Vejam que situação curiosa, inusitada e provavelmente inédita: candidato a vereador pelo PSB no ano passado, Gledson dos Santos foi surpreendido com o “sumiço” da sua candidatura. Isso mesmo. O número pelo qual ele fez campanha, 40.111, não constou na urna no dia da votação. Alguns eleitores dele, ao digitarem 40.111 perceberam que não aparecia a foto do candidato e chamaram o chefe da seção eleitoral. Foi constatado então que o número do candidato era outro no registro do TRE.
E AGORA?
Contratado pelo candidato Gledson dos Santos, o advogado Geovane Soares deve ajuizar ação na segunda-feira para elucidar essa questão, alegando, inclusive, que seu cliente experimentou prejuízo moral e material com essa confusão. Afinal, o candidato fez campanha, distribuiu “santinhos” e pediu votos, assim como apareceu no horário eleitoral gratuito com o número 40.111, mas de nada valeu.
QUEM ERROU?
Quem errou? O partido? A Justiça eleitoral? E mais: onde foram parar os votos do Gledson? Na avaliação do advogado Geovane Soares, o erro foi do PSB, que aprovou um número em convenção para o candidato e fez confusão ao proceder ao registro da candidatura. Mas forneceu material de campanha para ele com o número 40.111.
OS MAIS MAIS
Legislação eleitoral é algo de deixar qualquer um de orelhas em pé. Veja você essa situação da possibilidade de “dança das cadeiras” na Câmara. Não fosse essa matemática eleitoral, com cláusulas de barreira, mas prevalecesse apenas a votação dos candidatos para assegurar cadeiras na Câmara, essas ações de investigação judicial eleitoral nem existiriam. Bastaria que fossem eleitos os mais votados e ponto final. Se assim fosse, a composição da Câmara nesta legislatura ficaria assim: Thiago Mariscal (5.447 votos), Diego Rodrigues (3.523), Ismar Marão (3.448), Luiz da Farmácia (3.280), Ellen Miziara (3.238), Rochelle (3.178), Pastora Regiane (3.108), Caio Godoi (2.971), Baltazar da Farmácia (2.436), Varciel (2.385), Túlio Micheli (2.289), Cabo Diego (2.268), Prof. Wander (2.242), Jammal (2.226), Anderson 2 Irmãos (2.147), Fernando Mendes (2.046), Samuel Pereira (1.999), Almir (1.963), Lu Faquinelli (1.905), Luizinho Kanecão (1.826), China (1.788).
DE FORA
Se apenas os mais votados fossem eleitos, ficariam de fora da Câmara de Uberaba os vereadores Ripposati Filho, Denise da Supra, Dr. Cleber Junior.
PROVÁVEIS
Se de fato as AIJEs forem julgadas procedentes, fala-se que os candidatos Luquinha da Uai (1.443), Alessandra Piagem (1.448), Thiago Silva (1.358) e Sidneia Zafalon (1.256) assumiriam cadeiras na Câmara. Todos eles tiveram votação menor do que aqueles que poderão perder o mandato...
NOMEAÇÕES
Mais três vereadores oficializam a nomeação de seus respectivos times. Como não correm risco de perda da cadeira em eventual desfecho das ações judiciais eleitorais, os vereadores Túlio Micheli, Almir Silva e Cabo Diego Fabiano fizeram suas escolhas. O gabinete de Túlio (PSDB) terá 8 assessores parlamentares. Cabo Diego idem. Já Almir Silva terá 13 assessores. Luiz da Farmácia, do PL, foi modesto na primeira composição e agora amplia o seu time, convocando mais quatro assessores para se somarem aos cinco outros nomeados no começo do mês.
CONFIANÇA
Mesmo correndo o risco de perder o mandato, em caso de decisão judicial desfavorável na AIJE movida pelo Podemos contra seu partido, União Brasil, a vereadora Lu Fachineli também está estruturando seu gabinete. Esta semana foram nomeados dois assessores parlamentares.
CAMPEÃO
O campeão das nomeações de assessores parlamentares é o vereador Paulo César Soares, o China. Foram nada menos do que 16 pessoas, dentre os quais o ex-líder sindical Adislau Leite.
ANSIEDADE TOTAL
Vereador Túlio Micheli revelou ao programa De Frente Pra Notícia que está muito ansioso para conhecer o resultado do trabalho da Polícia Civil na investigação do “cemitério de hidrômetros” por ele denunciado em área de APP no Jardim Nenê Gomes. “De toda forma, esse fato acendeu um sinal de alerta, porque esse episódio mostrou para a Codau que há uma vulnerabilidade. Se houvesse um registro de tudo o que entra e sai da Codau, agora nós saberíamos se esses hidrômetros são ou não aqueles furtados em fevereiro do ano passado”.
HIPÓTESES
Túlio Micheli argumenta que há três hipóteses, no mínimo, para esse cemitério dos hidrômetros. Pode ter sido uma desova de hidrômetros furtados em fevereiro, assim como pode ter sido descarte feito por receptador que foi armazenando essas carcaças ao longo do tempo, como pode ter sido outra história que não se sabe. O certo é que a Polícia Civil terá muito trabalho para desvendar esse mistério. Mas espera-se que seja elucidado, efetivamente. Por outro lado, esse episódio precisa alavancar medidas de controle mais rigorosas na Codau, sobretudo no seu estoque e almoxarifado.
ÁRVORES CAÍDAS
Assim como a Rua Bento Ferreira, a rua Maestro José Maria, no bairro Abadia, padeceu com a queda de árvore sobre uma casa. Fotos abaixo.