ALTERNATIVA

Município assina contrato para implantação do Programa Cidade Vigiada

Lídia Prata
Publicado em 29/08/2019 às 20:03Atualizado em 17/12/2022 às 23:51
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Gê Alves - redatora interina

gealves13@gmail.com

Fechando o cerco. Cento e vinte e cinco câmeras de vídeo com sistema inteligente que inclui tecnologia israelense fechando a cidade. A esperada muralha tecnológica pela segurança pública está a um passo da realidade em Uberaba. Ontem, o sistema, com investimento da ordem de R$2 milhões, foi assinado e a operação está prevista para ainda este ano. A degustação apresentada, por certo, enche a todos de esperança por mais segurança. O reconhecimento facial virá na segunda etapa. Mas já a inicial é capaz de identificar veículos, por exemplo, classificando a busca por características predeterminadas, como tipo e cor, em exame autoanalítico por parte do software que dispara sinal sonoro para demonstrar o achado.

Incremento. O número de câmeras é pelo menos 50% maior que o inicialmente projetado, possibilitado através de encontro de contas entre Codiub e Prefeitura. Além de Uberaba, outros municípios já se comportam como potenciais compradores do projeto da Codiub e já manifestaram interesse, como Uberlândia, Rio Verde (GO) e cidades do sul de Minas.

Marcos. A empresa de capital misto vive o seu segundo grande momento. O primeiro, naturalmente, foi sua criação, ousada, em 1986, na gestão do prefeito Wagner do Nascimento. De lá para cá, ela existiu, mas sem impactar, pelo menos diretamente ou tão fortemente, na Administração e na vida da sociedade ou do próprio mercado, já que se trata de uma empresa. Aliás, um diferencial e tanto é que, criada antes Constituição Federal vigente, pode contratar com o poder público sem licitação.

Justiça seja feita. O atual presidente, colega jornalista Denis Silva, não exagerou quando disse ontem que “muita gente nem sabia que a Codiub existia ou para que existia”. É verdade, e hoje a companhia está presente e é peça fundamental em ações nevrálgicas da Administração, como a digitalização de documentos, a saúde, a informação e a desburocratização de forma geral e agora na segurança. Gestão, equipe preparada, criatividade, ousadia e responsabilidade podem renovar e transformar tudo.

Ganha-ganha. Grandes coisas são construídas na diferença, claro que na diferença do bem. Brincadeira entre Denis e o também jornalista secretário de Defesa Social, Wellington Cardoso Ramos, reforça isto. Denis lembrou que, na fase embrionária do Cidade Vigiada, ouviu do colega que a ideia era linda, mas deveria se lembrar do alto custo. No “desafio”, como diz Denis: “Pôs a faca nos dentes para fazer diferente”. Wellington replicou e comemorou a impossibilidade de tréplica. Claro, tudo em tom de leveza de ambos, que só comemoram o resultado e a parceria.

Olhares. Wellington fez duas abordagens interessantes acerca do Cidade Vigiada. Uma como facilitadora da real integração entre os organismos de defesa social/segurança pública em Uberaba. Outra para destacar a imprescindibilidade do humano e a necessidade de sua valorização para criar, desenvolver e fazer funcionar a tecnologia em favor da sociedade.

Armamento. Na quarta-feira, o titular da Seds participa em Belo Horizonte de reunião com a Polícia Federal para tratar do armamento dos guardas municipais. Convênio neste sentido é exigência legal.

Em queda. Tenente-coronel PM Breno de Souza Reis afirma que em 2018 foi de 40% a redução de crimes violentos na região e este ano até agora está em 30 por cento. “A violência é um fenômeno social que precisa ser estudado”, diz.

Desabafo e mãos à obra. O governo federal, segundo o prefeito Paulo Piau, prometeu “mundos e fundos” para o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, no que diz respeito à tecnologia e segurança, mas “até ontem” nada tinha chegado. Para ele, “esta história de jogar responsabilidade em outro ente politicamente até serve, mas não resolve”. Isto para dizer que constitucionalmente a responsabilidade pela segurança pública é do Estado e, em alguns casos, da União, mas que, ante a situação de criminalidade, Uberaba não está inerte. Citou, além do Cidade Vigiada, o aumento do efetivo da Guarda.

Sem concorrência. Segurança, parceria e respeito foram as palavras mais ouvidas ontem lá pelos lados do Centro Administrativo. PP disse que não há pretensão da Prefeitura em fazer segurança pública, mas está disposta a colaborar no preventivo e apoiar as polícias, especialmente a PM. Denis Silva reforçou que “não há pretensão de resolver problemas de segurança, mas oferecer ferramentas para facilitar o trabalho dos órgãos de segurança pública”, e Wellington Cardoso, o homem da segurança municipal, destacou que “a Guarda está sendo preparada para não ser mais apenas coadjuvante, mas participar da segurança pública”.

Diplomacia. No evento de ontem, Piau demonstrou um cuidado no trato dispensado aos vereadores. Do meio para o fim da sua fala, nominou cada um dos parlamentares presentes e ressaltou projetos aprovados pelo Legislativo na área da segurança.

Rigoroso. Foram 2.299 candidatos às 100 vagas oferecidas no concurso da Guarda Municipal, em fase final. Somente 82 pessoas continuam no páreo. E a queda ainda pode ser maior nas etapas derradeiras, como documentação (CNH “A” e “B”), tiro, avaliação psicológica e sindicância social. Até agora os fatores mais recorrentes impeditivos para preenchimento total foram o teste de aptidão física (barra, abdominal e corrida), altura mínima e as avaliações escritas, especialmente o português, além da abstenção de 26%, segundo o presidente da comissão do concurso, Arnaldo Polati Bisinoto.

“Não dá para relaxar com bandidos, não. Têm que ser vigiados, ter medo de polícia e agora, também, de tecnologia.” (Paulo Piau)

 

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