Gê Alves - redatora interina
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O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), desembargador Antônio Carlos Cruvinel, está em franca campanha para a presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e tem lá um favoritismo. Até agora é o único nome escancaradamente colocado, mas sabe-se que outros dois desembargadores podem se candidatar. Os possíveis concorrentes têm a vantagem de ser mais velhos. No entanto, a chance de Cruvinel é grande porque há uma ala importante do Tribunal que quer frear o que já é quase regra: a presidência ser assumida por quem está prestes a se aposentar, o que, convenhamos, realmente quebra a execução de projetos. Eleito, Cruvinel, que está na magistratura desde 1977, cumpriria o mandato integral, de dois anos.
Incomodando
Pesa também a seu favor o trabalho à frente do TRE, com a inauguração de mais de 60 sedes próprias de cartórios eleitorais no Estado, valorização do Tribunal, condução da contagem biométrica de eleitores e ampliação da sede. No entanto, a postura independente de Cruvinel incomoda alguns, inclusive políticos influentes. O atual presidente do TJMG, desembargador Joaquim Herculano, deixa o cargo em junho de 2014. Se chegar ao comando do TJ, Cruvinel estará meio que repetindo a os passos do ex-presidente, desembargador Sérgio Resende. Ambos são de Sacramento e foram vereadores naquela cidade antes de seguir para o Judiciário.
Indevido
A Câmara Federal pagou R$2,58 bilhões indevidamente a servidores. A anomalia teria ocorrido durante cinco anos, de 2006 a 2011, e foi levantada em auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Os chamados supersalários, aqueles acima do teto do funcionalismo público, somaram R$261 milhões, depositados na conta de 1.111 funcionários, o que representa, em média, R$235 mil para cada um além do que permite a Constituição Federal. O teto em vigência no Brasil para político ou servidor é de R$29,4 mil mensais.
EXPECTATIVA
Cassado no fim do ano passado em sentença judicial de primeira instância, e com os naturais recursos, é grande a expectativa quanto ao destino do prefeito de Araxá, Jeová Moreira. Até ontem nenhuma novidade sobre o caso, mas com o fim do recesso judicial novas manifestações da Justiça podem acontecer a qualquer momento. Com o efeito suspensivo da decisão inicial, o prefeito, do PDT, e sua vice, Edna de Fátima Alves e Castro (PSDB), permaneceram nos cargos. A decisão pela cassação foi do juiz eleitoral Rodrigo da Fonseca Caríssimo, que entendeu que os dois praticaram abuso do poder econômico nas eleições municipais de 2012. O julgamento do recurso, qualquer que seja o resultado, não deverá findar o processo, já que é passível de recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Contas – Conforme a decisão, a chapa segundo colocada no pleito, composta por Aracely de Paula (que está deputado federal pelo PR e já foi prefeito) e a vice, Lídia Maria, deve assumir a administração municipal. A justificativa do juiz que atuou no caso é de que a anulação dos 41,72% dos votos válidos atribuídos a Jeová e Edna não atinge mais da metade dos votos válidos, descartando, assim, a hipótese de convocação de novas eleições.
Ecoponto – Caçamba de entulho para uso coletivo, instalada no conjunto Volta Grande, gera polêmica e reclamações por estar próximo à creche e área de preservação permanente. Concordo com a queixa. A Prefeitura informa que vai rever a localização do equipamento. Além disto, os moradores reclamam de fogo no vasilhame. Penso que o ecoponto é uma boa iniciativa e, vamos ser sinceros, a questão de incêndio não é só lá, não, e a culpa é do próprio povo, que usa mal o benefício, inclusive depositando descartes impróprios, além do vandalismo que impera.
Os buracos pelas rodovias que cortam Uberaba estão de volta. E olhe que as chuvas mal começaram.