Pesos. A Justiça Eleitoral proibiu o uso de celular na hora do voto, mas não foram poucos os eleitores que entraram na cabine de votação com seus aparelhos – sem qualquer intervenção dos mesários no sentido de reter os telefones ou quaisquer outros eletrônicos. Eu mesma fui para a urna segurando minha bolsa onde estavam o celular, gravador... Não disse o que carregava, mas também ninguém me perguntou. Detalhe: se faltou observar o cumprimento desta regra, endureceram o jogo e não permitiram que as crianças “votassem” com os pais. Meninos e meninas que ficaram esperando o dia da eleição para digitar os números de “seus” candidatos saíram frustrados das seções eleitorais. Curiosidade. Essa decisão de proibir a meninada de “votar” parece um contrassenso, afinal, eles não são os futuros eleitores? Se queremos uma democracia de fato e um país onde as pessoas saibam votar e escolher bem seus candidatos, qual o problema em deixar que as crianças se envolvam desde já com o processo eleitoral? Se elas têm o interesse em participar, é saudável que saibam primeiro por que votar. Lamentável. Muitos pais conversaram com seus filhos sobre o pleito, discutiram sobre candidaturas e fizeram suas escolhas – a colinha foi preenchida pelas crianças. Alguns foram até mais longe, abordando os sistemas majoritário e proporcional, os partidos políticos, enfim, discutiram sobre as eleições, mas, na hora H, seus meninos e meninas não puderam votar, para frustração de todos. Avanço. O mestre Guido Bilharinho me dizia outro dia que se o brasileiro não mudar, não participar da política, não haverá mudança. Que somos um povo inteligente, mas temos preguiça de nos envolver. Disse-me ele que enquanto nos Estados Unidos até reunião de pais dá ibope, no Brasil os sindicados não conseguem quórum nem para discutir reajuste salarial. Refletindo sobre a afirmação acima, penso que em 2012 devemos fazer diferente. Funciona? Embora estivéssemos sobre a vigência da temida (?) “Lei Seca”, houve casos em Uberaba de estabelecimentos que comercializaram cerveja em copos descartáveis, um disfarce na linha “pra inglês ver”. Isso sem contar os milhares de brasileiros que compraram cerveja na véspera – geralmente muito mais do que o de costume, só porque no dia seguinte seria proibido – e passaram o dia bebendo. Rio de Janeiro e São Paulo aboliram a legislação desde as eleições de 2008. Talvez Minas deva refletir sobre o tema. Missão. Marcos Montes (DEM) foi novamente o único integrante de uma dobradinha a sair vitoriosa das urnas nas eleições para deputados federal e estadual. Se em 2006 ele chegou à Câmara com o companheiro de chapa Fahim Sawan (PSDB), agora foi reeleito tendo ao lado o vereador Lerin (PSB), que já avisou: vai cumprir o mandato de deputado estadual até o fim, portanto, não é candidato a prefeito em 2012. Em entrevista ontem na Rádio JM,ele disse que trabalhou para chegar à Assembleia e cumprir o mandato de quatro anos. Sondagens. Lerin teve 32.863 votos somente em Uberaba, que lhe credenciam a disputar a PMU, mas as costuras políticas com vistas às eleições municipais ainda estão só amadurecendo. Outros nomes vêm sendo sondados para encarar uma campanha para prefeito, entre eles os de dois empresários: um do ramo de alimentação e o outro do setor moveleiro. José Roberto Bertoldi, da Golé, é um dos “prefeitáveis” que estariam na linha de alvo de partidos políticos. Apoio. Aos microfones da Rádio JM,Marcos Montes disse que não vai sair para prefeito em 2012, mas que certamente estará no caminhão da candidatura de oposição ao atual grupo que comanda a PMU. Rumo. A derrota nas urnas imposta ao deputado estadual Fahim Sawan, candidato à reeleição, foi um dos assuntos do dia ontem. Muita gente ainda sem entender o que aconteceu. Semblante. O prefeito Anderson Adauto (PMDB) minimizou a derrota de seu grupo nas urnas, assegurando que os resultados não significam enfraquecimento político. Até aí tudo bem, o diferente mesmo foi o estado de espírito do prefeito. Quem esteve com ele relata que encontrou um AA surpreendentemente zen, que sequer polemizou com as declarações do correligionário Tony Carlos, que em tom de desabafo à Rádio JM (e depois no plenário da Câmara) revelou que trabalhou sozinho, sem ajuda do partido, e ainda disparou um “eu e o prefeito nunca mais falaremos a mesma língua”. Espaço. A 4ª edição do Congresso de Direito Processual de Uberaba, dias 7 e 8 de outubro, abriu um espaço inédito para que os alunos do curso de Direito da Uniube apresentem 23 trabalhos em forma de banners, divulgando também as linhas de pesquisa desenvolvidas na Graduação. Agenda . Renato Lima entrevista no Linha Aberta de hoje, a partir de 10h da manhã, na Rádio JM, o subsecretário de Governo Wellington Cardoso Ramos, falando sobre a implantação do projeto de segurança Olho Vivo. Não perca! Renata Gomide Redatora interina