Tribunal de Justiça de Minas manda reabrir bares e restaurantes em BH

AS FESTAS CONTINUAM ROLANDO

De sexta até a madrugada desta segunda-feira, a Fiscalização de Posturas do Município acabou com 27 festas, inclusive um aniversário de criança, com mais de 20 pessoas reunidas. No sábado à noite, uma “festa de arromba” no bairro Santa Maria deu trabalho para a Guarda Municipal, tantos eram os convidados.

BAFAFÁ DO MERCADO

Vereador Kaká Carneiro foi multado no domingo, pela Fiscalização de Posturas, por aglomeração de pessoas e consumo de alimentos na sua pastelaria no Mercado Municipal. O vereador já havia sido advertido em outra oportunidade, no sentido de cumprir o decreto municipal de enfrentamento ao coronavírus, mas não teria tomado as medidas necessárias para evitar as “rodinhas” de pessoas no seu estabelecimento.

A “rodinha” deste domingo era de políticos, sendo que alguns deles nem usavam máscara quando a Fiscalização chegou.

Detalhe: a ação da Fiscalização originou-se em denúncia recebida no 153.

MAIS MULTAS

No Mercado Municipal, a pastelaria concorrente à do vereador também foi multada pelos mesmos motivos, assim como delicatessen que funciona no local. O fato, por si só, evidencia que o controle de acesso de clientes ao Mercadão precisa ser revisto e aprimorado, pois não está sendo eficiente para evitar aglomerações. Talvez seja prudente implantar um controle através de senhas para cada estabelecimento, de acordo com a área privativa individual. Ou seja, em vez de calcular o número de pessoas dentro do Mercado pela área total do imóvel, usar como parâmetro a área em metros quadrados de cada boxe para definir quantas pessoas podem ser atendidas por vez em cada um deles. E manter o controle rigoroso de entrada nesses boxes, sejam pastelaria, delicatessen, banca de frutas e verduras etc.

ESPAÇO LIMITADO

Outro problema que precisa ser revisto é a área de circulação. Os corredores internos do Mercado Municipal são estreitos e deixam ainda mais reduzido o espaço de circulação porque as bancas de frutas e verduras invadem essa área com caixas de alimentos à venda. É preciso achar um meio termo para o bom funcionamento do Mercado, garantindo o cumprimento das normas de proteção estabelecidas no decreto municipal 5555 e, também, evitando a aplicação de multas aos permissionários. Nessa crise toda ainda ter prejuízo com multa é de enlouquecer...

PRA QUÊ?

A propósito, se não é permitido o consumo de pasteis e outros alimentos no local, por que a Administração do Mercado Municipal não determinou até agora a retirada dos bancos em frente aos boxes? Basta passar pelos corredores para ver que eles são um verdadeiro convite às aglomerações, principalmente dos políticos useiros e vezeiros em se reunir ali nas manhãs de domingo para “jogar conversa fora”.

VÍRUS IMPORTADO

Fim de semana arrastou centenas de uberabenses para baladas em condomínios em Rifaina, juntamente com baladeiros de Ribeirão Preto e Franca, dois focos de contaminação pelo coronavírus. Francamente: é muita falta de juízo participar dessas festas. Além do risco de se contaminar, os baladeiros ainda podem vir a trazer o vírus para nossa cidade. Detalhe: teve gente que até postou fotos em redes sociais, comentando sobre as baladas, incentivando outros a participarem das próximas!

CARA LIMPA

Ainda neste fim de semana, a Guarda Municipal autuou 65 pedestres que não estavam usando máscaras em vias públicas. Isso em apenas dois dias.

CANTINHO DO CÉU

Espaço de lazer que ainda nem está pronto na Univerdecidade tem sido outro ponto de aglomeração nos fins de semana.

Batizado de “Cantinho do Céu”, o mirante vem sendo usado por jovens, ciclistas e famílias em piquenique quase todo sábado e domingo. De “mamando” a “caducando”, tem gente de todas as idades reunidas em confraternizações, ignorando os perigos da contaminação.

PROVA DOS NOVE

Continua “rendendo” a mal contada história da licitação feita pela Funel para compra de brita para reforma das praças de esporte. Depois da denúncia de preço abusivo praticado pela única licitante, a Fundação decidiu suspender a compra, alegando “erro de digitação”. O professor Moacyr Lopes, por exemplo, questionou nas redes sociais se na Funel ninguém revisa as licitações ou o Porta Voz, antes da publicação. “Soa como desculpa das mais esfarrapadas”, criticou, sugerindo que a Funel publique a proposta original onde consta o valor apresentado pela Global para comprovar que realmente foi “erro de digitação”.

