Foto/Leitor
Tem lógica a localização desses bancos de cimento na calçada da Praça Rui Barbosa, em frente à Catedral? Até o líder do prefeito na Câmara Municipal está reclamando dessa marmota...
No limite
Pode sair a qualquer momento o valor da nova tarifa do transporte coletivo em Uberaba. Não será surpresa se fixar entre R$ 4,25 e R$ 4,30. Desde o final do ano passado as empresas Líder e Piracicabana esperam pelo reajuste, com base na planilha de custos apresentada à Prefeitura. Pediram R$ 4,73, mas o prefeito Paulo Piau já descartou esse valor (aleluia!). No entanto, esta coluna já frisou em outras oportunidades que o reajuste anual está previsto no contrato firmado pelas empresas com o Município. Pelo menos a inflação anual precisa ser aplicada no valor da tarifa, de acordo com o contrato. Portanto, que andar de ônibus vai ficar mais caro, isso vai.
Preço da vizinha rica
Em Uberlândia a tarifa de ônibus subiu para R$ 4,30. E olha que o valor seria bem maior, se o município não subsidiasse a gratuidade dos idosos de 60 a 64 anos. Esse subsídio custa algo em torno de R$ 7,2 milhões por ano aos cofres do município vizinho.
Parâmetros regionais
Na cidade de Franca/SP a tarifa antiga era de R$ 4,05. As empresas solicitaram reajuste em janeiro deste ano para R$ 5,66, mas a Prefeitura reajustou para R$ 4,30. Lá não há subsídios, mas um dado interessante é que, apesar de ter um pouco mais de habitantes que Uberaba, tem cerca de 20 ônibus a menos ônibus que nossa cidade. Já em Ribeirão Preto a passagem foi reajustada para R$ 4,20, mas a Prefeitura subsidia a passagem dos estudantes com R$ 10 milhões/ano. Um diferencial está no degrau tarifári quem paga dentro do ônibus, em dinheiro, desembolsa R$ 6,00, enquanto o antecipado com o cartão, R$ 4,20.
“Pindura”
Uma situação comum nas cidades que subsidiam o transporte coletiv grande parte delas deve milhões às empresas concessionárias, o que impacta nas contas públicas e impede outros investimentos sociais. Uberlândia, por exemplo, acumula dívida superior a R$ 18 milhões, segundo informações extraoficiais.
Problemático
Corredor Sudoeste do BRT continua dando dor de cabeça à Administração municipal. Até hoje a obra não foi aceita, porque há várias pendências para serem sanadas pelo consórcio responsável pela execução do corredor que vai da Leopoldino de Oliveira até o conjunto Beija-Flor. Um dos problemas chama-se “semáforo”. Mas há outros. Por conta disso, o contrato foi aditivado pela sétima vez, esticando em mais três meses o prazo para conclusão do serviço. Vale lembrar que essa concorrência é de 2015 e quatro anos depois ainda continua dando problema...
Mais um
Por falar em problemas, até o líder do prefeito na Câmara está indignado com os bancos de cimento instalados na Praça Rui Barbosa. O vereador Rubério Santos esteve pessoalmente com o prefeito Paulo Piau esta semana, para reclamar que os bancos estão muito próximos da pista de rolamento, em frente à Catedral. Foram colocados a meio metro da faixa de rolamento, o que é um perigo para pedestres principalmente. O prefeito concordou que está demais mesmo, e prometeu ao vereador que determinará ação no local para proteger os pedestres. Oh peleja essa revitalização do centro da cidade! Credo...
Olha o mato aí!
Enquanto a VLi não providencia vistoria externa independente nos trilhos da linha férrea que corta Uberaba, pelo menos poderia providenciar a limpeza da sua área. Há meses que a empresa não faz a poda do mato na extensão da ferrovia, no Boa Vista/Fabrício. Segundo moradores, a empresa tem por hábito “esperar o mato secar para depois atear fogo” e se livrar do mato. Cá para nós: além de ser uma prática ecologicamente incorreta, gera uma série de transtornos para a população, devido à fumaça, fuligem e cinzas, suja as casas. Em consequências disso, os moradores têm que lavar quintais, aumentando o consumo de água. Alô Posturas! Que tal puxar as orelhas da VLi para limpar seu terreno, adequadamente?
Tragédia anunciada
Leitor desta coluna chama a atenção das autoridades para a necessidade de vistoria urgente nos casarões do quinto e sexto quarteirões da rua Artur Machado, muitos dos quais abandonados há um tempão. Alguns deles já apresentam rachaduras visíveis nas fachadas e em marquises, além de deixarem à mostra fiação elétrica em situação precária. Sem incentivo do Município aos proprietários desses imóveis seculares (alguns deles inventariados pelo Conphau), eles vão se deteriorando e colocando em risco a vizinhança.
Parque municipal
Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro foi palco de discussão técnica em torno de loteamento na Quinta da Boa Esperança, esta semana. Ponto principal foi a proposta de criação do Parque Municipal, com desapropriação de área pelo Município. Técnicos do IEATM entendem que essa opção ficaria bastante onerosa para os cofres públicos, porque importaria em indenização imediata aos proprietários do imóvel, o que daria algo em torno de R$ 20 milhões. Isso tudo, fora a despesa com a construção e aparelhamento do parque. Uma das propostas alternativas apresentadas na reunião do IEATM defende a criação do parque na área de preservação permanente, restringindo-se a 30% ou 40% da área total, algo em torno de 30 mil metros quadrados. Não envolveria desapropriação. O restante da área seria liberado para o empreendedor viabilizar o loteamento. A questão não está definida ainda, nem tem aprovação unânime da comunidade. Será necessário ampliar a discussão, com uma nova audiência pública.