POR GÊ ALVES – REDATORA INTERINA
Sem trégua. Vereador Marcelo Machado Borges (“Borjão”) contra-ataca o conselheiro estadual de Saúde, Jurandir Ferreira, na nota “Acompanhando”, da coluna de ontem. O parlamentar garante que “a história” não foi bem contada e apresenta versão. Diz que na reunião na UPA Mirante, dia 3, Jurandir não foi impedido de entrar ou teve restrições à sua presença por sua parte. E mais, diz que o conselheiro, ao usar a palavra, de início teria usado tom exacerbado e acusatório. “Entre outras coisas, disse, quase aos gritos, que havia acordo sobre projeto do Executivo que já estaria na Câmara, modificando legislação, proibindo a contratação de servidor assim que a OS assumir as UPAs. Essa seria uma exigência do Ministério Público para não entrar com ação impedindo a atuação da OS”, aponta.
Sem acordo. De outro lado, “Borjão” admite reação forte sua de que na Câmara não havia esse projeto, sendo “mentirosa” tal afirmação e que ele não faz "acordos" para votar projetos. Conforme “Borjão”, houve tumulto, atrapalhando o andamento dos trabalhos na unidade, e a coordenadora solicitou o encerramento da reunião. Todos – diz – teriam ido para o pátio externo, onde ele conversou com os servidores e informou que estava marcando reunião com a promotora Cláudia. Para finalizar, o vereador garante que em nenhum momento foi impedido de entrar naquela unidade.
Mau uso. Deu polêmica na Rede postagem do fotojornalista Grasiano Souza chamando a atenção da imprensa para post no perfil de rede social de Mariângela Camargos, coordenadora do Instituto Agronelli de Desenvolvimento Social. Nele, ela relatava o “drama” de sua ajudante doméstica junto à Cohagra que, ao ser chamada para atualização de cadastro do “Minha Casa Minha Vida”, do governo federal, na verdade estaria sendo abordada com fins eleitorais em favor da candidata à reeleição à Presidência da República, Dilma Rousseff.
Negando. O presidente da Cohagra, Marcos Jammal, negou a existência de recadastramento e disse desconhecer pedidos de votos no interior da unidade. “Minha gestão na Cohagra é extremamente técnica e pautada em transparência, onde facilmente é demonstrada em minhas atitudes à frente desta companhia. Com pouco tempo consegui apresentar uma gestão humanizada, com atendimento eficaz, e transparência!”
Apelação. Mas, falando em Cohagra, depois dos comentários durante a campanha eleitoral de que Wagner Júnior estaria ligando – e ele negou – pedindo votos e fazendo alusão a unidades habitacionais, agora são fortes os comentários de que o ex-presidente da Cohagra, vereador Samir Cecílio, teria adotado a prática, não pedindo votos, mas “carimbando” projetos como méritos seus. Ambos já presidiram a companhia. Há vereadores, mutuários e candidatos à casa própria indignados.
Novo governo. Deve acontecer nos próximos dias visita de Eduardo Pimentel como governador eleito a Uberaba. O prefeito Paulo Piau aponta que nomes da cidade e da região podem compor o novo governo do Estado. Falando nisto, já houve até especulações de que Gilmar Machado poderia trocar a Prefeitura de Uberlândia por uma Secretaria de Estado, o que pessoalmente não acredito.
Trânsito. Intervenção anunciada para a praça Rui Barbosa, com inversão no tráfego das ruas Manoel Borges e São Sebastião com “corredor de conversão” na praça. Tem quem tema a medida e receie que, com a alça, a principal praça da cidade vire uma “meleca”, como afirmou o leitor Gabriel Cruvinel Oliveira. Para ele, “é uma invenção de moda”. Mas tem gente que, embora com um pé atrás, prefere aguardar pra ver no que vai dar.
Nova sede. Com a expectativa de conclusão das obras do novo Fórum, a OAB/Uberaba está concluindo o projeto dos móveis e equipamentos da sede da avenida Maranhão, cujas despesas serão cobertas pela venda do prédio da rua Lauro Borges, já autorizada pelo Conselho Estadual. "Queremos ajustar todas as condições para dar conforto aos advogados de Uberaba, com destaque ao auditório para 200 pessoas, ampla secretaria e as cinco salas de atendimentos para os profissionais do Direito", informou o presidente da 14ª Subseção, Vicente Flávio.
Acorda você! Gostei de e-mail crítico e imparcial de leitora A.R.N., a partir de apanhado de Alternativa desta semana e casando com o debate dos presidenciáveis pela Band. Divido com vocês: “Mentira mentiroso, leviana, leviano; político ou espectador, a grande piada é grande demais para eu ficar calada! É todo dia, cada cidadão e cada candidato culpando a crise, culpando a corrupção dos demais, culpando uma vez o Estado, outra a União, culpando os políticos, governador, prefeito, presidente ou presidenta, tucano ou petista, o absurdo todo dia é grande demais para a gente ficar isento. Fui dormir lendo notícias sobre assalto de sacolão na cidade, acordei hoje de manhã aprendendo que um consultório itinerante de oftalmologia para tratar as crianças das escolas públicas na Escola Boa Vista tinha sido arrombado, e gente regando jardim e lavando casa com mangueira... Parece que a mídia é um divisor de consciência... Enquanto esteja escondido, posso fazer tudo e qualquer coisa. Eu pergunt a dona de casa que manda regar o quintal à noite não é menos culpada que o presidente da Petrobras, menos culpada que o ladrão do sacolão ou o bandido do consultório itinerante? É tudo a mesma coisa, cada um na escala do seu poder e das oportunidades que a sociedade lhe dá! Veja na sua própria casa o que não está correto, porque educação, saúde e segurança começam na sua casa: é gato da Net, é vazamento de água, é uma luz acesa, é uma mentirinha, um desrespeito, alguns reais a mais, uma nota a menos, um ‘sem recibo’, uma troca de favores... Faça como se cada um de nós estivesse debaixo dos fogos do debate e do foco da mídia, monitorando nosso dia a dia, olhando escrupulosamente nossas fraquezas, nossas omissões. O Brasil não é o resultado de políticas públicas e projetos de tecnocratas, o Brasil é o fruto de cada Brasileiro, de cada cidadão, consciente e responsável”.
