Queda de braço
Inconformado com a rescisão contratual por descumprimento de prazos com consequente imposição de multa em valor superior a R$ 10 mil à Maluma Comércio, seu proprietário Luís Eduardo Bichuette encaminhou ofício à Prefeitura de Uberaba esta semana, ressaltando que os dois primeiros pedidos foram entregues pela empresa no dia 31 de outubro. Segundo Bichuette, apenas um pedido, objeto do empenho nº 3972, está pendente, mas a PMU teria sido informada verbalmente que essa mercadoria será entregue até o final deste mês. Ele destaca, ainda, que já efetuou o pagamento ao fabricante no último dia 9. Por essa razão, pede que sejam reconsideradas a rescisão do contrato e a penalidade imposta à empresa. Ofício foi protocolado na PMU quarta-feira.
Posição do Município
Questionado à tarde passada sobre o assunto, a PMU se posicionou argumentando que a fornecedora Maluma postergou excessivamente a entrega dos produtos. Conforme informação da Seção de Abastecimento Farmacêutico, em 12 de fevereiro foram encaminhados dois empenhos à Maluma Comércio, sem providências por parte da fornecedora. Diante disso, os empenhos foram reencaminhados no dia 18 de maio, igualmente sem a correspondente prestação do serviço. Outra vez encaminhados nos dias 19 de julho e 10 de outubro, oportunidade em que o chefe da Seção de Fiscalização e Gestão de Contrato da Secretaria Municipal de Saúde deu prazo de 5 dias para entrega dos produtos. Mas, segundo a PMU, a Maluma procedeu à entrega parcial dos produtos no dia 31 de outubro, ou seja, oito meses após o recebimento dos empenhos.
Solução drástica
Ainda segundo a PMU, diante da necessidade de aquisição dos produtos em contraste com a demora da Maluma em entregá-los, a Secretaria de Saúde encaminhou o processo à Procuradoria. O parecer técnico indicou o caminho da rescisão contratual com a aplicação da penalidade de multa correspondente a 10% do valor do contrato. A decisão foi encaminhada a seguir para publicação no Porta Voz, em forma de edital, o que de fato ocorreu na edição do dia 9 deste mês.
Disciplina
Servidor municipal M.F.C.A. recorreu da decisão, mas não teve êxito. Foi mantida em segundo grau a punição disciplinar que o suspendeu por cinco dias, por ter faltado ao serviço e não comparecido ao curso de capacitação.
Últimos suspiros
Carlos Eduardo Nascimento será o responsável pelas diligências necessárias ao encerramento das atividades da Fumesu – a Fundação Municipal do Ensino Superior de Uberaba.
Grupo de transição
Porta Voz desta semana publicou o decreto que institui o Conselho de Transição de governo, já apelidado de G5. O grupo é formado por Toninho Oliveira, Wellington Cardoso, Fernando Hueb, Rodrigo Vieira (o Grilo) e Jorge Macedo. O coordenador dos trabalhos nomeado pelo prefeito é Toninho, o supersecretário de Infraestrutura e grande articulador político da reeleição de Piau. Nenhum deles terá remuneração extra por esse trabalho de reunir e organizar as informações que irão subsidiar as decisões no próximo mandato.
Bairrismo
Prefeito Paulo Piau voltou a conclamar os uberabenses a valorizar mais a cidade, durante o workshop “Como tornar Uberaba mais competitiva”, realizado na tarde dessa quinta-feira. Depois de discorrer sobre a crise econômica no país e suas consequências para o Município, o prefeito disparou: “Uberaba tem que ganhar musculatura para brigar pelos próprios interesses. Para nossa cidade ser mais competitiva temos que fazer um grande pacto que valorize mais a cidade. Queremos que as pessoas tenham orgulho de ser uberabenses”. Pode estar aí, no bairrismo, o grande mote do segundo mandato de Piau.
Hora H
Principal painelista do workshop promovido pela PMU, o professor Marco Antônio Nogueira frisou a necessidade de todos repensarem conceitos e reinventarem seu negócio. “Ou mudamos ou desaparecemos. Nós, enquanto pessoas, instituições e empresas temos que nos reinventar sob pena de sermos suplantados. Entender o que é competitividade ajuda a criar bases, propósito e ações para que a cidade eleve seu potencial competitivo” – ressaltou Nogueira. Foi um baita alerta para o público presente, não apenas empresários, como os próprios políticos, porque, mais do que nunca, a classe precisa se reinventar para superar o desgaste decorrente da Lava Jato.
Desfaçatez
Não é à toa que o Rio de Janeiro está literalmente quebrado. A roubalheira por lá foi tão grande que não sobrou nada. Ontem pela manhã o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi preso sob acusação de cobrança de propina em contratos com o poder público, dentre elas a reforma do Maracanã. Segundo o Ministério Público Federal, a organização criminosa envolve dirigentes de empreiteiras e políticos de alto escalão do governo do Rio de Janeiro. Cabral seria o líder do esquema. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões. Uma enorme desfaçatez com a população que paga imposto para ser desviado para o bolso desses elementos travestidos de “autoridade”. Isso é vergonhoso!