Gê Alves - redatora interina
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Socorro! - Do jeito que a coisa anda, deveriam institucionalizar uma nova modalidade de causa mortis. Morreu de quê? De violência. Mais um trabalhador morre de violência em Uberaba, Rosângela Matias Montes, comerciante ao lado do marido no bairro Boa Vista, assassinada quando entrava em casa, vítima de tentativa de assalto. Enquanto isto as autoridades fazem reuniões para discutir um tema que precisa é de ação.
E a culpa é de quem? - Para mim, uma série de fatores cumulativos. A polícia talvez seja a menos culpada. De nada adianta que o operacional se esforce se quem tem o poder da caneta (legisladores e Executivos) – inexplicavelmente – não reage, apesar do grito desesperado de uma sociedade inteira. A responsabilidade é também de comandos superiores que - mais políticos que práticos - por anos esconderam a realidade das estatísticas, mascararam números, descaracterizaram enquadramentos criminais. Eu mesma passei por isto, embora com números reais nas mãos, sendo contestada e, em vão, tentada a ser convencida de que tudo não passava de um tal “sentimento de insegurança”. É também de quem, com o caldo mais que entornado, ainda fica discutindo, discutindo, discutindo num sem parar pouco ou nada efetivo. E, claro, de fatores outros que passam pela educação e pela família.
Urgente! - Enquanto o crime toma conta, policiais militares das cidades brasileiras, inclusive daqui, sim, de Uberaba, onde a coisa foge ao controle, estão sendo encaminhados para atuar na Copa do Mundo. Ah, para! Depois ainda há os que não entendem a revolta do povo, as manifestações, o desespero coletivo. O certo é que a gente não aguenta mais. Estamos todos neuróticos, vivemos a geração do medo e da frustração diante da ineficiência estatal frente à questão.
Veneno - Leitores lotando minha caixa de e-mail – adoro! – para confirmar hipótese levantada pela coluna de utilização de capina química na BR-050, onde, nas imediações não são poucos os cursos d’água. E tem quem detona e quem, apesar de não concordar, não vê opção melhor para manter o local. Separei um de cada vertente. Marco Antonio Tintori diz ser testemunha da ocorrência que utiliza “veículo, tipo dos que jogam água na pista”, e conta tê-lo intrigado a alta densidade do jato de veneno – “aproximadamente 3mm”. “O cheiro de veneno insuportável adentrou meu veículo”, relatou.
Fazer o quê? - Já o engenheiro Lázaro Elveci de Oliveira observa que as capinas nas lavouras em grandes propriedades não mais são manuais, mas à base do “mata-mato”, com aplicação aérea de “toneladas do produto”, normalmente glifosatos. No caso das beiras de estrada, ele avalia que são quantidades insignificantes em comparação com os grandes agricultores. “Parece que ninguém olha para esse lado dos poderosos. Apesar de tudo, eu particularmente não vejo em nossos tempos outra solução”, opinou.
Boletim - A assessoria do vereador Edmilson de Paula também reagiu. Manda-me inclusive cópia de boletim de ocorrência lavrado há cerca de dois meses, com denúncia do parlamentar à Polícia de Meio Ambiente, Guarda Municipal e Posturas, de capina química por empresa terceirizada às margens da BR-050, altura do km 179. “Continuo preocupado com a questão ambiental e não concordo com a capina química. Coloco-me à disposição para auxiliar o Ministério Público a averiguar o que vem acontecendo no local,” pontuou o vereador.
Muito bem! - Proprietária de imóvel no cruzamento das ruas Vigário Silva e Segismundo Mendes foi multada em R$200 mil pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau) por ter promovido intervenções não autorizadas. A casa estilo art décor foi inventariada em 1987 pelo Iepha mineiro. O conselho entende que houve descaracterização. A defesa tentou convencer - em vão -, alegando entre outras que a obra não desqualificou a arquitetura original e ainda que o patrimônio de Uberaba não pode ser comparado com outros, como de Tiradentes, por exemplo, porque não tem o mesmo valor. Os R$200 mil de multa compensatória serão utilizados no restauro de outros bens.
Perdas - Maio chega ao fim marcado pela perda de grandes cidadãos em Uberaba, pessoas de valores máximos como o professor Walter Pontes, fundador da Cultura Inglesa e um educador à frente do seu tempo; a eterna mestra Terezinha Hueb de Menezes; o jornalista e publicitário Marcos Rocha; o empreendedor Latif, o empresário Zito Sabino e o ex-jogador de futebol e comentarista esportivo, Grimaldi.
Parabéns! - Encerrada com sucesso a campanha de vacinação contra a gripe entre os advogados de Uberaba e seus dependentes. Setecentas doses foram aplicadas. E tem mais novidade vinda da Caixa de Assistência dos Advogados. A secretária-geral adjunta, Fabiana Faquim, anuncia que a Nova CAA ampliou os investimentos no projeto “Vestir com Dignidade” e agora oferece roupas novas e de qualidade destinadas aos advogados mineiros que precisam desse auxílio para o dia a dia de trabalho.
Continuo com vocês na próxima semana. Até terça!