ALTERNATIVA

Luiz Neto acha inviável trazer água do Rio Grande

Lídia Prata
Lídia Prata
lidiaprata@jmonline.com.br
Publicado em 21/09/2022 às 21:45Atualizado em 17/12/2022 às 23:31
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PÉS NO CHÃO

“Até já defendi no passado buscarmos água no Rio Grande. Ao longo do tempo fui vendo que a realidade impõe o que é viável. Hoje tenho os pés no chão. Trazer água do Rio Grande é uma obra de R$ 400 milhões. É totalmente inviável”. Opinião é do ex-presidente da Codau, engenheiro Luiz Guaritá Neto. Para ele, o armazenamento de água do Rio Uberaba para uso nos 3 meses de seca é capaz de suprir perfeitamente as necessidades de abastecimento à população.

GUARDAR PARA EMERGÊNCIA

Luiz Neto voltou a enfatizar que a barragem da Prainha é uma das três previstas num projeto de armazenamento de água do Rio Uberaba. Segundo ele, durante 9 meses do ano, o Rio Uberaba tem água em abundância. Justamente nesses 9 meses a água excedente poderá ser armazenada nas barragens para ser usada durante o período de estiagem. “O Rio Uberaba produz de 10 a 15 vezes mais água nesses 9 meses do ano” - destacou Luiz Neto. “A Prainha já devia estar pronta. É preciso agilizar essa obra. Nossa sorte foi termos um ano chuvoso em 2022. A situação do abastecimento poderia estar pior, se tivéssemos uma seca igual à de 2014” - frisou. E arrematou: a Codau precisa começar o quanto antes os projetos das outras duas barragens.

JÁ PRA ESCOLA!

“Zé Luiz é muito bom para captar recursos. Mas para discutir Engenharia ele precisa entrar na escola primeiro”. Foi o que disse o ex-presidente da Codau, Luiz Guaritá Neto, em entrevista aO Pingo do Jota desta quarta-feira, rebatendo as declarações dadas por seu antecessor no mesmo programa.

SEM GAMBIARRA

Segundo Luiz Neto, a transposição do Rio Claro foi uma opção acertada, e não uma gambiarra, como alegou Zé Luiz Alves. Além disso, o montante dos recursos captados na gestão de Zé Luiz seriam insuficientes para executar o projeto da adutora do Rio Claro, tal e qual foi concebido. Mas deram para fazer a obra da transposição e vão custear a obra da barragem da Prainha, orçada em torno de R$ 26 milhões. E ainda vão sobrar recursos da ordem de R$ 16 milhões.

800 x 400

Ainda de acordo com Luiz Neto, havia de fato perspectiva de que a vazão do Rio Claro pudesse dispor de 800 litros por segundo para abastecer Uberaba. Mas, na verdade, nunca passou de 400 litros. Tem mais: há 20 anos havia duas dezenas de pivôs usando água do Rio Claro nas fazendas da região. Hoje são mais de 200.

ERRO NENHUM!

Sobre a barragem da Prainha, Luiz Neto garantiu que não tinha (nem tem) erro algum nos projetos técnicos da obra. Tanto assim que um projeto desse porte não seria liberado com falhas pelo setor de engenharia da Caixa e Ministério das Cidades. Por outro lado, Luiz Neto ressalta que pequenos ajustes em projetos são naturais em toda e qualquer obra, inclusive construção de casa. Mas isso não significa necessidade de paralisação do serviço por quase dois anos…

PAROU POR QUÊ?

Então por que a obra da Prainha foi paralisada e o contrato rescindido com a empreiteira? De acordo com o ex-presidente da Codau, a obra parou por pressão da empreiteira. Depois de concluída a etapa da terraplanagem, a construtora teria de iniciar a concretagem. E aí começou a catimbar, porque os preços do concreto e do aço haviam subido cerca de 40%. Estando no final do mandato, ele achou prudente deixar para o seu sucessor decidir se daria ou não o reajuste no preço do contrato, conforme queria a empreiteira.

“Não há crítica à atual administração da Codau. São meninos muito bem intencionados” - fez questão de frisar Luiz Neto.

NOVIDADE

Encontro com candidatos a deputado estadual realizado pela ACIU na noite de terça-feira reuniu 8 dos 19 postulantes a cadeiras na Assembleia Legislativa de Minas. Mas quem “roubou a cena” foi o estreante Nei Camilo, ilustre desconhecido da maioria dos presentes. Com seu jeitão simples de pedreiro, que presta serviços à Codau há 20 anos, Nei Camilo mostrou que de bobo não tem nada. Defendeu a privatização da Cemig, criticou a intenção do governo de cobrar imposto sobre a energia “limpa” (fotovoltaica) e disse que o Brasil precisa parar de depender da energia produzida pela água. Buscar outras fontes de energia deve ser prioridade para o país. No final, fez seu merchan: “Eu instalo placas de energia por R$ 1.200. Liga pra mim”. A plateia caiu na risada.

TROCA DE FARPAS

Candidato do Novo, Daniel Angotti alfinetou os concorrentes, dizendo que ele, sim, é o candidato de Zema, enquanto os demais estão “surfando” no prestígio do governador. Disse que Uberaba não tem representante em BH, desdenhando do desempenho político do deputado Heli Grilo, sentado ao seu lado no palco da Aciu.

CADÊ SEU HISTÓRICO, COMPANHEIRO?

O deputado Heli Grilo, por sua vez, rebateu: “Quem não tem história precisa se agarrar em alguém. Eu tenho história”. E seguiu dizendo que não é “lambe botas” do governador. Ele vota de acordo com sua consciência.

BALANÇO PARCIAL

Balanço dos dois primeiros dias de portas-abertas no Restaurante Popular revela que foram servidos 1.300 almoços, entre pratos e marmitex. Na estreia teve feijoada e no segundo dia, frango xadrez.

Na abertura do Restaurante Popular, a maior parte das pessoas preferiu levar a marmita para casa, em vez de almoçar no local. Veja a foto abaixo. Tinha mais gente do lado de fora, na fila, do que almoçando no “bandejão”.

BOA IDEIA

Prefeita Elisa não contestou a informação sobre a provável ida do vereador Ismar Marão para o comando da Funel, caso ele não se eleja deputado federal. Ao contrário. Elisa disse que a ideia é boa, embora esteja confiante na eleição do presidente da Câmara.

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