Vale destacar que o preço do metro cúbico de brita que a Funel pagaria à Global era quatro vezes mais caro do que o praticado na cidade.

ERROU DE NOVO

O Professor Moacyr Lopes questiona, ainda, por que razão a Funel só cancelou a compra da brita e não todo o contrato com a Global, já que também o preço da tinta está muito acima do encontrado nas lojas de Uberaba. “Se cancelaram a aquisição da brita por erro de digitação, que cancelem toda a licitação, porque pagar R$ 277,70 em 400 latas de tintas, 64% a mais, é igualmente vergonhoso. A questão não é só a brita. Tem as tintas também”.

Está coberto de razão.

NA BRONCA

Desabafo do vice-prefeito João Gilberto Ripposati no programa O Pingo do Jota, no sábado, repercutiu nos meios políticos no fim de semana. Toda a celeuma começou com um vídeo no qual a secretária de Educação, Silvana Elias, destacou o trabalho para a viabilização do CEMEI no Alfredo Freire. Pouco depois, o deputado federal Franco Cartafina reclamou os créditos da conquista para si e para o vereador Elias Divino, que é do bairro. Pra que? O vice-prefeito puxou as orelhas do parlamentar, alegando que não é hora para ficar disputando paternidade. “Isso é horroroso. Até parece que o gabinete do ódio chegou em Uberaba” – desabafou Ripposati, que sempre foi identificado como o defensor do bairro. Ripposati ressaltou a necessidade de os políticos pararem com essas brigas bobas para concentrarem seus esforços no trabalho a favor da cidade. E lembrou que tanto ele, quanto o prefeito Paulo Piau, o próprio Franco Cartafina e outros lutaram pela concretização do projeto do Cemei no Alfredo Freire. E que esta conquista começou a ser construída quando Franco ainda nem sabia a localização do bairro, que era conhecido como “Casca Fora”.

NA MARRA

Acredite, se quiser: apesar de ter mais de 14 mil casos de coronavírus confirmados e mais de 340 óbitos em Belo Horizonte, o juiz Wauner Ferreira Machado, da Vara da Fazenda Pública Municipal da capital, determinou nesta segunda-feira a reabertura de bares, restaurantes e lanchonetes na capital.

Liminar foi concedida em ação movida pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais, Abrasel, alegando abuso de poder por parte do prefeito Alexandre Kalil.

O juiz também determinou que o Ministério Público apure se há improbidade administrativa do prefeito, por legislar através de decretos, “em clara afronta à Constituição federal de 1988”. Na liminar, o juiz afirma que “o prefeito exerce a tirania de fazer leis por decreto, ao bel prazer dele e de seus técnicos da saúde, sem qualquer participação dos cidadãos através de seus parlamentares, como se fossem os únicos que detivessem os dons da inteligência, da razão e da temperança, e não vivessem numa democracia. Mas parece que a maioria está cega pelo medo e o desespero, que diariamente lhe é imposta pela mídia com suas veiculações”.

A Prefeitura de BH vai recorrer.

BREGA E CHIQUE

O grupo de arquitetos e urbanistas chamado “Observatório Urbano” faz live nesta terça-feira batizada com o instigante título de “Brega & Chique na cidade de Uberaba”. Vai discutir como a cultura e os costumes impactam o ambiente construído e se refletem na comunidade uberabense. Live será às 19h. Estou curiosa.

SÓ SUSTO

Foi só um susto, felizmente, o acidente em que se envolveram o secretário executivo do Ministério da Agricultura e seu motorista, no trajeto entre Brasília e Uberaba, na sexta-feira. Foram registrados apenas danos materiais.

VAI DEMORAR

A julgar pelas declarações do superintendente regional de Ensino, Vânia Célia Ferreira, tão cedo não serão retomadas as aulas presenciais nas escolas do Estado. Aliás, nem nas escolas públicas, nem nas particulares.

Em entrevista ao programa O Pingo do Jota desta segunda-feira, Vânia Célia disse não acreditar na possibilidade de início do semestre letivo em agosto, que já está aí, na semana que vem.

Se tudo correr bem e a pandemia estiver sob controle, talvez as aulas possam recomeçar em setembro.

Oremos!