Explicando o injustificável. O vereador Jorge Ferreira discordando da crítica publicada ontem, por esta coluna, ao projeto de sua autoria que pretende criar em Uberaba um cemitério exclusivo para evangélicos. Ele não vê “segregação” alguma na proposta (!). Alegando ser católico, Jorge Ferreira alega que sua intenção é dar “tranquilidade” aos evangélicos, já que nos cemitérios católicos as salas de velório são muito próximas umas das outras e ostentam imagens de santos e velas, itens condenados pelo Protestantismo. Mas, convenhamos: velas e imagens são removíveis do ambiente e, por si sós, não justificam a necessidade de construção de um cemitério exclusivo para evangélicos. Quantos mais? A julgar pelos alicerces do projeto do vereador Jorge Ferreira, é de se perguntar se ele pretende propor a criação de cemitério exclusivo para as religiões afro, que seguem rituais próprios e diferentes do Catolicismo. Ou talvez mais um, voltado apenas para aqueles que optaram pelo Espiritismo. Ou, ainda, um cemitério para os ateus. Sim, por que não? Pelo visto o vereador não quer saber de misturar judeus com católicos, evangélicos com espíritas, etc. Inspiração. Indagado se tem conhecimento profundo da religião evangélica e onde buscou inspiração para formatar o projeto do tal cemitério exclusivo, já que se diz católico, o vereador Jorge Ferreira não titubeou: disse que foi em situações vividas por ele, presenciadas por ele. Conta que já esteve em velórios de evangélicos, havendo outros velórios de católicos ao lado, nos quais as pessoas rezavam, sendo que “os irmãos”, do outro lado, num instante tão delicado, se sentiam incomodados. Nome. Para acabar com essa ladainha de cemitério, o vereador Jorge Ferreira disse que o cemitério evangélico não pode ter nome de santo, como os outros dois existentes em Uberaba... Essa foi de doer! Sinaleiro. Moradores das redondezas da praça Afonso Teixeira estão defendendo a instalação de um sinaleiro no cruzamento das ruas Monte Alverne e João Quintino Junior. Relatam que é comum ouvirem freadas bruscas e batidas de carros naquele local. Calorão. Não adiantou o governo colocar horário de verão para economizar energia. É o tipo de economia burra. Senão, vejamos: as pessoas acordam mais cedo e vão dormir mais tarde. Ficam mais tempo com ventilares ligados, aparelhos de ar-condicionado idem, abrem e fecham mais vezes as portas das geladeiras e freezers, e assim por diante. Tanto assim que o calorão deste início de ano fez com que o consumo das residências registrasse recorde histórico para meses de janeiro, de acordo com dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Foram 9.327GWh (gigawatts/hora), um aumento de 7,5% em relação a janeiro do ano passado. Até o consumo comercial cresceu (8,7%) em relação a 2009. No geral, o consumo de energia aumentou 9,1% em janeiro. Detalhes. Na reportagem de página dupla publicada pela “Folha”, domingo, a presidenciável Dilma Rousseff disse que seus pais se conheceram em Uberaba, durante uma feira agropecuária. Quem sabe o prefeito apele para esses detalhes e consiga convencê-la a também defender os interesses de Uberaba, somando forças com o vice-presidente José Alencar? Acelerando. Passando o aniversário de Uberaba, o secretário de Desenvolvimento Econômico, João Franco, vai retomar as negociações com empreendedores interessados na construção de um novo shopping na cidade. Mas, ele próprio admite que essa negociação é demorada. Confusão. Não adiantou a tática de pedir aos pais que informassem numeração dos uniformes e dos tênis na rede municipal. Pais de alunos da escola municipal Boa Vista (onde o secretário de Educação Marcos Bordon foi diretor) reclamam que a numeração dos uniformes e dos tênis não corresponde àquela informada no ato da matrícula. A informação é de que está uma confusão só! Nova chance. Embora sejam pequenas, há chances concretas de o deputado federal Marcos Montes ser chamado para representar o Democratas na dobradinha com o PSDB na disputa pelo governo de Minas. Segundo fontes palacianas, após os últimos acontecimentos se reduziram a pó as chances de Alberto Pinto Coelho ser o vice do professor Anastasia nas próximas eleições. Ou seja, ele meteu os pés pelas mãos. Assim, permanecem em evidência por lá os nomes de Carlos Melles e Marcos Montes. Pra pensar. Ontem à tarde, um garoto de 13 anos soltava pipa num terreno público tomado por mato no conjunto Alfredo Freire, quando foi picado por uma cobra. À noitinha, o vereador Ripposati estava inconformado com o episódio, claro, lamentando que a Prefeitura exija dos uberabenses que limpem seus terrenos, mas deixando terrenos públicos na maior sujeira. Pois é. Se a gente pudesse multar a Prefeitura por terreno, rua e praça sujos, ficaríamos milionários rapidamente...
