Nem todas as rezas e velas foram suficientes para um resultado satisfatório das negociações entre a Prefeitura e a 3ª colocada na licitação para a reforma do Mercado Municipal. Depois de muito “marca e desmarca” de reuniões, finalmente as partes ficaram frente a frente. Mas, a exemplo da segunda colocada, a Construtora Toubes não aceitou assumir a obra no estado em que foi abandonada pela Elis Construtora, de Goiânia. Com isso, a novela da reforma volta à estaca zero.
NOVA LICITAÇÃO
Diante da desistência da Construtora Toubes, não resta alternativa à Prefeitura senão iniciar um novo processo licitatório para a reforma do Mercado. Se tudo correr (correr mesmo, literalmente) bem, essa obra será retomada no final do segundo semestre. Mas os permissionários podem contar, desde já, com mais um Natal “daquele jeito”!
PREÇO INFERIOR
Vale lembrar que a licitação para a reforma do Mercado demorou para ser concluída. O vereador Ismar Marão, em 2021, conseguiu os recursos federais para a obra, mas o processo de licitação andou a passos lentos na Prefeitura. Além disso, a reforma enfrentou o impasse com os permissionários, que não aceitaram sair do prédio durante as obras. Concluído finalmente o processo, a Elis Construtora venceu a concorrência, ofertando preço R$ 800 mil a menor em relação à terceira colocada. A Elis não deu conta de fazer o serviço e acabou tendo o contrato rescindido pela Prefeitura. Desde então, lá se vão dois meses nessa tentativa de convencer a 2ª e a 3ª colocadas a assumirem a obra. Na soma geral lá se vai quase um ano nessa novela.
PREÇO INSUFICIENTE
O problema alegado pelas duas empreiteiras foi o mesmo: o valor que resta para a conclusão da reforma não cobre os custos. Já não cobria na época da licitação. Agora, então, nem se fale! Materiais de construção, mão de obra, insumos… tudo sofreu majoração de preço.
Diante desse quadro, a Prefeitura terá dificuldade em conseguir concluir a obra do Mercado com os recursos repassados pelo Ministério da Agricultura, na gestão Marcos Montes. Vale destacar daqueles R$ 4,8 milhões, uma parte já foi gasta com a Elis Construtora. Além disso, as estimativas mais otimistas calculam que serão necessários quase R$ 7 milhões para terminar o serviço. E olhe lá! Se demorar, vai encarecer ainda mais.
SEGURANÇA HÍDRICA
Anúncio da vencedora da licitação para contratação dos projetos visando a captação de água no Rio Grande deve ser feito ainda nesta semana. Foi o que garantiu o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho, em entrevista à Rádio JM nesta quarta-feira. Quatro empresas deram lances, mas a Codau analisa agora a documentação antes de declarar a vencedora. Uma vez conhecido o resultado do certame, será necessário aguardar o prazo para recurso e, caso não seja apresentado, a ordem de serviço deverá ser dada em 15 dias pela Codau. Isso significa que o início dos trabalhos pode acontecer no final de abril, início de maio, se não houver contratempo.
E A PRAINHA?
Indagado sobre a demora na retomada da obra da Barragem da Prainha, José Waldir ponderou que a empresa contratada para elaboração dos projetos ainda está dentro do prazo contratual. Ele estima que devam ser entregues até o final deste semestre, para licitação da obra em seguida. José Waldir conta que visitou outras cidades onde serviços semelhantes foram feitos em 7 meses, prazo esse em que ele acredita ser possível executar a barragem da Prainha também.
VAI COMEÇAR
O presidente José Waldir adiantou também que dentro de 10 dias a Codau deve começar a executar as obras de drenagem na avenida Carolina Pucci, no conjunto Alfredo Freire, conforme acordado com o Ministério Público através de TAC. No ano passado, a enxurrada derrubou o muro de arrimo que havia sido construído para estancar a água, atingindo casas na parte mais baixa.
O serviço de drenagem será feito por equipe própria da Codau e, segundo o presidente, nas próximas chuvas o problema não voltará a acontecer.
PERDAS INVISÍVEIS
Em apenas 15 dias de serviço, a empresa contratada pela Codau detectou 101 vazamentos invisíveis nas ruas dos bairros Manoel Mendes e Lourdes. Esse serviço é feito com geofone, uma espécie de estetoscópio para “ouvir” o barulhinho da água onde ela ainda não aflorou, mas causa desperdício e ainda pode resultar em abatimento de terreno.
Pois é. Imagine quando esse serviço chegar nos bairros mais antigos da cidade, como Boa Vista, São Benedito, Abadia…
REDUÇÃO
O grande desafio da Codau é reduzir as perdas entre a captação e o hidrômetro das casas. Meta estabelecida pelo presidente José Waldir é baixar 10% em quatro anos, o que equivaleria a 2 reservatórios cheios. Ainda é pouco? Sim, mas é uma meta ousada e difícil de alcançar, segundo ele. Vale lembrar que o Brasil tem média de 38% de perdas. Uberaba estava com 52%, mas já conseguiu baixar para 47%.
BRUMADINHO 272
Será nesta quinta-feira, às 19h, no Centro de Cultura Cecília Palmério, o lançamento do livro “Brumadinho 272”, de autoria do Ten.Cel. Anderson Passos em parceria com Luciana Quierati. A obra é uma homenagem às 272 vítimas do acidente com a Barragem da Vale, em Brumadinho, relatando a batalha das equipes de resgate que lá trabalharam, incluindo o autor, hoje secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos.
CRISTAL GARDEN
Nesta quinta-feira Uberaba vai ganhar um novo espaço de festas, às margens da MG 427. Trata-se do Cristal Garden, empreendimento que leva a assinatura do arrojado Rodrigo Carneiro, que é sinônimo de requinte e bom gosto com seu Palácio de Cristal, em Uberlândia.