VOLTA
Em entrevista à Rádio JM nessa sexta-feira, o secretário de Defesa Social, Glorivan Bernardes, trouxe música para os ouvidos dos concurseiros. Se depender do titular da pasta, podemos esperar pela abertura de concurso para a Guarda Municipal no ano que vem. Que o efetivo da GM em Uberaba é infelizmente muito abaixo do que a demanda todo mundo sabe, mas os desafios para a abertura de um certame são enormes.
COM A PALAVRA, O SECRETÁRIO
“Nós queremos ver se até o final de 2024 a gente dobra o efetivo da Guarda. Hoje, nós temos 140 guardas municipais, mas nós queremos ver se até o final de 2024 a gente chega aos 300 guardas municipais, porque hoje a gente tem uma demanda muito grande que não é atendida em razão de a gente ter um efetivo ainda muito pequeno. E a gente quer, sim, ao final desse primeiro mandato, dobrar esse efetivo para que a gente tenha um quantitativo qualitativo da Guarda Municipal que atenda todas as demandas em complementariedade ao sistema de segurança pública e demandas do munícipe”, explicou Glorivan Bernardes ao questionamento feito pela colunista durante o De Frente pra Notícia de ontem – a propósito, um agradecimento especial ao radialista Paulo Garcia por me ceder o espaço de entrevista ao secretário durante seu programa.
“PEQUENO” DETALHE
Por ainda estarmos em pandemia, a autorização de concurso público não é tão simples, mas, pelo que explicou Glorivan Bernardes, o Município está mexendo o doce. “Na lei orçamentária (que foi enviada à Câmara Municipal) há previsão dos valores necessários para suportar essa demanda e vamos obter autorização agora. Já encaminhamos o pedido de autorização à Administração do Município para que seja autorizado o mais rápido possível no início de 2022, para que, passando a vigência da Lei Complementar 173, a gente já tenha a possibilidade de se trabalhar um edital e lançar o concurso da Guarda Municipal”.
VOLTA 2
Mas nem tudo são flores… Segundo o secretário, há possibilidade de os radares eletrônicos de controle de velocidade voltarem a operar. A questão toda ainda não está muito definida, até porque há muitas variáveis nessa conta. Os famosos pardais estão desativados desde o governo passado, quando o contrato com a empresa prestadora do serviço de monitoramento foi encerrado sem que houvesse a renovação. Cogitou-se passar a gestão para a Codiub, que fez todo o estudo para assumir o serviço, mas parou por aí, uma vez que precisava ser demandada, o que não aconteceu e seguia sem previsão de acontecer no atual governo. Até ontem.
CONTRATO
Na explicação do secretário, em que pese a intenção em reabilitar os radares, a gestão não seria da própria Prefeitura, mas sim mediante contrato. E para haver contrato a gente bem sabe como funciona, com a abertura de processo licitatório, que anda na velocidade de um jegue manco e que se sustenta com a arrecadação dos valores das multas. Aí a conversa muda e o calendário também. Inegável o papel dos radares de velocidade e sua importância na educação de motoristas, mas há dois pesos e duas medidas nessa questão para evitar as “pegadinhas” da indústria da multa.
BUSÃO LOTADO
As aulas presenciais foram planejadas e divulgadas com antecedência, mas, pelo visto, pegaram a Superintendência de Transporte Público de calças curtas. No primeiríssimo dia de retorno dos alunos às salas de aula, o que mais se viu foram ônibus lotados. Vários usuários do transporte coletivo acionaram o Jornal da Manhã, mostrando que o distanciamento entre pessoas não se aplica aos ônibus. Quando questionada pela reportagem na quarta-feira (3), a Secretaria de Defesa Social respondeu, na quinta, que a situação seria analisada. Apenas.
OREMOS
À Rádio JM, Glorivan Bernardes prometeu uma resposta na prática já a partir da semana que vem. “Hoje (ontem) à tarde eu já pedi, diante das notícias desta manhã, uma reunião com a presidência da Transube para discutirmos para a próxima semana, na segunda-feira, a melhoria dessas linhas, atender ou reforçar a frota nesses locais onde se verificou esse incremento de passageiros, porque a gente entende que há uma possibilidade sim. Nós temos uma frota que está estacionada e que pode ser reabilitada ou habilitada para o transporte e a gente, entendendo que tem essa logística, vai pedir e cobrar, contratualmente, obviamente, a concessionária do serviço para atender essas demandas e nós vamos fazer uma reunião ainda hoje para tratar dessas questões”, disse ele.
MAIS ÔNIBUS
Glorivan Bernardes trouxe aos ouvintes da Rádio JM um balanço da quantidade de passageiros nos ônibus em Uberaba. Já são cerca de 45 mil por dia, número bem próximo ao quantitativo que usava o transporte coletivo antes das restrições de ir e vir, no município. “Nós estamos trabalhando hoje aí com 45 mil passageiros por dia. É um número bastante alto. Lá em janeiro e fevereiro tínhamos em torno de 55 a 60 mil. Está voltando. Isso exige da gestão do sistema um apronto constante para poder dar respostas e atender. Obviamente, a gente sabe que tem linhas que demandam mais que outras e essas devem sofrer mais um reforço”, explicou o titular da pasta.
MENOS APPS
Outra questão que impacta a quantidade de pessoas nos ônibus, na avaliação do secretário Glorivan, é reflexo do aumento doloroso e astronômico do valor dos combustíveis. Além de as pessoas estarem optando por deixar os veículos na garagem e buscar uma nova forma de se locomover, há também a queda no número de motoristas por aplicativo. O que antes parecia ser uma solução para o desemprego se mostrou inviável diante de aumentos galopantes no principal insumo necessário ao serviço, que é o combustível. “Um dos fatores que a gente tem notícia, conversando com pessoas que trabalhavam no meio, foi a redução brutal da disponibilidade de atendimento no transporte por aplicativo. Isso significa a demora e, muitas vezes, a negativa da corrida. Isso está explicado na conversa que nós tivemos com vários motoristas de aplicativo de que se tornou impossível trabalhar como motorista de aplicativo em razão dos custos da atividade”, ponderou.
LUTO
Que tristeza ver a imagem do corpo de Marília Mendonça sendo retirado do avião que a levava para um show em Caratinga. Independentemente de gostar ou não do sertanejo, Marília era uma baita artista, que sempre apoiou outros artistas com menos fama e visibilidade que ela, empunhou a luta pela volta dos shows para ajudar uma classe que sofre – e muito – com os reflexos da pandemia, sem poder trabalhar. Ela, que nem precisaria mais subir em um palco para ganhar dinheiro, fez questão de lutar por aqueles que muitas vezes passavam fome. Humana (no sentido mais doce e solidário da palavra), no auge da carreira e com um filho pequeno, que vai crescer com poucas memórias da mãe, sem ter um colo quentinho para chorar por sua ausência. Sua partida precoce muito me lembrou a igualmente terrível perda de Cristiano Araújo, anos atrás. Quanta tragédia! Tire um instante para fazer uma prece, uma oração, emanar energias positivas para que as vítimas sejam recebidas pelo Pai e que Ele, em sua infinita bondade, traga conforto e consolo aos que hoje sofrem as perdas.