Limpeza já!. Temporal que caiu em São Paulo, ontem, deve servir de alerta para as autoridades uberabenses, com a chegada da primavera e suas frequentes chuvas. A capital paulista enfrentou o transbordamento dos rios e enxurrada que espalhou lixo para todo lado. Aqui, a sujeira nas ruas está um horror. Há tempos esta coluna vem chamando a atenção das autoridades para a necessidade de voltarem a limpar os bueiros. Até a varrição de rua anda deixando a desejar. Já nem falo na coleta, cada dia pior e mais “lambona”. Por onde os lixeiros passam deixam um rastro de sujeira. Esse lixo vai se acumular e fatalmente impedir ou atrapalhar o escoamento das águas das chuvas, o que poderá causar as terríveis inundações no centro. Que tal a administração municipal cuidar melhor da limpeza urbana a partir de agora? Rédea curta. Aprovado ontem o projeto de autoria do vereador Tony Carlos que disciplina a instalação de radares móveis em Uberaba. Tão logo seja sancionado e vire lei, estaremos protegidos contra a instalação de radares em forma de armadilhas para os motoristas: sem sinalização de advertência, camuflados, escondidos... Na realidade, esse projeto coloca o necessário cabresto em eventual intenção da administração de espalhar radar móvel pela cidade. Em consequência, impede o ressurgimento da famigerada indústria da multa de trânsito, tão combatida em campanhas passadas pelo prefeito Anderson Adauto. Ponto para o Tony! Lombadas físicas. Questões técnicas à parte – pois não convencem quem tem carro, já foi multado ou teme a indústria da multa –, tem razão o vereador Tony Carlos quando prega a substituição dos radares móveis pelas lombadas físicas, em pontos de conflito no trânsito urbano. Segundo ele, as lombadas são mais úteis e baratas, resolvendo o problema da redução de velocidade. Elas já funcionam – e bem – na rua José de Alencar (em frente do Vera Cruz), na avenida Leopoldino de Oliveira (em frente da UAI) e poderiam perfeitamente ser instaladas em locais com altos índices de acidente de trânsito. Plantão – Presidente do Codau, José Luiz Alves será o entrevistado de Renato Lima, hoje, no programa “Linha Aberta”, pela Rádio JM. Programa vai ao a partir de 9h30, na frequência AM 630. Na pauta da entrevista certamente estará o plantão do Codau, pivô de reclamações em série dos cidadãos, nos fins de semana e feriados, principalmente. Pulando fora – Servidores municipais podem tirar o “cavalinho da chuva”. A julgar pela entrevista do secretário municipal de Fazenda, Wellington Fontes, à Rádio JM, ontem, dificilmente a Prefeitura vai antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º, como fez em anos anteriores. “X” da questão. Queda na arrecadação geral de Uberaba deve girar em torno de 10% até dezembro. Essa é a projeção que faz o secretário Wellington Fontes, que, otimista, acredita que o último quadrimestre será melhor que os anteriores. Mesmo assim, o programa de governo para 2009 está irremediavelmente comprometido, já que os cortes financeiros foram inevitáveis. Infraestrutura foi a mais afetada, o que explica a falta de obras pela cidade. Aliás, parece que até a limpeza urbana foi afetada pela contenção de despesas... Sem aumento – Em entrevista à Rádio JM, Wellington Fontes garantiu que não haverá reajuste no IPTU 2010, para compensar a perda de receita pelo município. Mas será revista a tabela de descontos concedidos aos contribuintes, privilegiando quem pagar à vista. Batendo asas. Vejam como são as coisas: a empresa aérea Pantanal bateu asas de Uberaba em agosto de 2007, alegando falta de passageiros nos seus aviões. E transportava uma média de 37 passageiros por dia, no voo para São Paulo, ao preço de R$ 87 a passagem. Em 30 de setembro do ano passado, a OceanAir deixou de operar no aeroporto de Uberaba, mesmo registrando média de 60 passageiros/dia. Antes delas, Uberaba perdeu o voo diário da TAM, em outubro de 2001, por falta de passageiros. Sei não. Do jeito que vai a ocupação das aeronaves da Air Minas, não será surpresa alguma se tiver o mesmo destino das suas antecessoras... Readequação necessária. Sexta-feira, véspera de feriadão, apenas quatro pessoas embarcaram em Uberaba no voo da Air Minas para São Paulo. Em compensação, mais de uma dezena de uberabenses pegou avião em Uberlândia, com o mesmo destino. Pelo menos cinco embarcaram em Ribeirão Preto para a capital paulista, segundo apurou esta colunista. As razões das opções dos viajantes uberabenses por outros aeroportos na região vão além do bairrismo e merecem reflexã horários de voos mais convenientes ofertados por grandes companhias que operam nos aeroportos vizinhos, tarifas e promoções, melhor localização do aeroporto (Congonhas) para desembarque de passageiros. Vamos à luta?. Antes que a Air Minas também deixe de operar em Uberaba, que tal nossas autoridades tentarem negociar (e ajudar) uma readequação dos voos para a capital paulista, através dessa companhia aérea? Afinal, embora suas aeronaves sejam pequenas em relação aos Boeings e Airbus de concorrentes, são de boa qualidade, novas, bem conservadas. Se aterrissar em Congonhas é impossível para a Air Minas, por que não sugerirmos que ela ofereça o transporte entre Guarulhos e São Paulo aos seus passageiros? Por que não sugerirmos que seja tentado um horário mais atraente para o voo? Por que não incluir voos nos fins de semana, num preço competitivo com os ônibus que saem daqui superlotados para SP? Depois não digam que não avisamos, que não alertamos, nem tentamos ajudar ou que remamos contra...
