Se não sair até maio, o sonho do gasoduto até Uberaba vai definhar. Foi o que disse o ex-ministro Anderson Adauto em entrevista à Rádio JM na manhã desta segunda-feira. Mas, por que até maio? Segundo Anderson, esse é o prazo para dar tempo de viabilizar os ajustes necessários para fazer o projeto andar, sem empacar em 2026 por conta de eleições. Esses ajustes dependem da vontade política do Presidente, ou seja, o futuro do gasoduto e do projeto do polo gás-químico está nas mãos de Lula.
DESÂNIMO?
Principal artífice desse projeto do gasoduto e consequente polo gás químico, Anderson ainda acredita que nem tudo está perdido. Mas, quem acompanhou a entrevista dele à Rádio JM percebeu que o seu tom de voz, quando tratou do assunto, não foi tão vibrante e eloquente quanto em 2024.
SEIS POR MEIA DÚZIA
Ainda falando sobre o projeto do gás, Anderson não acredita que eventual troca de comando no Ministério das Minas e Energia venha causar retrocesso nas tratativas com o Governo federal. Segundo Anderson, se de fato Rodrigo Pacheco for guindado a ministro, certamente o atual titular, Alexandre Silveira, subirá um degrau, assumindo cargo no Palácio do Planalto. AA até arrisca que Silveira seria ótimo articulador político do governo, porque conversa bem tanto com o PT, quanto com os demais partidos. Uma das hipóteses seria deslocar o ministro Alexandre Padilha para a Saúde (despachando Nísia Trindade para casa) e instalando Alexandre Silveira como ministro da Secretaria de Relações Institucionais. Mas, claro, por enquanto tudo não passa de conjectura.
VAI QUE...
Deixando de lado o projeto do gás, é certo que Anderson Adauto está trabalhando para sair candidato a deputado federal no ano que vem. Não tenham dúvida! Embora ele não diga isso claramente, os indicativos são muito claros, pois Anderson tem visitado vários municípios onde historicamente teve votação, bem como fazendo contato com os novos prefeitos e vereadores eleitos no ano passado. Tem mais: os impedimentos legais de Anderson terminam este ano, o que o habilita a voltar a disputar eleições em 2026.
SINAL DE ALERTA
Reconhecendo ser impossível impedir candidaturas, Anderson ressalta que Uberaba não pode repetir o erro de 2022, quando deixou de eleger deputados da cidade. Por isso, ele sugere que as entidades de classe abram diálogo com os prováveis candidatos em 2026 para abraçar aqueles que sejam realmente viáveis eleitoralmente. O ideal seria que as entidades fizessem uma pesquisa para conhecer o perfil dos candidatos que teriam chance de se eleger. E mais: Anderson ressaltou que nenhum candidato irá se eleger apenas com os votos de Uberaba. Portanto, aqueles que não tiverem trabalho político desde já na região, certamente não terão sucesso nas urnas.
SEMANA DECISIVA
Esta será uma semana decisiva para o desfecho das ações de investigação judicial eleitoral, que poderão mudar o quadro de eleitos para a Câmara Municipal. Nesta terça-feira será realizada a audiência no processo movido pelo Partido Mobiliza contra o Rede, por suposta fraude na composição do quadro de candidaturas, infringindo a quota de gênero. Ou seja, o Rede teria enxertado nomes femininos na sua chapa de vereadores apenas para completar o quadro. Se eventualmente ficar provado que o Rede apresentou candidatas de fachada, a composição da Câmara poderá mudar, embora o partido não tenha conseguido eleger nenhum vereador. Mas a anulação dos votos dos candidatos do Rede fatalmente mudará o quociente eleitoral em 2024.
MAIS UM
Na quarta-feira será a vez da audiência no processo movido pelo Podemos conta o União Brasil, também motivado por suposta fraude na composição da chapa de vereadores. Se o pedido for julgado procedente, as duas cadeiras do UB na Câmara estarão perdidas, o que significará perda de mandato para os vereadores Baltazar da Farmácia e Lu Faquineli.
O TERCEIRO
Já a audiência na AIJE movida pelo Mobiliza contra o MDB será realizada no dia 4 de fevereiro. Essa talvez seja a mais preocupante de todas, porque, segundo consta, uma das candidatas não teria feito campanha, nem prestado contas, e até teria trabalhado para outro candidato a vereador. Se ficarem provados esses fatos, o único vereador emedebista eleito, Cleber Junior, poderá perder o mandato.
MUDANÇA GERAL
Suponhamos que as três ações de investigação judicial eleitoral sejam julgadas procedentes. Os vereadores, no caso, não perderão o mandato no dia seguinte, até porque caberá recurso. Enquanto a sentença final não transitar em julgado, a composição da Câmara ficará como está.
DINDIM
Assembleia geral da Codiub, marcada para o dia 24, às 9h, vai definir o reajuste salarial dos diretores administrativo financeiro, de Tecnologia de Informação e Comunicação e do Procurador.
BYE BYE
Ex-presidente da Codiub até o final de 2024, a colega jornalista Celi Camargo voltou a atuar na iniciativa privada.
BOM EXEMPLO
Primeiro ato do novo prefeito de Conquista, Bráulio Queiroga Filho (MDB), o Braulinho, foi uma compra inédita de kits escolares e uniformes em regime de urgência para entregar aos mais de 600 alunos da rede municipal no início do ano letivo. No kit, além dos materiais tradicionais, os alunos vão receber tênis, abrigos de frio, mochilas e outros itens.
NO FOCO
Na mira do prefeito Braulinho está a estruturação da vizinha Conquista para o turismo. Beneficiado pelo Rio Grande, o município pode explorar suas belezas tal e qual fazem Sacramento e Rifaina (SP). Para alcançar esse sucesso, o prefeito está buscando investidores interessados em criar loteamentos de alto padrão, hotéis e outros atrativos para transformar Conquista numa bela opção de turismo náutico na região. Quem sabe até mesmo explorar o sucesso de uma de suas filhas ilustres, a novelista Janete Clair?
PROBLEMÃO
Além de ter “herdado” uma frota de veículos e máquinas repleta de problemas, incluindo caminhão de lixo que estava quebrado, Braulinho tem projeto para construir mais uma escola municipal em Conquista para atender à crescente demanda, e criar Pronto Atendimento nos postos de saúde da cidade. Em entrevista à Rádio JM, o prefeito considerou “péssimo” o serviço prestado pela Copasa aos seus conterrâneos, resumindo que Conquista paga tarifas caríssimas de água e esgoto. Ele não descarta, por exemplo, um estudo para rever o contrato com a companhia e até mesmo municipalizar o serviço.