Justiça Eleitoral não quer saber de confusão no domingo de eleições. Para isso, enviou uma carta circular aos candidatos com orientações sobre o que podem ou não fazer, a fim de evitar problemas. Para começar, a circular determina que cada candidato deve comparecer sozinho ao local de votação, usando máscara e levando sua própria caneta para assinar os documentos. Nada de acompanhantes, especialmente cabos eleitorais. Da mesma forma, estão proibidos contatos físicos com eleitores e mesários, ou seja, sem tapinhas nas costas, apertos de mão, beijinhos ou cumprimentos mais calorosos. Tudo em nome da segurança sanitária. As regras valem para candidatos a prefeito e a vereadores.
TEM MAIS
De acordo com as orientações passadas pela Justiça Eleitoral, nas seções de votação somente serão admitidos membros de partido que estiverem devidamente credenciados para atuarem como fiscais, guardada a distância mínima de um metro de outras pessoas ou de outros fiscais. Os fiscais, no caso, deverão ter menos de 60 anos, por causa dos riscos da Covid-19. Ninguém poderá se alimentar nos locais de votação, nem beber água ou praticar qualquer ato que exija a retirada da máscara, ainda que rapidamente.
REGRAS PARA ENTREVISTAS
A circular da Justiça Eleitoral estabelece regras também para as entrevistas dos candidatos à imprensa, que somente poderão ser dadas em espaços amplos e abertos. Na hora da votação do candidato, os fotógrafos e cinegrafistas não poderão registrar o ato. Nenhum repórter ou assessor de imprensa poderá acompanhar o candidato na seção eleitoral. Portanto, os tradicionais flashes dos candidatos após a votação estarão proibidos este ano. A circular encaminhada aos candidatos é assinada pelo presidente do Tribunal regional Eleitoral de Minas Gerais, Desembargador Alexandre Victor de Carvalho.
TURISMO NÁUTICO
Encerrando a série de Sabatinas JM, nesta terça-feira foram ouvidos mais três candidatos a vice. Mais ideias interessantes surgiram, como a proposta de Mateus Morais, vice do Cel. Peres (Avante), para transformar as margens do Rio Grande em área de turismo náutico. Segundo ele, o primeiro passo é pavimentar um acesso de Uberaba ao Rio Grande, sem ter de passar por Delta, como acontece até hoje. E buscar investidores que possam construir hotéis, pousadas, edifícios de apartamento para temporada e estrutura de lazer com quiosques, bares, restaurantes etc. Mateus Morais destacou que cidades menores que Uberaba, como Rifaina, no interior de São Paulo, vivem do turismo náutico há muito tempo, inclusive recebendo investimentos de construtoras de Uberaba. E questiona: “Por que não investirem em Uberaba?”
Boa pergunta.
INDÚSTRIA SEM CHAMINÉ
Destacando que o turismo é uma indústria sem chaminés, o vice do Avante propõe ainda que a Prainha no Rio Uberaba também seja aproveitada para o turismo náutico. “Por que cercar a Prainha? Ali teremos uma belíssima lâmina d´água que pode ser aproveitada para esportes náuticos” – frisou. Além disso, Mateus Morais defende a perfuração de poço profundo em Peirópolis, como atrativo para turistas que buscam águas termais. Vale destacar que do poço profundo do Bairro Olinda jorra água a 36 graus centígrados. Aliás, Mateus Morais chamou a atenção para o fato que Olímpia, no interior de São Paulo, explora muito bem o turismo, a ponto de ter um Parque dos Dinossauros sem nunca ter sido encontro um osso sequer desses animais pré-históricos naquela região. Por que Uberaba não pode aproveitar melhor seu potencial turístico?
REPRESA QUESTIONADA
Ainda nas Sabatinas JM desta terça-feira, o Professor Moacir Lopes, vice de Elisa Araújo (SD), criticou duramente a opção da Codau por construir a represa da Prainha, em vez de usar os recursos no projeto original das adutoras do Rio Claro para trazer água para Uberaba. Moacir chegou a dizer que “a represa da Prainha é um zero à esquerda. Não vai resolver o problema do desabastecimento da cidade na época da seca, porque tem reserva para 20 dias no máximo”. E mais: disse que o projeto tem erros grosseiros, que precisam ser corrigidos imediatamente.
A entrevista completa está disponível no site jmonline.com.br.
ÁGUA PARA FUTURO
Ainda sobre a questão do abastecimento de água, o Prof. Moacir Lopes defende a captação no Rio Grande e garante que a qualidade da água é boa. Mas diz que moradores de bairros mais altos do Minha Casa Minha Vida às vezes ficam sem água na torneira porque a caixa d´água é insuficiente para o consumo da família. “Não sei como a Caixa aprova Minha Casa Minha Vida com caixa d´água de 580 litros. Deveria exigir, no mínimo, mil litros”. Aí a Codau pode captar água onde for que o problema nas casas vai persistir.
AGENDA CHEIA
Na reta final da campanha eleitoral, a dobradinha Delegado Heli Grilo e Prof. Alan Carlos esteve no Hospital Universitário, nesta terça-feira, e depois saiu em carreata pelas ruas do Santa Maria. A propósito, repercutiu muito bem a proposta da dupla de criar em Uberaba o Hospital Veterinário público, iniciativa que há muito faz falta àqueles que não têm condição de pagar pelo tratamento do seu animalzinho de estimação.
LIVRE DE COVID
Essa é para quem acredita que o transporte coletivo é lugar de alto risco para a contaminação do coronavírus. O Imperial College London, instituição britânica que atua com foco em ciência, engenharia e medicina, realizou testes no mês passado na rede de transportes de Londres, composta por metrô e ônibus. O objetivo era detectar a presença do coronavírus, fator de risco para a disseminação da doença entre os usuários e funcionários do sistema. Esta foi a segunda vez que a coleta foi realizada, e novamente apresentou resultados negativos. A Transport for London (TfL), que gerencia o sistema de transporte, intensificou os procedimentos de limpeza, mas ressaltou que não basta somente um ambiente limpo para tornar o metrô e os ônibus seguros. O distanciamento social e o uso de máscara também precisam ser seguidos, disse o órgão gestor.
