Renata Gomide - redatora interina Dindim. O PT e o PMDB devem ficar com a maior fatia do Fundo Partidário a partir do ano que vem, isto porque elegeram as duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados – na sequência estão o PSDB, o PR e o DEM. A previsão é de que, juntas, as duas legendas recebam R$ 57 milhões de um total previsto no orçamento para 2011 da ordem R$ 201 milhões. De acordo com a Lei 9.096/95, esse fundo é composto por dotações orçamentárias, multas eleitorais e doações de empresas e cidadãos, sendo dividido entre todos os 27 partidos do país em doze parcelas, os chamados duodécimos. Rateio. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, este ano o fundo tem R$ 160,4 milhões em recursos orçamentários (duodécimos de R$ 13,3 milhões) e mais R$ 2,7 milhões em multas. Ele tem que ser dividido da seguinte forma: 5% seguem em partes iguais para todos os 27 partidos. Os outros 95% são rateados entre eles proporcionalmente à votação para as eleições da Câmara dos Deputados, daí o motivo de o PT e o PMDB saírem na frente pela busca aos milhões. Posição. Por falar em milhões, Newton Cardoso tem o maior patrimônio entre os 53 deputados federais que integrarão a bancada mineira na Câmara a partir do ano que vem. O ex-governador do Estado declarou bens da ordem de R$ 77,956 milhões, seguido por Lael Varella (DEM), e seus R$ 10.399.182,94, e Bilac Pinto (PR), com R$ 8.877.604,04. Na quarta posição está o parlamentar reeleito por Uberaba, o republicano Aelton Freitas, que tem um patrimônio declarado de R$ 5.468.418,98. Atrás. Na 14ª posição do ranking de bens entre os deputados da nova bancada mineira vem Marcos Montes (DEM), com um patrimônio de R$ 2.307.547,27; Narcio Rodrigues (PSDB) está 16°, com R$ 1.822.729,18, e na lanterna, em 38° lugar, Paulo Piau (PMDB), e seus R$ 430.181,15. Mas curioso mesmo é o estreante Rodrigo Moreira Ladeira, o Dr. Grilo (PSL), advogado de Belo Horizonte, que disse à Justiça Eleitoral não ter nenhum bem. Representatividade. A Bancada Evangélica no Congresso Nacional terá 63 deputados e três senadores, que tomarão posse dia 1º de fevereiro para um mandato de quatro anos. Número é próximo daquele verificado durante a legislatura 2003/2007, sendo que os “crentes” atuam contra o aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Me chama... O comando tucano em Uberaba – com apoio dos aliados do DEM – deve fazer das tripas coração para que o deputado estadual Fahim Sawan (PSDB), derrotado nas urnas em 3 de outubro, venha a ser secretário de Estado a partir do ano que vem. Pra quem não se lembra, ele foi titular da Secretaria de Esportes e Juventude, criada no segundo mandato de seu correligionário Aécio Neves, mas ficou menos de dois meses no cargo. À época, o peessedebista deixou a pasta sob a alegação de que precisava dar mais atenção às bases – justamente o que andam dizendo que faltou para conquistar sua reeleição. ...que eu vou... Sabe-se também que Fahim não ficou naquela pasta porque veio à tona que os deputados/secretários mineiros (quatro à época) continuavam a receber normalmente da Assembleia os salários e demais benefícios do mandato, como verba indenizatória e auxílio moradia. O presidente da Alemg, Alberto Pinto Coelho (PP), determinou o corte de tudo (à exceção dos vencimentos), e o tucano foi o único do grupo a deixar o cargo e disse ao Jornal da Manhã que a situação tinha ficado complicada, porque, embora secretário, continuava deputado e precisava da estrutura para o mandato. ...correndo. Agora, prestes a encerrar seu segundo mandato, Fahim deve estar torcendo para ser convidado pelo governador reeleito Antonio Anastasia (PSDB) para voltar ao primeiro escalão do governo mineiro. Se os tucanos e os “demos” de Uberaba vão conseguir emplacar seu nome, só o tempo dirá, mas vale lembrar que o grupo não teve forças junto ao então candidato ao Palácio Tiradentes para fazer do deputado federal democrata Marcos Montes seu vice. Dial. Renato Lima entrevista hoje, na sua Rádio JM, o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Jurandir Ferreira, que vai falar sobre denúncias de irregularidades em contratos de manutenção do Samu. Fique ligad programa Linha Aberta, a partir de 9h30. Herança. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mapeou o parentesco dos eleitos e reeleitos em 2010 e identificou 81 deputados com vínculos familiares entre si ou com outros nomes que figuram ou já figuraram na elite da política nacional. No Senado, há pelo menos 14 laços familiares confirmados entre os políticos, o que na prática reforça a tese da circulação do poder entre grupos restritos. Em geral, parentes mais próximos como pais, filhos e cônjuges são herdeiros eleitorais uns dos outros e compartilham o mesmo perfil político e ideológico. Cria. Entre os estreantes que têm “a política no sangue” estão Gabriel Guimarães, filho do deputado federal Virgílio Guimarães, ambos do PT mineiro. Seu pai deixará a Câmara no ano que vem, pois não disputou a reeleição, e sim como suplente do candidato ao Senado, seu correligionário Fernando Pimentel – que foi derrotado nas urnas. Outro que emplacou a cria foi o senador reeleito por Alagoas, Renan Calheiros (PMDB). Renan Filho, também peemedebista, é novato na política, mas chega àquela Casa como o mais votado da bancada do Estado, com a preferência de 140.180 eleitores. Agenda. A Universidade Federal do Triângulo Mineiro promove, hoje e amanhã, seu 5° Encontro de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no anfiteatro A do Centro Educacional e Administrativo. O evento terá como tema “A capacidade de igualdade do deficiente” e a programação inclui a realização de palestras e minicursos. O debate é pertinente, já que, segundo a Organização Mundial da Saúde, 10% da população de cada país são portadores de algum tipo de deficiência física, sensorial ou mental. No Brasil, o Censo Demográfico 2000 indicou que aproximadamente 24,5 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, apresentaram algum tipo de incapacidade. Cauteloso. Em entrevista ontem à Rádio JM, o vereador e deputado estadual eleito pelo PSB, Antônio dos Reis Gonçalves, o Lerin, não disse nem sim nem não ao questionamento se aceitaria um convite para compor o primeiro escalão do Governo Mineiro. Seu nome estaria sendo ventilado nas articulações visando à composição dos cargos para o segundo mandato do governador Anastasia, mas o socialista, embora feliz com a lembrança, diz que foi eleito para ser deputado e que só pode se posicionar se o convite for efetivamente formulado.
