ALTERNATIVA

Se não fosse Anderson, Elisa estaria eleita no primeiro turno, diz marketeiro

Lídia Prata
Lídia Prata
lidiaprata@jmonline.com.br
Publicado em 29/10/2024 às 22:05Atualizado em 30/10/2024 às 22:19
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Elisa poderia ter sido declarada vencedora no primeiro turno, não fosse o imbróglio envolvendo a candidatura de Anderson Adauto. Avaliação é de Thasis Bastos, um dos marketeiros que atuou na campanha de reeleição da prefeita. “Na página oficial do Tribunal Superior Eleitoral, os votos computados somam 164.814, mas a página dá como válidos apenas 143.558 (sem Anderson Adauto). Por estes números, Elisa teria 53,22% dos votos no primeiro turno, contra 32,24% do segundo colocado. Porém, devido ao “sub judice” de AA, a página calcula os percentuais utilizando todos os votos dados a um candidato, ou seja, computados. Em lugar nenhum aparecem os 164 mil... é preciso calcular” – analista Tharsis.

GRANDE ESPAÇO
Se considerados apenas os votos válidos no segundo turno, num total de 155.559, Elisa foi eleita com 55%. Mas sua proposta de trabalho não conseguiu a adesão de 45%, o que significa quase metade do eleitorado que foi votar no dia 27. Porém, se considerarmos o número total de eleitores (238.492), Elisa foi reeleita com 36,3% dos votos. Diante desses números, Tharsis espera que a prefeita entenda que dois terços da população não votaram nela. “Inteligente como ela é, espero que ela procure conquistar pelo menos 40% desse bolo. Agora, para pegar, tem que trabalhar. E trabalhar pesado. E minha querida Elisa terá a grande tarefa é arregaçar as mangas, e fazer um governo cercada de competentes, para conquistar esses 65% que não votaram nela” – ressaltou.

LIDERANÇA
“Com a eleição de domingo final, foi colocado um ponto final na novidade Elisa. Agora se criou a Elisa líder” – frisou Tharsis Bastos, certo de que a prefeita irá desempenhar muito bem essa tarefa. E, como líder, Tharsis reforça que ela terá de fazer os seus deputados. E ter um plano de comunicação eficiente com a população. “Pra ela pegar as rédeas dessa liderança, precisa entrar nas áreas que são significativas e fazer um governo bom”.

LEVIANDADE
Embora julgando legítimo o direito de Anderson de buscar seus direitos, Tharsis avalia que o ex-prefeito de certa forma provocou um tumulto no processo eleitoral em Uberaba. Por sorte a confusão não se instalou, pois Elisa confirmou a vitória no segundo turno. Mas, e se Tony Carlos tivesse saído vitorioso? Qual dos dois tomaria posse? “Anderson estava lutando legitimamente por seus interesses, pelo seu direito. Não houve leviandade alguma na ação dele. Leviana, para mim, é a Justiça Eleitoral, instituição que trabalha um pouquinho de dois em dois anos, deixar e não ter ferramenta para coibir uma situação dessas. Ou para resolver essas questões antes”. Com toda a razão, Tharsis reforça que o sistema eleitoral brasileiro não pode deixar candidaturas pendentes se arrastarem como ocorreu em Uberaba. As decisões precisam ser tomadas de pronto e de forma definitiva.

DESINTEGRAÇÃO
Como marketeiro vitorioso, com um portfólio de 93 campanhas eleitorais e considerado o “mago” das eleições na região, Tharsis se disse “muito impressionado” com o desempenho de Paulo Piau nesta eleição. “Não entendi até agora o que ele foi fazer nessa eleição. Piau é um cara que admiro. Mas sinceramente não entendi. Ele, Tony e Franco criaram um jogo em que um deles seria candidato, a partir do resultado de uma pesquisa. Aí o Tony e o Franco se juntaram e o Piau ficou sozinho pra trás. Naquela hora ele deveria ter ido embora pra casa.” Para Tharsis, Piau errou a estratégia, embora seja um homem humilde, eficaz, eficiente. E o pior é que arrastou com ele o Zé Renato”.

TATU COM COBRA
“O eleitor da Elisa tolera o Mauricinho. Mas o eleitor do Tony não tolera o Franco. Mauricinho seria ótimo vice pro Tony. Os eleitores de Tony veneram o Mauricinho. No caso da Elisa, o vice ajudou a azeitar o processo de reeleição. Mas no caso do Tony, o vice ajudou a travar o crescimento dele na periferia”. Essa foi outra avaliação de Tharsis em entrevista ao Pingo do Jota nesta terça-feira.

TALENTO
Dinheiro não é tudo numa campanha. Ajuda muito. Mas há campanhas vitoriosas, com poucos recursos, em que o talento faz a diferença. Com esse raciocínio, Tharsis disse que não passa de “choro de derrotado” a afirmação de Tony Carlos, atribuindo sua derrota à diferença de recursos entre as campanhas dele e de Elisa. Em 2020, por exemplo, Elisa fez a campanha mais barata de todas e foi eleita prefeita.

BOA IMPRESSÃO
Inteligência e tecnologia são as principais armas da Polícia Militar da atualidade na guerra contra a criminalidade. Avaliação é do novo comandante da 5º Região da PM, Cel. Rodrigo Wolf. De volta a Uberaba, onde atuou por 10 anos, o Cel. Wolf é homem de linha de frente, que já esteve em patrulhamento de rua e nos corredores da penitenciária. Conhece muito bem a PM e as dificuldades de lidar com criminosos. Do alto de sua experiência profissional, Cel. Wolf reforça que a tropa em Minas vem sendo cada vez mais preparada para atuar na prevenção à criminalidade, com uso de inteligência e tecnologia.

SENSAÇÃO DE SEGURANÇA
O novo comandante da 5ª RPM considera que as viaturas circulando pelas ruas da cidade e bases móveis da PM nos bairros também são “armas” muito eficientes contra a ação dos bandidos. E geram a sensação de segurança na população. Embora cada um dos 30 municípios jurisdicionados à sua Região tenha suas próprias características e peculiaridades, Cel. Wolf defende a polícia militar nas ruas, sempre.

BOM EXEMPLO
Coronel Rodrigo Wolf ainda não esteve com a prefeita Elisa, desde que chegou em Uberaba para comandar a regional da PM. No entanto, ele deverá enfatizar a importância de um sistema de videomonitoramento eficiente para ajudar no enfrentamento à criminalidade. Em entrevista à Rádio JM, o comandante contou que em Ibiá e Pratinha funciona muito bem um sistema de videomonitoramento, com reconhecimento facial e bip para avisar aos pais quando os filhos entram e saem da escola. O sistema funciona por parceria público privada (PPP) com excelentes resultados.

(Foto/Sérgio Teixeira)

(Foto/Sérgio Teixeira)

CABO DE VIRADA
Bastidores das eleições na Câmara estão eletrizantes. Segundo consta, o vereador Cabo Diego Fabiano tomou para si a missão de reverter os apoios ao colega Ismar Marão na disputa com Fernando Mendes pela presidência. Diego Fabiano defende, com todas as armas, o nome do presidente Fernando Mendes para mais dois anos de mandato e teria conseguido reverter a decisão de pelo menos um colega que teria antecipado apoio a Ismar. 

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