ALTERNATIVA

Uberlândia anuncia primeiro complexo cloroquímico fora do litoral

Lídia Prata
Lídia Prata
Publicado em 23/08/2023 às 21:21Atualizado em 24/08/2023 às 21:38
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Primeiro complexo cloroquímico fora do litoral brasileiro será instalado em Uberlândia. Anúncio foi feito nesta quarta-feira, após a assinatura das escrituras de compra e venda do terreno pelo prefeito Odelmo Leão e representantes das empresas que irão ocupar a área, que são a Chlorum Solutions, Bauminas Química e Grupo Lima & Pergher. Essas empresas vão fornecer cloro álcalis por tubulações para os três empreendimentos, aumentando a competitividade de Uberlândia e criando condições para manter e atrair novos negócios que utilizam os produtos que serão industrializados no município. O imóvel de 79,6 mil m² está situado na avenida José Andraus Gassani, no Distrito Industrial, e foi alienado com subsídio de 60% sobre o valor que supera R$ 20 milhões. Em contrapartida, as empresas têm um prazo de até 2 anos para iniciarem suas atividades.

PIONEIRISMO
A previsão inicial de investimento chega a R$ 260 milhões nesdse complexo cloro álcalis de Uberlândia, com geração de 200 empregos diretos. Os empreendimentos também beneficiarão, pelo menos, 10 outros grandes grupos empresariais de Uberlândia, que atualmente adquirem tais matérias primas de outros municípios.

O QUE É ESSE COMPLEXO?
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), a indústria de insumos cloro álcalis destina-se à produção de cloro e soda cáustica, considerados essenciais para setores de alimentos, energia, construção civil, produtos de limpeza, papel e celulose, química e petroquímica, alumínio, metalúrgica, eletrônica, defensivos agrícolas, tintas, embalagens e tratamento de água. É um setor em franca expansão, cuja produção em 2022 bateu a marca de 1,016 milhão de toneladas de cloro (com um saldo positivo de 8,6% em relação a 2021) e 1,112 milhão de toneladas de soda cáustica (registrando aumento de 8,9% em relação ao ano anterior).

PLANO DIRETOR
Começam nesta quinta-feira as discussões sobre o projeto de atualização do Plano Diretor de Uberaba. Dois dias inteiros foram reservados para as discussões com a comunidade, antes da finalização do texto que será submetido à Câmara Municipal. O que queremos para a nossa cidade nos próximos anos e décadas? É isso que estará em pauta no Parque das Barrigudas a partir das 8h30min desta quinta-feira. Ponto alto será às 14h, com a apresentação do diagnóstico geral do Plano Diretor pela equipe da Secretaria municipal de Planejamento.

INDIGNAÇÃO
Ex-prefeito Paulo Piau se posicionou sobre o bloqueio de bens do seu ex-secretário do Agronegócio, Luiz Carlos Saad, e de outros dois servidores da pasta, determinado pela Justiça em ação movida pelo Ministério Público. À coluna, Piau manifestou sua indignação face ao bloqueio dos bens porque seu ex-secretário simplesmente não aceitou fazer acordo com o Ministério Público. “E não o fez porque nada deve. Minha solidariedade ao Saad, Homem sério, de boa cepa uberabense, do bem, trabalhador, responsável, de família honrada e que merece todo respeito do povo de Uberaba” – reagiu Piau.

PORTA ABERTA
Todo aluno de Direito aprende na escola que decisão judicial não se discute; cumpre-se. Mas, na prática, não é bem assim. Às vezes, é da irresignação popular que nascem os recursos e as decisões reformadas em instâncias superiores. No caso do Fundomaq, que é o fundo  municipal que recebe pagamentos de serviços prestados pelo município através da Secretaria do Agronegócio a particulares, sempre houve um modus operandi para atender às demandas dos pequenos produtores. Eram executados serviços (como ainda são) de aração, gradeação, encanteiramento, aterro e por aí afora. A Prefeitura entrava com as máquinas e o produtor rural efetuava o pagamento diretamente para esse fundo. Então o que houve de errado?

LICITAÇÃO
O problema que complicou a vida do ex-secretário Luiz Carlos Saad e de dois servidores municipais, e levou o seu sucessor, José Geraldo Celani, a fazer acordo com o Ministério Público para prestação de serviços e pagamento de multa pecuniária para não ser processado, foi justamente a barreira insuperável da licitação. Particularmente, não acredito em má fé, nem do ex-secretário de Piau, nem no ex-secretário de Elisa. Todavia, na ânsia de atender rapidamente os produtores rurais, peças de máquinas teriam sido compradas ou recebidas em doação pelo município. E aí a prestação de contas certamente deixou brechas para interpretações equivocadas de desvio de recursos do Fundomaq...

MUDANÇAS
Segundo o atual secretário do Agronegócio, Agnaldo Silva, hoje em dia a gestão do Fundomaq mudou. O município continua prestando serviço aos pequenos produtores, mas agora mantém algumas peças em estoque para reposição imediata, especialmente as peças que precisam ser trocadas com maior frequência nas máquinas agrícolas. Além disso, as compras com o chamado “pequeno caixa” não ultrapassam a marca de R$ 800. Acima desse patamar, só com licitação.

É a tal história do “gato escaldado”...

ACELERA, ZÉ!
Mudando do Fundomaq para a reforma do Mercadão, Agnaldo Silva acredita que será possível concluir a obra antes do prazo contratual de 10 meses. Animado com a vitória de empreiteira uberabense para a conclusão do serviço, o secretário espera que a prefeita Elisa assine a ordem de serviço na semana que vem, para início das obras no mais tardar no dia 1º de setembro.

GORDUINHA
Dos recursos liberados pelo Ministério da Agricultura para a reforma do Mercadão ainda vai sobrar uma “gordurinha”, segundo Aguinaldo,. Se o município não usar a totalidade, terá de devolver o excedente. Agora o desafio é gastar a tal gordurinha, lembrando que não pode ser para acréscimos no escopo de contrato. Taí o quebra-cabeças agora...

MUDANÇA
A Saphyr Shopping Centers agora é Alqia. Com um reposicionamento estratégico baseado em performance e resultados, o grupo que administra 11 empreendimentos distribuídos no Sudeste, Norte e Nordeste do país muda de marca e planeja ampliar a sua atuação no mercado após ser integralizada à HSI, gestora referência em investimentos alternativos e controladora societária do grupo. Em Minas Gerais, a Alqia é a administradora do Shopping Center Uberaba e Uberlândia Shopping. O nome Alqia é uma referência à palavra alquimia e reforça o conceito de transformação. A partir disso, mudanças estão previstas para acontecer no grupo, como o plano de ampliar a atuação no mercado, expansão de seus empreendimentos e a aquisição de novos shopping centers.

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