Gê Alves – redatora interina Preocupação. Em conversa com profissionais da Saúde de Uberaba, fiquei um tanto mais preocupada com a possibilidade de que a dengue nesta temporada chegue ainda mais forte. Há quem aposte que todo cuidado será pouco para que mortes não ocorram. Sobram críticas à política adotada na cidade para fazer face à situação, principalmente quanto a medidas preventivas com maior antecedência: o ano todo, digamos. Desta forma é preciso que a população redobre seus próprios cuidados e tome, literalmente, conta dos seus quintais e interior de suas casas. Nesta questão penso que não dá para alegar desconhecimento. Todo mundo sabe a gravidade da doença, como o mosquito transmissor se reproduz, etc. Não dá, definitivamente, para ninguém (população e autoridades) cruzar os braços ou praticar a política de Pilatos. Acho que não seria intempestivo que o Poder Público já se precavesse e formasse comitê a fim de planejar, inclusive, ações para caso de epidemia. Evidentemente que nenhum de nós espera conviver com um quadro destes, mas, como diz o ditado, “seguro morreu de velho”. O que não dá é para tolerar que mais uma vez a sociedade seja condenada, desrespeitada, como já assistimos em situações outras, tanto de dengue como diante do risco do vírus H1N1 (gripe suína). O que não é possível é assistir ao corre-corre de famílias de um lado para outro em instituições lotadas quer em busca de informações ou atendimento. Antes que o caos se instale, que as autoridades competentes desenhem a estrutura de emergência, planejem ações práticas para que não sejam pegas de calças curtas. Se o pior não acontecer, como torcemos, não será trabalho perdido. Consegue melhores resultados quem se prepara para enfrentar a guerra. Um luxo. Reforma no gabinete do prefeito Anderson Adauto – que já era bem bonito, principalmente lembrando a estrutura utilizada pelos seus antecessores na praça Rui Barbosa – está ficando uma beleza... estonteante, segundo comentam. Enquanto isto, tive informações de que a Semana da Consciência Negra não terá um grande evento sob justificativa de falta recursos. Banda local também reclama que na última hora recebeu resposta negativa da Fundação Cultural em pedido de cessão de transporte (já tinham hospedagem e alimentação) para representar Uberaba em festival no Rio de Janeiro. Isto sem falar que o tíquete-alimentação do servidor está hiper-super-ultra-megacongelado e que a sinalização de o salário do funcionalismo de menor remuneração não atingir o piso nacional quando ocorrer o reajuste do mínino já aterroriza a categoria. Ansiedade. Muita expectativa interna e da imprensa com o retorno do prefeito Anderson Adauto às atividades no Centro Administrativo após recesso de feriado. O climão foi instalado após AA admitir publicamente que promoverá mudanças no alto escalão. Por incrível que pareça, são muitos os que não se sentem assim, diríamos, muito seguros nos cargos. Aposta. Entre as pastas mais cogitadas para alterações estão a Saúde, o Governo e o Desenvolvimento Econômico. A Saúde é, sem dúvida, o setor mais criticado pela população, mas, pelo menos para consumo externo, Anderson Adauto tem defendido Valdemar Hial. A troca no Governo, comandada por Toninho Oliveira, não chegaria a ser surpresa. No Desenvolvimento Econômico não são tão novos os rumores de que AA e seu antigo pupilo João Franco já não falam mais a mesma língua na política, tanto que até substituto já foi ventilado, o vereador Tony Carlos, o que não foi configurado por desistência do parlamentar. No caso de Franco, a minha dúvida é se Anderson Adauto vai avançar no tipo “pede pra sair” ou se vai partir para o “tá fora”. Sendo a primeira hipótese, também não tenho segurança se o secretário vai entregar sua carta de demissão ou travar a resistência. Mas arrisco que Franco pode jogar a toalha e se tornar o diretor-geral da Câmara de Uberaba caso se consume, como sugere a lógica, a eleição de Luiz Humberto Dutra para a presidência do Legislativo. Vale lembrar que Franco ocupou cargo compatível na Assembleia Legislativa de Minas quando ainda era o homem forte de Anderson Adauto, então deputado-presidente daquela Casa. Democrático pero no mucho. Enfim, a sucessão de Lourival dos Santos vai mesmo para a disputa, conforme noticiado ontem. É sempre interessante o confronto de ideias, de posições. Mas vejo na chapa mais recente, encabeçada por Samuel Pereira, certo descontrole neste processo. Primeiro tentaram uma mistura inusitada, tipo “água e óleo”, depois – em pleno andamento do jogo – tentaram reduzir em um ano o mandato da Mesa Diretora e, por último, jogar por terra o critério de maior idade para caso de empate. A busca pelo poder é mesmo uma coisa... Imperdível. O delegado de Polícia Civil Luiz Antônio Blanco é o convidado de hoje do Programa Linha Aberta . Na bancada, Renato Lima vai tratar com o delegado, entre outros assuntos, sobre o combate ao estelionato, uma prática criminosa cada vez mais comum. Já à tarde, no Ronda da Cidade, Eustáquio Rocha entrevista o médico angiologista Nélio Munhoz, que vai falar sobre varizes, má circulação e oferecer dicas para quem passa grande parte do dia de pé ou sentado. Mudanças – Colega jornalista Celi Camargo deixou a coordenação de Jornalismo da Band Triângulo. E esta não seria a única alteração na Casa. Com o fim do “Notícias da Redação”, que era levado ao ar na hora do almoço, a jornalista Faeza Rezende deve assumir a bancada do jornal com notícias regionais veiculado no início da noite. Esta última, sem dúvida, uma boa notícia: uma jornalista numa função jornalística. Desatualizado. No site oficial da Prefeitura, consta, ainda, o nome do presidente da Fundação Cultural Rodrigo Mateus, como secretário de Governo. Ele respondeu pela pasta interinamente durante o afastamento do titular, Toninho Oliveira, para se dedicar à campanha eleitoral. Será que vai dar tempo de atualizar? Vou com vocês até domingo!
