Nova dinâmica
Passado o primeiro mês no comando da Secretaria de Defesa Social, o titular Marco Túlio Cury já tem uma radiografia completa dos problemas da área na cidade. E está convencido de que é preciso fazer mudanças radicais e conceituais. A começar pelos CRAS. O projeto é setorizar o atendimento, atribuindo funções específicas a cada um deles, acabando com a “mistureba” do público em todos eles. Além de organizar e especializar a prestação de serviço, Túlio Cury entende que essa setorização será bastante benéfica também para a comunidade. Vai dar nova dinâmica aos CRAS.
Jus ao nome
Chega de “moradores” fixos na Casa de Passagem. O secretário Túlio Cury está decidido a transformá-la em apoio transitório, exclusivamente. E reacomodar os “moradores” em instituições específicas que possam abrigá-los. Já pediu um levantamento completo da situação de cada “morador”. Depois de reacomodados, eles terão de dar uma contrapartida pelo teto, comida e roupa lavada que receberem, seja prestando serviço de capina nos CRAS, seja qualquer outro tipo de trabalho que possam desempenhar.
Menina dos olhos
Casa de Proteção mantida pelo Município já é a “menina dos olhos” do secretário Túlio Cury. O local abriga crianças em situação de risco, funcionando em imóvel alugado pela Prefeitura no bairro Pontal. São cerca de 40 crianças, incluindo bebês que sofreram alguma espécie de violência em casa. “Dá vontade de levar todos eles para casa”, diz o titular da Seds. Pena que a adoção de crianças seja tão complicada neste país. Se fosse facilitada, certamente muitas delas poderiam ter um lar, uma família, receber carinho e amor de pais e mães substitutos.
De olho – Na guerra dos preços, o Procon promete voltar a divulgar semanalmente o ranking dos postos que vendem combustíveis mais baratos e os mais caros da cidade. Se levado a sério, o serviço será de grande utilidade pública e importância para o cidadão e para incentivar a queda de preços dos postos mais careiros...
Alô, Procon! – A exemplo da fiscalização nos bancos e postos de gasolina, o Procon bem que poderia deflagrar uma fiscalização rigorosa no escritório da Cemig na avenida Santos Dumont. Aquilo lá é que é desrespeito ao consumidor! Na semana passada, ficou “sem sistema” de segunda a quinta-feira. Absurdo!
Mais realista que o rei
É fato que o Brasil precisa gerar emprego, mas também é fato que os cadeirantes e demais portadores de algum tipo de deficiência necessitam de acessibilidade. O embate acontecido na reunião entre comerciantes, entidades defensoras dos portadores de deficiência e Prefeitura mostra exatamente a face mais antagônica do Brasil. Todos têm os seus motivos, todos têm as suas razões e esbarram em Lei correta na teoria e complicada na prática.
Bom senso
A Lei que obriga todos os estabelecimentos à acessibilidade é federal e, como esta coluna já noticiou, o Ministério Público deu um ultimato à Prefeitura para não conceder alvará para quem não cumprir a legislação. Com os novos empreendedores é fácil exigir a tal rampa de acessibilidade. Mas e os comerciantes estabelecidos há décadas no mesmo imóvel, desprovido de acessibilidade? Veja só: a Lei exige, por exemplo, uma largura mínima de calçada e proíbe as rampas móveis. Como fará aquele comerciante, por exemplo, da rua Manoel Borges, com seu passeio estreitíssimo? Pois é. Uberaba, assim como a maioria das cidades do Brasil, não foi planejada e possui pontos onde tecnicamente não é possível fazer adaptações, por isso a palavra de ordem precisa ser bom senso.
E a crise?
Outro problema nessa obrigatoriedade de cumprimento da lei de acessibilidade: os prédios históricos. Qualquer alteração na fachada precisa de autorização de uma série de órgãos e outras burocracias. Para cumprir a lei, há casos de lojas que vão ter de colocar elevador. Como, se nesses tempos de crise o comércio mal consegue manter as portas abertas? Todos os cadeirantes possuem direito de ir e vir, ninguém nega. Mas é praticamente impossível cumprir a lei ao pé da letra, porque o legislador não levou em consideração esses e outros problemas.
Fechamento de vagas
O correto seria dar um prazo maior para os antigos comerciantes se adaptarem ou até mesmo mudarem de endereço, o que muitos vão fazer e deixar uma série de imóveis abandonados. Se o MP endurecer no cumprimento dessa lei, não tenham dúvida de que veremos mais postos de trabalho sendo fechados em Uberaba. E se a Prefeitura insistir em renovar os alvarás com adaptações paliativas pelos comerciantes estará sujeita a responder processo. Ou seja, de todo jeito alguém será penalizado. Por isso que bom senso e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Internacional
Uberaba vai receber, a partir de segunda-feira, 13, nada menos que oito ministros de estado. A 1ª Conferência Internacional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa será aqui, com foco no desenvolvimento econômico e erradicação da pobreza por meio da agricultura.
Só Deus sabe
No encontro do vereador Kaká Carneiro com o secretário de Saúde, nessa quarta-feira, ficou claro que até agora a Prefeitura não conseguiu achar uma solução que possibilite a abertura do Hospital Regional. Iraci Neto afirmou ao edil que ainda está conversando com os municípios e Estado para equacionar a forma de custeio do HR. Eta novela que não acaba nunca...