Gê Alves - redatora interina Incômodo. De quarta a domingo é proibido ter um sono tranquilo ali pelos lados da avenida Odilon Fernandes, conforme reclama a moradora Vanda Silva, cobrando ações da Guarda Municipal e da Polícia. Segundo ela, nenhuma das autoridades faz qualquer coisa para impedir ‘tiros’ de motos vindas da Mojiana, sons altíssimos de música ao vivo nos bares, roncos de carros-bombas e todo tipo de infrações de trânsito. Ela implora para que o direito ao sossego e repouso do cidadão seja respeitado e sugere que aquele seria o local ideal para blitze, radares e ações da Patrulha do Silêncio. Súplica. Já o leitor Paulo Henrique da Silva telefonou para a colunista implorando para que não deixemos de falar nas muitas multas aplicadas aos motoristas que, embora na margem esquerda da avenida Leopoldino de Oliveira sentido Santos Dumont, ao invés de convergirem sentido Catedral mudaram de ideia e seguiram em frente. Diz ter sentido na pele a situação que considera injusta. Foi notificado por ter passado com o sinal verde em novembro e já se sente condenado a pagar quase R$ 200. Mesmo caso de Zulmira Sabino e tantos outros. Paulo foi à Sesttran e funcionário confirmou que ele não passou no vermelho. Além disso, pegou um pacote de papéis e simplesmente teria dito que como ele, outros tantos estavam na mesma situação. “Tudo porque me lembrei que tinha que passar no INSS”, lamenta. Vale ressaltar que após a chuva de reclamações, a Prefeitura fez ajustes na sinalização, admitindo a imperfeição, mas não voltou atrás nas notificações aplicadas. Fiscalização. No início da noite tive informação de que técnicos da FEAM, usando crachás, estiveram ontem na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Codau. No local, teriam colhido imagens em filmagens e fotografias da área onde lançamentos estariam sendo feitos direto no rio. Primeiro falei com o promotor do Meio Ambiente, Carlos Valera, que afirmou que não sabia da visita, mas a considerou previsível. Ele observa que a Superintendência Regional do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) foi comunicada dos fatos. A Supram é um órgão do Estado responsável pela emissão de licenciamento para funcionamento da ETE e verificação de qualquer dano ambiental. Em seu procedimento, diz Valera, há solicitação para que a Supram avaliasse as condições de funcionalidade da ETE Uberaba. No entanto, Valera não sabe ao certo se a visita foi fruto deste pedido. Já a assessora do Codau, jornalista Edna Costa, disse que não tinha informação sobre a visita dos técnicos. Merenda - Representante da Nutriplus, a empresa terceirizada pela Prefeitura para fornecer a merenda escolar, é esperado esta semana em Uberaba. Na agenda, reunião com o secretário de Educação, Marcos Bordon, para acerto de detalhes acerca de nova determinação legal. É que do total de recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar ou suas organizações (cooperativas), priorizando-se os assentamentos da reforma agrária (que em Uberaba são três, mas sabemos que nada produzem por pura ferrugem no sistema INCRA). A nova medida – lei 11.947 – que vale a partir de 2010, foi publicada no Diário Oficial da União em julho do ano passado e atinge instituições de ensino municipais e comunitárias conveniadas com o município. De volta -Como esperado, o prefeito Anderson Adauto retornou ontem à Uberaba. Segundo informações, ele desembarcou no aeroporto de Uberlândia, onde já era esperado por motorista. A volta antecipada teria sido motivada pela polêmica em torno do não-reajuste do salário mínimo a esta faixa de trabalhadores da Prefeitura. Enquanto freia a mobilização dos servidores apontando para audiência com o sindicato, a Administração parece irredutível. Pelo menos é o que pude abstrair de encontro nada amigável entre o vereador Marcelo Borjão e o secretário de Administração, Rômulo Figueiredo, ontem. Opiniões. O secretário teria dito ao vereador que a decisão federal obriga o não-reajuste. Rômulo e Borjão travaram discussão acalourada. O vereador Carlos Godoy teria presenciado parte do episódio. Borjão, que estava na Prefeitura para protocolar ofícios acerca do assunto, garante que vai “até as últimas consequências sobre o tema”. “Não podemos ser omissos. Abono não é garantia. É possível resolver a questão com vontade política e não estou preocupado se sofrerei perseguição”, desabafou o vereador. Só depois. Enquanto isso, bastou uma ligação do prefeito ao presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais José Jorge, na segunda-feira, para que desistisse de dar entrevista que estava pré-agendada para ontem. Disse que só a concederá após a tal audiência, cuja data não estava marcada até ontem. O mesmo telefonema também foi suficiente para cancelar a caminhada do servidor, prevista para quinta-feira. Penso, sinceramente, que os vereadores, se quiserem, e, se estiverem comprometidos com o trabalhador, poderão fazer toda a diferença neste assunto. Bala na agulha para tanto, não lhes falta!