Sobre a planta de amônia e o gasoduto
A propósito das ponderações feitas ontem nesta coluna pelo ex-secretário Carlos Assis, o prefeito Paulo Piau não vê motivo para preocupações com relação à planta de amônia da Petrobras e gasoduto. Segundo ele, existe uma intensa movimentação técnica e política em prol desses investimentos. “A diferença é que esse governo trabalha com informação depois de confirmada” – alfinetou o prefeito, que foi além: “É sabido por todos que a Petrobras passa por um período de contenção em seus investimentos. A situação de Uberaba está sendo avaliada. A Prefeitura está atenta à questão e qualquer informação verídica será esclarecida para a população”. Ainda rebatendo as afirmações do ex-secretário Carlos Assis, Piau fez questão de frisar que “Uberaba conta hoje com uma excelente relação tanto com o Governo de Minas quanto com o Governo Federal”.
Outra visão
Já o deputado federal Marcos Montes (PSD) tem outra visão. Reforçando sua disposição para arregaçar as mangas junto com as lideranças políticas e empresariais e correr atrás dos investimentos da Petrobras e do Governo de Minas em Uberaba, Marcos Montes não acredita na viabilidade da planta de amônia da Petrobras a curto prazo. “Que ela virá, virá. Mas dificilmente virá agora”, avalia. Ele cita, por exemplo, que as ações da Petrobras despencaram ontem nas Bolsas e o momento não é alvissareiro para investimentos da petrolífera. Na mesma esteira está o gasoduto, cuja viabilização dependerá do consumo – leia-se planta de amônia da Petrobras. “O Assis foi muito feliz ao externar suas preocupações com esses investimentos. Ele participou de todo o processo e sabe o que está falando”, avalia MM.
Preocupação
Nesta terça-feira, o portal Infomoney deu destaque aos investimentos programados pela Petrobras: "Diante do aumento no endividamento da Petrobras, cresceram as preocupações tanto do mercado quanto da própria estatal com relação ao grau de investimento dado pelas agências de classificação de risco para a petrolífera. 'Temos uma apreensão muito grande em relação ao nosso grau de investimento', disse Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, em teleconferência com analistas nesta terça-feira (5)".
Sinal amarelo
Ainda a notícia do Infomoney: “A perda do nível de investimento da Petrobras dificultaria, por exemplo, novas captações para a empresa, em um momento no qual ela precisa de uma grande quantidade de recursos para dar continuidade ao programa de investimentos”. Diante disso, pelo sim, pelo não, é melhor Uberaba ficar de olhos bem abertos.
Na berlinda
A Petrobras também foi destaque em todos os jornais virtuais por causa do seu endividamento e da queda do preço de suas ações na Bovespa.
ZPE
Sobre a Zona de Processamento de Exportações, a ZPE, o atual secretário de Desenvolvimento Econômico, José Renato Gomes, revela que desde o mês passado a Prefeitura intensificou os contatos com interessados para que um novo processo licitatório seja realizado com sucesso. Do Ministério do Desenvolvimento veio a confirmação de que a Prefeitura tem até junho de 2014 para dar início às obras de implantação da ZPE. “Mas, Uberaba não vai esperar esse prazo. O Governo já está realizando gestões para realizar nova licitação para concessão da administração da ZPE e espera ter o processo concluído ainda neste primeiro semestre de 2013.” A propósito, das 28 ZPEs aprovadas no Brasil, nenhuma está funcionando.
Vai mal
Depois de fechar o Cine Teatro Vera Cruz ao argumento de necessidade de reforço na segurança do prédio, a presidente da Fundação Cultural de Uberaba fechou também o Circo do Povo esta semana. As duas medidas são preocupantes, principalmente diante do anúncio de que não há previsão de data para o reinício das atividades culturais nos dois espaços. Socorro, prefeito!
Circo do Povo
São preocupantes também as declarações da nova presidente da Fundação Cultural de Uberaba, dando conta de que o Circo do Povo só retomará suas atividades se houver algum programa do governo federal específico para circo. Vale observar que o Circo do Povo é um dos projetos mais interessantes criados no governo Wagner do Nascimento, mas nunca foi um “circo” tradicional, com leões, palhaços e acrobatas. É um espaço cultural de integração da comunidade, palco para apresentação de artistas amadores, oficinas de artes e artesanato, brinquedoteca e outras atividades lúdicas que não consomem milhões em recursos como alguns desinformados podem pensar. Pelo visto, além de desconhecer os reais objetivos do Circo do Povo, a nova gestão da Fundação Cultural carece de criatividade para mantê-lo em funcionamento. É uma pena!
É o cara!
Poderoso presidente do Sinduscon, Nagib Facury, assumirá também o comando do G-9, o grupo das nove entidades de classe mais fortes e atuantes da cidade.
Bola dividida
Do secretário José Renato Gomes: “Uberaba está entrando em todas as bolas divididas e principalmente nas perdidas”. Para ele, “o que importa é ganhar o jogo, nem que seja de um a zero”.
