para cumprir dois anos de mandato. Hoje em dia Aelton é suplente e o único nessa condição com chances reais de assumir cadeira na Câmara dos Deputados.

CHANCE REMOTA

Embora tenha conseguido mais de 26 mil votos nas eleições para deputado federal em 2018, o produtor rural Romeu Borges tem poucas chances de conquistar mandato, a partir do resultado das eleições deste ano. Ele ocupa a suplência, mas ainda não há deputados prefeitáveis com robustez, na avaliação de Fabiano Elias, um dos maiores experts em matemática eleitoral.

CHANCE ZERO

Já o ex-deputado Tony Carlos, ao deixar o MDB, perdeu a sua suplência de deputado estadual. Se não for eleito para prefeito de Uberaba, terá de disputar as eleições de 2022, caso queira voltar à Assembleia Legislativa de Minas.

Na avaliação de Fabiano Elias, o também ex-deputado Adelmo Carneiro tem uma chance remota, quase nula, de voltar a ser parlamentar, pois é o 4º suplente.

E O FRANCO?

Na hipótese do deputado federal Franco Cartafina ser eleito prefeito de Uberaba (embora neste momento ele não seja pré-candidato), Rodrigo Mattos, de Juiz de Fora, assumiria a vaga dele na Câmara dos Deputados.

GRILO PREFEITO

Outro cenário analisado por Fabiano Elias tem como premissa a eleição do deputado estadual Heli Grilo para prefeito de Uberaba. Neste caso, Roberto Brito, de Leopoldina, assumiria a vaga do delegado na Assembleia Legislativa de Minas. “Aqui tem um detalhe, porque o Brito pode ser candidato a prefeito em Leopoldina. E se ele vencer seria chamado Cláudio Duarte, que era vereador em BH, mas foi cassado em 2019. A vaga, então, seria do Instrutor do DETRAN, Reinaldo” – explica Fabiano Elias.

Tem outro detalhe: se Heli Grilo vier a ser prefeito, Uberaba perderá sua representação em Belo Horizonte, já que ele é o nosso único deputado estadual.

FIM DO MISTÉRIO

Lerin está mesmo filiado ao PMN.

Em entrevista ao programa O Pingo do Jota, da Rádio JM, na manhã desta quinta-feira, o presidente do partido em Uberaba negou a filiação do ex-deputado, alegando que ele estaria no PDT. No entanto, consulta ao site do Tribunal Superior Eleitoral agora à noite confirma que Lerin está regularmente filiado ao PMN.

Pelo visto, o presidente Gleibinho Terra foi o último a saber…

 

VAI OU NÃO VAI?

A propósito, Gleibinho Terra segue afirmando sua condição de pré-candidato a prefeito de Uberaba pelo PMN. No entanto, admite que o partido marchará junto com o PTB, que já lançou Tony Carlos à sucessão municipal. E aí? Qual dos dois levará a candidatura adiante? Gleibinho diz que o candidato da coligação será aquele que estiver melhor nas pesquisas. O “pior” terá de se contentar em ser vice ou até mesmo candidato a vereador.

Façam suas apostas.

PROCURA-SE

Presidente do PSDB/Uberaba está à procura de Marcos Jammal para uma conversa franca. Foi o que disse Tiago Tiveron à Rádio JM, confirmando o encontro que teve com deputado federal Aécio Neves, na fazenda dele, em Cláudio (MG). Segundo Tiago, a filiação de Jammal teria sido feita por Brasília, sem passar por Uberaba, nem antes, nem depois. Mas, ao que tudo indica, o ninho tucano aqui está alvoroçado à espera do ex-presidente da Cohagra para ser o nome do partido a prefeito.

EM CIMA DO MURO

A propósito, Jammal continua em período sabático, pensando sobre seu futuro partidário. Conversei com ele à tarde passada, mas Jammal não revelou se ficará no MDB ou no PSDB. Adiantou apenas que, por uma questão de respeito, vai conversar primeiro com o prefeito Paulo Piau para, em seguida, se pronunciar. Aguardemos, pois!

ELE NÃO!

Se Jammal não confirmar sua filiação no PSDB, o partido poderá lançar a delegada Sandra Wazir na disputa majoritária, embora a amigos ela venha dizendo que não quer saber de candidatura. Se nem um, nem outro for cabeça de chapa, não restará alternativa ao PSDB senão apoiar nome de outro partido. Quem poderá ser? “Não sei ainda, mas com Heli Grilo o partido não vai caminhar de jeito nenhum” – garante Tiago Tiveron.

CHUTE NA TRAVE

A resistência do presidente do PSDB ao nome de Heli Grilo nasceu e cresceu em desavença entre ele e o vereador Ismar Marão, sobrinho e braço direito do deputado estadual. A motivação teria sido a formação das chapas para vereadores, com direito a desdobramentos explosivos nas redes sociais. Marão não teria gostado nadinha de perder nomes do PSD para o PSDB e “soltado os cachorros” com Tiveron.

NOMES NOVOS

Por enquanto, a chapa de prováveis candidatos a vereadores pelo PSDB tem apenas dois nomes testados anteriormente nas urnas, Jorge Ferreira e Dr. Heleno. Todos os demais são novatos na política.

DISPONÍVEL

“Ninguém pode ser candidato de si próprio. Mas estou sempre disponível” - assim reagiu o presidente da Codau, Luiz Guaritá Neto, ao ser questionado sobre sua possível candidatura a prefeito. Ele não acredita que as eleições sejam mantidas em outubro, e vê enorme dificuldade para realização das convenções partidárias daqui a dois meses, por conta das restrições impostas pela pandemia em especial às aglomerações. Na avaliação de Guaritá, convenções virtuais são avessas ao espírito democrático, pois acabam excluindo aqueles que não dominam a tecnologia.

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