ALTERNATIVA

Segurança pública: cidade deverá receber Força Nacional

Lídia Prata
Publicado em 23/11/2017 às 08:34Atualizado em 16/12/2022 às 08:50
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Quem sabe?

Matéria publicada nessa quarta-feira pelo jornal Valor Econômico revela que a multinacional norueguesa Yara manifestou interesse na compra dos ativos da Petrobras no segmento de adubos nitrogenados. Não fala abertamente sobre interesse no projeto da fábrica de amônia de Uberaba, mas acende uma luz no final do túnel para a possibilidade de “ressuscitar esse zumbi”. Segundo o vice-presidente executivo da Yara International e presidente da Brasil, Lair Hanzen, a companhia não comenta ativos específicos, mas não descarta um ativo como o da Petrobras.

Poder em jogo

Na sexta-feira a Yara anunciou a aquisição da operação de adubos nitrogenados e fosfatados da Vale, em Cubatão, por US$255 milhões, cerca de 60% abaixo das estimativas do mercado. Em Cubatão estão os ativos da antiga Ultrafértil e lá está o maior tanque de amônia criogênica do país, com capacidade de 20 mil toneladas. Por lá entra no Brasil a amônia que a principal concorrente da Yara, a Mosaic, vai consumir em Uberaba, na fábrica da Vale recém-adquirida pela companhia. Só na unidade de Uberaba a Mosaic consome cerca de 400 toneladas diariamente de amônia.

Xeque-mate!

Por que a Yara pode vir a assumir o projeto da fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba? A área da UFN-V (a planta de amônia nossa), ao lado da Vale em Uberaba, tem grande importância estratégica para a Yara. Ela pode cercar sua concorrente Mosaic, importadora de amônia. Isso tudo gira como num jogo de xadrez, segundo os experts nesse mercado tão delicado. Se de fato a Yara comprar os ativos da Petrobras, pode ficar com o terreno em comodato por muitos anos, como aventou recentemente o presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco. Por enquanto, o que temos são apenas conjecturas. Ou talvez uma enorme torcida nossa para esse raciocínio se confirmar nas próximas semanas.

ETE – Está marcada para amanhã, às 10h, solenidade de inauguração da ETE Conquistinha, à qual o ministro das Cidades, Bruno Araújo, tinha presença confirmada. Inauguração será feita sem ele, já que o substituto na pasta somente foi indicado esta semana. Essa Estação de Tratamento de Esgoto receberá o nome do ex-prefeito Hugo Rodrigues da Cunha.

Cidade modelo – Com a inauguração de amanhã, Uberaba passa a contar com três ETEs e alcança o percentual de 98,4% de esgoto tratado. Meta do presidente Luiz Guaritá Neto é chegar a 100% de esgoto tratado e, nos próximos dois anos, colocar o Codau entre as 10 maiores empresas de saneamento do Brasil.

Cemitério na berlinda

O desfecho da novela sobre o cemitério-parque em Uberaba poderá desaguar no Judiciário. Documentos indicando suposto direcionamento da licitação para exploração do novo campo-santo foram entregues na tarde passada ao promotor Carlos Valera, coordenador do Gaeco na cidade. Segundo consta, há diversas irregularidades nesse processo, pois teria contrariado os termos da Lei Complementar 380/2007, que trata do assunto.

Desapropriação em cheque

Um dos pontos polêmicos nesse imbróglio refere-se à desapropriação de área para localização do cemitério-parque. De acordo com os críticos da opção escolhida pelo prefeito Paulo Piau, o município vai despender recursos que não tem para indenizar o proprietário da área escolhida (30 hectares da fazenda Cassu, de Renato Caetano), quando poderia perfeitamente exigir dos interessados na exploração do novo campo-santo que entrassem com terreno próprio na concorrência.

Salto olímpico

Outro ponto objeto de questionamentos refere-se aos valores para as tarifas dos serviços cemiteriais, fixados pelo decreto 1338, que foi publicado no Porta-Voz de sexta-feira, dia 17. Ocorre que em 16 de julho do ano passado, a PMU já havia editado um decreto fixando esses preços, e agora alterou todos eles, para mais. Em alguns casos, o reajuste chega a assustar. O preço da cremação, por exemplo, saltou de R$2.590 (em 2016) para R$3.900 (decreto 1338/2017), com reajuste de 68,96%. A manutenção de jazigo passou de R$213,94 para R$480, ou seja, aumento de 124,36%. A exumação (prazo de três anos) foi mais assustadora: pulou de R$189,12 para R$700, ou seja, 270,14% de reajuste em um ano. Difícil de entender os critérios usados pela PMU para estabelecer esses novos preços. E por que esse disparate de índices de reajuste?

Segurança pública

Reunião dos deputados que compõem a bancada mineira na Câmara Federal com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, teve um desfecho inusitado na tarde passada. Na pauta estava a (in) segurança pública em Uberaba. O ponto principal da pauta foi a ação da quadrilha que tocou o terror naquele assalto à Rodoban. Porém, a certa altura, eis que o deputado federal Laudívio (Solidariedade/BH) sugeriu ao ministro Jungmann o envio das Forças de Segurança Nacional para Uberaba. O ministro topou na hora, para surpresa dos nossos três deputados federais e do prefeito Paulo Piau, presentes à reunião. Nem um deles esperava por esse desfecho. Mas, na verdade, é inegável que Uberaba virou referência nacional desde o assalto. Afinal, a cidade ficou sitiada pela ação dos bandidos, a população apavorada e a polícia, acuada. Ainda que não tenham sido registradas vítimas fatais, o episódio foi altamente emblemático da falta de segurança que impera no interior do país, para onde certamente a bandidagem tem-se deslocado em ações ousadas e violentas.

Banho-maria

Assessoria do governador Fernando Pimentel ainda não remarcou a audiência com as lideranças de Uberaba para tratar das carências na segurança pública. Segundo deputado Tony Carlos, ainda não há sequer previsão de data. Como o assalto à Rodoban “esfriou”, ninguém fala mais no assunto...

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