Rumo à China
Missão uberabense que embarca para a China no dia 30 terá apenas o prefeito e o secretário Carlos Assis, do Desenvolvimento Econômico, mas será integrada por representantes do Indi e da Vale Fertilizantes, além de empresários (possivelmente dois). Um deles está interessado em implantar a fábrica de cimento com a tecnologia importada de lá. O outro teria interesse na área de bioenergia.
Duas etapas
A missão uberabense – digamos assim – vai ficar sete dias na China e outros três em Cingapura. Na primeira etapa da visita, a missão tem agenda na Sinoma, uma empresa cujo carro-chefe é o cimento. A Sinoma atua em todos os processos, desde o projeto até a fabricação, passando por venda de equipamentos, tecnologia etc. Essa gigante chinesa já demonstrou interesse em parceria com empresários brasileiros na implantação da fábrica de cimento em Uberaba, segundo revela o secretário Carlos Assis.
Pré-requisitos
Carlos Assis, que está entusiasmadíssimo com esse projeto “made in China”, conta que a nova tecnologia exige alguns requisitos, como combustível barato (no caso, teremos o gás, em breve), a proximidade de um jazimento de gesso (temos as pilhas de gesso expurgado da Vale Fertilizantes) e de um mercado consumidor de cimento e, por fim, ser um país importador de enxofre (a Vale Fertilizantes importa 40 milhões de toneladas de enxofre do Canadá). Nesse aspecto, Uberaba está pronta para correr atrás da tecnologia chinesa – garante o secretário.
Os benefícios
Ouvi detalhadamente as explicações do secretário Assis que justificam o interesse de Uberaba nessa tecnologia chinesa. Em resumo, a fábrica poderá aproveitar o gesso produzido pela ex-Fosfertil (cerca de 50 milhões de toneladas por ano, dos quais um quinto de enxofre em forma de gesso). De um lado, poderá fabricar 1.200 toneladas de cimento/dia. De outro, poderá aproveitar o gesso também para a produção de mil toneladas diárias de ácido sulfúrico, com comprador cert a Vale Fertilizantes.
Investimento
A implantação da fábrica de cimento nos moldes chineses demandará investimento da ordem de R$150 milhões. Mas, segundo Assis, se fizermos as contas, veremos que o retorno do investimento é rápido e garantido, destacando que uma tonelada de ácido sulfúrico custa em torno de R$153. E toda a produção da fábrica irá direto para a Vale. Com o cimento também não haverá problemas, sobretudo considerando que o consumo interno vem crescendo à média de 15% ao ano...
Multiplicando
Pelos cálculos de Carlos Assis, uma fábrica dessas não será suficiente para suprir toda a necessidade de enxofre da Vale Fertilizantes. Seriam necessárias quatro. Quem se habilita?
Segundo foco
Um segundo contato na China ainda não está acertado, mas o foco é o mesm setor químico, porém voltado para a produção de ácido cítrico, muito utilizado na área de bioenergia. Na China, essa empresa que a missão uberabense quer conhecer fabrica um produto muito similar ao etanol, a partir do milho. Aqui seria adaptada para aproveitar a cana.
Tour
Os três dias restantes da missão na Ásia serão usados para “vender” Uberaba em Cingapura. Porém, nada assim muito concreto...
Perda
Enquanto Uberaba corre atrás de novas tecnologias, a Pantanal ameaça bater asas de novo do nosso aeroporto. Consta que a empresa pediu o cancelamento dos voos que saem daqui para São Paulo, para operar com Airbus de Ribeirão para Guarulhos. A Pantanal não pode se queixar de Uberaba. Afinal, ela não investe um centavo para promover seus voos para SP. Como vai querer que os uberabenses saibam que eles existem?
Saber
Parceria pioneira firmada entre Fazu, ABCZ e Softbox vai permitir que alunos do curso de Sistemas de Informação da faculdade coloquem a mão na massa antes mesmo de receber o diploma. A partir da fábrica de software que será instalada no interior do campus da Fazu, eles terão oportunidade de participar da confecção do primeiro software da empresa já em Uberaba, com lançamento previsto para a ExpoZebu 2012.
Vox Populi...
JM Online desta semana perguntou: “Você está satisfeito com a qualidade do serviço realizado pela Prefeitura de Uberaba na operação tapa buracos?”. Das 1.341 respostas, 86% foram “não”.
Cem por cento
Aprovação unânime tem a pizza da Fornace. Quentinha, gostosa, generosa na cobertura e por um precinho bem camarada. Na Fornace Pizzaria você gasta quase a mesma coisa que num self service, e sai de lá satisfeito.
