ALTERNATIVA

Pindaíba dos cofres públicos paralisa projetos de viadutos que poderiam disciplinar o trânsito

Lídia Prata
Publicado em 05/04/2016 às 09:08Atualizado em 16/12/2022 às 19:26
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Ladeira abaixo

Enquanto a presidente Dilma se preocupa exclusivamente em manter-se no poder, a economia brasileira continua rolando ladeira abaixo. A situação é de tal forma grave que os empreiteiros estão abandonando canteiros de obras, motivados pelas dificuldades de sobrevivência do negócio. E olha que não são empreiteiras envolvidas no propinoduto da Lava Jato. São construtoras “ficha limpa”. Para se ter uma ideia, uma construtora de grande porte em Uberaba que já teve mais de 1.500 empregados entre 2014 e 2015, entrou 2016 reduzindo seu quadro de pessoal a ponto de ter atualmente meros 120. Parou quase todas as suas frentes de obra. É ou não é para assustar?

Para depois

Com a pindaíba dos cofres públicos, tão cedo Uberaba não terá novos viadutos. O da Claricinda Rezende vai sair, segundo garantiu o prefeito. Mas os outros vão ficar apenas no projeto. Neste caso está o viaduto que poderá disciplinar o trânsito nas imediações do Parque Fernando Costa. Sem dinheiro em caixa, e com as repartições de Brasília paradas por conta da história do impeachment, não há a menor chance de viabilização dessas obras ainda no governo Paulo Piau.

Na gaveta

São seis viadutos projetados pela Administração municipal, para resolver diversos pontos de conflito no trânsito urbano. Todos os projetos, inclusive os executivos, que são mais caros, foram bancados pela Construtora Triunfo, como contrapartida ao Município. Só esses projetos executivos custaram na faixa dos R$ 600 mil. Imagine a construção de cada um deles...

Sufoco – Por falar em viaduto, talvez um dos mais urgentes seja aquele entre as ruas Emerenciano Junqueira (Vila Olímpica) e Cândida Mendonça Bilharinho (Mercês). Ontem à tarde, um veículo caiu na ribanceira, ao descer pela Emerenciano Junqueira. À noite o perigo é maior ainda.

Cobertura – Ainda não será desta vez que o estádio Uberabão ganhará cobertura das arquibancadas. Não há dinheiro para a obra. Em compensação, a ação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico foi decisiva para a parceria entre a Flyways e o Uberaba Sport, visando o transporte dos atletas às cidades mais distantes para as disputas na nova etapa do Campeonato Mineiro.

Plano B

A julgar pelas declarações do prefeito Paulo Piau aos ouvintes da Rádio JM, no “Café com o prefeito” de sexta-feira, não há um plano B para colocar em prática de imediato, caso o Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirme a sentença de primeiro grau que determinou ao Município reassumir a gestão das duas Unidades de Pronto Atendimento. Dentre outros argumentos, Piau disse que os juízes precisam ter a sensibilidade necessária para entender que os municípios não têm a menor condição (leia-se competência) de gerir UPAs e hospitais públicos.

A caminho

Ainda sobre essa polêmica envolvendo terceirização da gestão da saúde, o prefeito salientou que a Pró-Saúde já está adquirindo os equipamentos para funcionarem no Hospital Regional. No entanto, a abertura das portas do HR continua indefinida.

Quem aguenta?

As interrupções de energia por parte da Cemig têm sido cada vez mais frequentes. Na região do Mercês, bairro Olinda, até a Santos Dumont, esses “apagões” andam muito frequentes e sem qualquer aviso prévio. Vários aparelhos (computadores e modens) foram danificados pelos frequentes piques de energia. Na sexta-feira, consumidores relataram prejuízos diversos com equipamentos queimados, uma vez que o apagão durou quase duas horas, a partir das 6h da manhã. A comunicação junto ao SAC da Cemig é marcada por inúmeros protocolos e sem respostas claras. Pior: a demora para as equipes de reparos chegar é impressionante.

Sufoco

Médico com clínica na avenida Santos Dumont passou o maior sufoco porque no meio de procedimento cirúrgico (bloqueio guiado por US) aconteceu o apagão, impedindo a conclusão do serviço. O coitado do paciente ficou mais de 2 horas anestesiado. Os equipamentos sofreram danos, o que ainda complicou a agenda de atendimentos a consultas pelo resto do dia. “Pagamos a energia mais cara do país e convivemos com um serviço prestado de péssima qualidade”, desabafou o médico, indignado, com toda a razão.

“Erro histórico imperdoável”

Ao fazer a defesa oral da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial da Câmara Federal que analisa o pedido de impeachment, o advogado geral da União qualificou o pedido como um “erro histórico imperdoável”. José Eduardo Cardozo errou. O erro histórico imperdoável foi a reeleição da presidente. Mas, como dizia o inesquecível Ulysses Guimarães sobre o impeachment do então presidente Fernando Collor, o mesmo povo que elege um governante pode se arrepender e destronar o eleito.

De olho

A propósito, os coordenadores do Movimento Acorda Uberaba manifestaram pelas redes sociais que vão ficar de olho no voto dos deputados federais eleitos com ajuda dos uberabenses. “Não confiem que o povo tem memória curta e logo vai se esquecer de como votou cada deputado”. O Acorda Uberaba promete lembrar os eleitores sempre, e principalmente na próxima eleição para a Câmara Federal, a posição dos parlamentares na votação do impeachment.

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