ALTERNATIVA

Operação Lava-Jato pode respingar em Uberaba

Não será surpresa se os desdobramentos da Operação (Leia mais...)

Lídia Prata
Publicado em 18/11/2014 às 10:26Atualizado em 17/12/2022 às 02:39
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O que está por vir

Não será surpresa se os desdobramentos da Operação Lava-Jato respingarem no cronograma da obra da fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba. A cada passo das investigações desencadeadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, a situação da Petrobras fica mais complicada, mais desgastada, mais inquietante. O Conselho e a administração da Petrobras teimam em sustentar que não sabiam dos desvios que estão sendo denunciados. É uma posição difícil de ser aceita, e passa uma péssima impressão ao mercado, a de que a empresa não tinha gestão. Investidores, de modo geral, costumam guiar seus investimentos na segurança e na capacidade gerencial de quem está à frente dos empreendimentos. Isso é o que se chama de credibilidade. No caso da Petrobras, a cada dia essa credibilidade parece menos evidente. Afinal, como é que desvios bilionários como os que estão sendo denunciados poderiam passar despercebidos dessa maneira? Não duvide: os investidores vão correr da Petrobras, aliás, já estão arredios. E, sem dinheiro não há investimento. É aí que o escândalo na empresa poderá afetar a obra em Uberaba. Como agravante, vale lembrar que o primeiro executivo de empreiteira a optar pela delação premiada no caso da Lava-Jato foi justamente o da Toyo-Setal, vencedora da licitação para a obra da fábrica de amônia. Deus permita que não haja paralisação da obra.

E os outros?

Na véspera do feriado da Proclamação da República, representantes das maiores empreiteiras do país foram levados algemados sob acusação de envolvimento na operação Lava-Jato. Eram tantos VIPs, que superlotaram as celas, sendo alguns deles obrigados a dormir em corredores na prisão. Seriam eles os corruptores, aqueles que teriam subornado diretores da Petrobras para conseguir contratos vantajosos? Mas, e os subornados? Por que não foram presos também? Por enquanto, só uns poucos ex-diretores da estatal foram incluídos nas prisões. E político, nenhum, embora os depoimentos apontem mais de 70 nomes de beneficiados com dinheiro sujo. É uma vergonha essa roubalheira, envolvendo as maiores construtoras do país. Perto dos desvios na Petrobras, o mensalão virou “fichinha”.

 Insônia

Embora, por enquanto, tudo não passe de especulação, o que se comenta é que na lista dos 70 nomes de políticos beneficiados pelo esquema de corrupção, comandado pelas empreiteiras, estariam pelo menos dois políticos da nossa região. Pelo sim, pelo não, já tem gente perdendo o sono.

 Feriado – No mal posicionado feriado desta quinta-feira, as lojas do Shopping Uberaba estarão fechadas. Mas as áreas de gastronomia e lazer terão funcionamento normal, inclusive com show do ótimo Projeto ao Cubo, no Santa Brasa.

Sujeira – Não é só a falta de segurança que chama a atenção no Terminal Rodoviário de Uberaba. Usuários reclamam da sujeira (do piso ao teto), lixeiras abarrotadas (sem que sejam esvaziadas diariamente), uma fedentina insuportável nos banheiros. Sem contar a ferrugem nos bancos e grades de proteção. Terceirizar a manutenção da Rodoviária, mas a PMU não fiscalizar o serviço prestado, não dá!

Pra pensar

Dirigente da Casa de Jerônimo, de apoio a assistência, Miguel Laterza Neto queixa-se da dificuldade de embarque e desembarque de doentes no local, desde que foi proibido o estacionamento de veículos do lado direito na rua João Caetano. Ele conta que há mais de 10 anos a casa funciona no nº 225 daquela via, atendendo a pessoas carentes de mais de 160 cidades, chegando a fornecer 1.200 refeições por mês, além de pernoites gratuitos a pacientes em fase de recuperação e seus acompanhantes. São pessoas que vêm a Uberaba para tratamento de saúde e não têm condições financeiras para custeio de hospedagem e alimentação. São acolhidos na Casa de Jerônimo.

 Solução imediata

Segundo Miguel Laterza Neto, um ponto de embarque/desembarque resolveria o problema da Casa de Jerônimo. Dessa forma, os doentes com dificuldade de locomoção poderiam descer (de vans, ou ambulâncias) já na calçada do imóvel, sem riscos de atravessar a rua, cada dia mais movimentada. Reivindicação justa, que merece ser atendida.

Queda de braço

Questões envolvendo construtora de condomínio de casas em Uberaba e o necessário “Habite-se” para que os compradores tomem posse dos imóveis envolvem muito mais problemas do que julga nossa vã filosofia. Consta que os termos de contrapartida e incorporação não teriam sido cumpridos pela empresa. A PMU já teria dado um ultimato à construtora: ou conserta o que está errado ou não serão liberados os “habite-se”. A coisa está fervendo e o Ministério Público de Defesa do Consumidor pode ser acionado a qualquer momento.

Vem de longe

Os problemas do condomínio de casas viabilizado por construtora de fora não se limitam ao embate com a Prefeitura. A primeira fase do mesmo empreendimento possui outro sério problema. Segundo consta, há cerca de cinco anos o Codau aceitou registro único (em vez do individual, ou seja, de cada unidade habitacional) e desde então a conta de água é medida em conjunto e rateada entre os condôminos. Com a inadimplência alta, a qualquer momento haverá o corte no fornecimento. Quem está pagando sua parte em dia vai ficar no prejuízo.

Vai sair

Prefeito Paulo Piau garante que é “sagrado” o pagamento do 13º salário aos servidores, dentro prazo estabelecido em lei. Piau determinou que o secretário de Fazenda, Alaor Vilela, faça a “ginástica” que for necessária, mas libere o pagamento até 20 de dezembro.

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