José Serra não estará em Uberaba

Gê Alves - redatora interina   Silenciosos. Dois nomes até bem pouco tempo bastante visíveis no meio político local estão feito passarinho na muda. A então combativa ex-vereadora de atuação destacada, Marilda Ribeiro de Rezende (PT), está meio sumida. O secretário de Desenvolvimento, João Franco, até então com postura articuladora e sempre se posicionando politicamente, há muito não fala de política partidária em público, embora viesse prometendo surpresa após deixar o PR, em desentendimento forte com o presidente da sigla e também secretário municipal, Toninho Oliveira. Marilda, hoje com cargo no Governo Municipal, é pré-candidata a deputada federal e não aparece na lista de candidatos ao cargo com o apoio do prefeito.   Autoria. Ontem bem cedo recebi telefonema super, ultra, megassimpático do coronel reformado José Vicente Bracarense. Segundo ele, a frase citada - “política é igual nuvem. Você olha está de um jeito e um segundo depois já mudou tudo” - não é de Tancredo Neves, nem de Magalhães Pinto, mas de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, político, magistrado, deputado geral no Império e senador constituinte estadual por Minas Gerais na República. Realmente nunca tinha sabido desta citação pelo Andrada, conhecia apenas as defesas de ex-pessedistas de que a frase é deTancredo e dos ex-udenistas garantindo que ela foi dita pela primeira vez por Magalhães Pinto. Isto só me dá a certeza de que, independente da autoria, o conceito é certíssimo e cada vez mais atual.   Ele não vem.  Como adiantamos no início da semana, o presidenciável tucano José Serra não estará em Uberaba na segunda-feira. Embora o PSDB tenha informado ontem que ele aqui aportaria ao lado de Aécio Neves, ontem mesmo veio a “desconfirmação” oficial. Agenda de político é mesmo muito maleável, mas convenhamos, a de Serra está se superando. Credibilidade zero neste quesito.   Indignação. Leitora que se diz filiada ao PR, Cristina Lopez, em e-mail, diz ter achado graça ao ver “os rostos dos dirigentes do Partido da República estampados na matéria da jornalista Gisele Barcelos” na edição de ontem. Todos, diz ela, “com cara de quem tinha um limão na boca”. Ela se refere à retirada da pré-candidatura de Almir Silva a deputado estadual, atendendo apelos do prefeito Anderson Adauto. “Fico triste que o meu partido faça tudo que o coronel manda. Seria muito bom se tivesse ideias próprias”, afirma.   Fantástico. Não tenho como não opinar, principalmente diante de tantos telefonemas e e-mails recebidos após citação de Uberaba na série sobre o crack pelo Jornal da Band. A existência da rota caipira do tráfico passando pelo município não é novidade, mas é assustador o quadro a que assistimos hoje diariamente pelas ruas da cidade com relação a esta droga. A Band, através da sua equipe em Uberaba, prestou um serviço enorme, cumpriu com sua função de informar, de alertar, de mostrar os fatos sem maquiagem e sem sensacionalismo. A matéria de Júlio Prado foi jornalisticamente quase perfeita. Talvez tenha faltado apenas ouvir as autoridades municipais das áreas Social e de Saúde sobre por que chegamos a este ponto! O que pode e está sendo feito? A matéria fala que não há política de saúde nesta área no Município, onde até há poucos anos o crack era desconhecido, e informa ainda que, hoje, 85% das ocorrências estão relacionadas à droga. A matéria foi bem trabalhada, bem produzida. É fato e fato grave, uma sujeira que não pode, em minha opinião, ser encoberta debaixo de tapetes. Às vezes, e este é um caso, é preciso, sim, escancarar, colocar o dedo na ferida, chamar a atenção em busca de providências. Este é o papel da imprensa. Dias destes cobramos aqui policiamento nas escolas, um alvo e tanto para os traficantes.   Contraponto. Através da assessoria do Codau, o presidente do G-9, Luciano Velludo, que participa do grupo como dirigente do Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro (IEA-TM), posicionou-se sobre apoio político nas eleições deste ano retrucando nota da coluna. Ele nega que o G-9 tenha se manifestado em favor de qualquer candidatura. Diz que isto foi feito apenas por “presidentes de classes, ligados à construção civil” e sem “externarem apoio em nome das entidades ou do Grupo G-9”. No entanto, ninguém do G-9 desmentiu ou contestou informação publicada na imprensa local em 8 de maio deste ano. Na notícia, Altamir Roso falava em nome do grupo em favor de pré-candidato a deputado estadual e com afirmação entre aspas. O anúncio oficial do apoio à época foi feito por representantes das seguintes entidades que compõem o G-9: Cigra, Fiemg Instituto de Engenharia, Sinduscon, Aciu e Sindicato Rural.   Voz do povo. Com a informação de que a Prefeitura vai contratar empresa de geoprocessamento para atualizar a planta imobiliária de Uberaba, leitor Wesley Carvalho deduz que valores do IPTU deverão ser reajustados. Ele lembra também que a Prefeitura vai bonificar fiscais de posturas por aplicações de multa. O leitor lamenta o aumento de imposições econômicas sobre o cidadão e filosofa: “Como perdemos a fábrica de automóveis e de ácido cítrico da China, provavelmente não vamos conseguir a ZPE - Zona de Exportação - e a fábrica de amônia da Petrobras, é uma incógnita. Então, o que nossos dirigentes fazem é buscar outras maneiras de aumentar a arrecadação da Prefeitura, e como sempre quem paga é o povo”.   Muitos. Realmente. Tenho observado que muito do que foi dado como certo está virando água e uma série de anúncios de novos de projetos pela Prefeitura, boa parte “a ser’” implementada em parceria com o governo federal, está sendo feita. A maioria, convenhamos, com propostas ousadas, bonitas, interessantes e inteligentes. Mas chama a atenção a coincidência com o momento eleitoral e o fato de serem medidas apresentadas para o futuro. Nada ou quase nada do que está sendo anunciado é para agora. A propósit E o trem-bala? Está chegando?   Pizza. Para fechar a semana, colocar o papo em dia, bom mesmo é uma boa pizza. Aliás, boa não, a melhor pizza que a gente só encontra na Fornace. Eu, apaixonada confessa por massas, indico com segurança os pratos, quer para comer no local (Odilon Fernandes) ou para receber em casa, a qualidade é garantida.