Tempestade Sandy
Como jornalista, vivi uma experiência diferente ao testemunhar a passagem do Sandy por Nova York. Aquele Estado nunca tinha sofrido com furacões e havia um pavor extremo de que ele tirasse do mapa a ilha de Manhattan. Nada disso aconteceu. O furacão não passou de uma tempestade e não causou a devastação esperada. Onde estávamos hospedados, em Midtown, sequer foi possível notar o Sandy – exceto pelo noticiário das emissoras de TV. No entanto, dois fatos chamaram minha atenção. O primeiro deles foi a força da ação preventiva do governo Obama, que tirou a população das ruas antes que a tempestade chegasse, assim como conseguiu evacuar com sucesso as áreas de risco e evitar uma catástrofe maior. A segunda foi o dia seguinte à tempestade, com a reação rápida do Poder Público para limpar as áreas atingidas e retomar a normalidade. Para nós, que estamos acostumados com carros rodando na enxurrada da Santos Dumont e com a Leopoldino de Oliveira transformada várias vezes em “rio”, o que vimos em Nova York não espantou. Mas mostrou o quanto estamos atrasados em matéria de prevenção ao impacto das catástrofes atmosféricas e de reação eficiente a elas.
Fenômeno Obama
Não tenho dúvida de que Sandy deu um “empurrãozinho” em Obama na reta final das eleições norte-americanas. No dia “D”, Obama apareceu em entrevista coletiva para conclamar a população a ficar em casa até a tempestade passar. A certa altura os repórteres perguntaram sobre a campanha presidencial e Obama foi firme, dizendo que naquele momento sua única preocupação era evitar mortes, pouco importando se sairia vitorioso ou não das urnas. O negro que chegou à presidência do país mais poderoso do mundo é um sujeito altamente equilibrado. Talvez esse seja seu grande trunfo!
Hora certa
Altamente infeliz a intenção do governo municipal de inaugurar o Hospital Regional a toque de caixa. Vida é coisa séria. Com saúde não se brinca. Por isso, de que adiantará abrir as portas de um prédio sem antes equipá-lo adequadamente? Como atender aos doentes, sem médicos e enfermeiros contratados e treinados previamente? Calma, gente. Vamos fazer as coisas no tempo certo e deixar de lado a vaidade.
Sucesso
Instituto de Cegos abriu terça-feira a temporada dos bazares natalinos, apresentando trabalhos manuais primorosos elaborados pelas voluntárias lideradas por Nívia Pinto Ferreira.
Troca de comando
A propósito, o Instituto de Cegos trocará de comando na virada do ano. O atual presidente Wilson Adriano passará o cargo à advogada Stelamaris da Costa para mandato de quatro anos.
Em campanha
O presidente da OAB/MG, Luís Cláudio Chaves, visita Uberaba amanhã para o lançamento de sua candidatura à reeleição. O evento será realizado no Salão da Associação dos Funcionários Fiscais de Minas Gerais, às 17h30. Entre as principais propostas que Luís Cláudio Chaves apresenta nesta campanha estão a criação de um departamento de apoio aos advogados mineiros em Brasília e o fortalecimento da educação continuada, com cursos de pós-graduação a preços simbólicos.
Liderança
De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Olhar, Luís Cláudio Chaves tem 76,6% dos votos válidos, enquanto o concorrente, Luiz Fernando Valadão, registra 23,4% de preferência entre a classe dos advogados. Foram ouvidas 1.174 pessoas, entre os dias 29 e 31 de outubro. As eleições da OAB serão realizadas no próximo dia 24.
Projeção
Ao lado de personalidades nacionais dos setores privado, público e social, o deputado federal Marcos Montes participa, na próxima segunda-feira, no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, da abertura da Semana Global do Empreendedorismo – Por um Brasil mais Empreendedor. O parlamentar uberabense foi convidado para falar sobre a Lei da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), proposta que apresentou no Congresso Nacional a partir de projeto do advogado uberabense Paulo Leonardo Cardoso.
Alvo certeiro
“Não existe um pacto federativo no Brasil, e sim uma federação capenga e fantasiosa. Vivemos hoje uma relação de escravidão com a União, onde os Estados e municípios são os escravos das senzalas”, advertiu o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), na abertura da reunião em defesa dos Municípios de Minas Gerais, ontem, em BH. Dinis é nome fortíssimo à sucessão do governador Anastasia e suas palavras têm sempre grande repercussão.