ALTERNATIVA

Urubatan garante a rota em Uberaba

Mas acena com adequações, caso necessário, a fim de garantir viabilidade

Lídia Prata
Publicado em 01/08/2009 às 08:51Atualizado em 20/12/2022 às 11:25
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Por Gê Alves

gealves13@gmail.com

Motivação. Coluna Alternativa de 16 de julho foi o motivo da coletiva concedida ontem pelo presidente da Air Minas à imprensa local, inclusive com direito a fac-símile da coluna no kit distribuído. O presidente Urubatan Helou disse que queria dar uma resposta aos vários leitores que se manifestaram sobre a operação da empresa na rota Uberaba/São Paulo/Uberaba, inaugurada dia 15 de junho. A coluna naquela data foi dedicada ao assunto tendo em vista a chuva de manifestações de potenciais clientes da Air Minas. Tais posicionamentos foram demonstrados a partir de nota no dia anterior com base em relatório enviado pela companhia apontando para a média de 11 embarques/dia e anunciando que em agosto ocorreria uma avaliação da rota. Unanimemente, os leitores – que não foram poucos – reclamaram do custo da passagem, considerando-o elevado, criticaram a opção por Guarulhos, em detrimento de Congonhas, e discordaram que o prefeito deva lavar as mãos caso a empresa desista de oferecer o trajeto, como Anderson Adauto afirmou no lançamento do voo. Respostas. Urubatan garante que a Air Minas não abandonará a rota, mas acena com adequações, caso necessário, a fim de garantir viabilidade. Sobre o custo da passagem, a partir de R$ 279, admite que a Passaredo consegue ser mais competitiva por operar em code-share com a TAM e alternar com ERJ-145 para 48 passageiros. Na matemática dele, o custo final ao uberabense em qualquer opção é maior tendo em vista o trajeto Uberaba-Uberlândia. Em todas as simulações, mesmo com outros voos partindo de Uberlândia, a Air Minas aponta que sua passagem é mais vantajosa. Inclusive para quem quer fazer todo o trajeto de carro. O presidente defende que viajar para São Paulo em veículo próprio custa mais de R$ 2,3 mil (o trecho Uberaba-Uberlândia, calcula, fica em R$ 508) considerando tudo aquilo que normalmente o cidadão esquece de computar quando pega a estrada, como o desgaste do carro e pneus, por exemplo. Não discuto os números apresentados, até porque não tenho conhecimento para tanto e certamente a Air Minas o fez com base técnica. Mas convenhamos que este argumento é muito pouco contundente num processo de convencimento.   Pontual. Explicação que não deixou dúvidas foi quanto ao motivo de não se operar Congonhas. Urubatan pode não convencer que Guarulhos é mais vantajoso ao cliente de forma geral, mas foi claro ao dizer que não há slot disponível em Congonhas, onde 88% estão sob o domínio da TAM e da Gol, que, claro, não vão abrir mão nem “gastá-los com Uberaba”. Uma questão de viabilidade de mercado e de concorrência. Helou inclusive disse que se ele “tivesse slot em Congonhas, voaria diariamente para Brasília, Salvador, Rio de Janeiro”, e não para Uberaba. Relatou também que não foi fácil garantir o voo mesmo por Guarulhos, sendo necessário muito empenho para abrir esta janela. Também convenceu ao rechaçar proposta de nossos leitores para exploração mais eficiente dos serviços de shuttle. A explicação é de que a Air Minas não tem shuttle para Uberlândia porque seu hub é Pampulha/BH. Mandou bem também sobre a vontade de muitos de aeronave maior, que significaria, naturalmente, passagens mais caras.   Possibilidades. Sobre os horários, afirmou que a rota visou a nicho específic uberabenses aqui residentes e o segmento de negócios. De forma que é possível sair pela manhã e voltar à noite. No entanto, o presidente afirma que a sugestão de leitor para replanejamento da rota pode ser feito desde que o fluxo justifique. Dizendo-se um apreciador de polêmicas e garantindo não ter dificuldades de esclarecer dúvidas, o presidente da Air Minas se dispôs, inclusive, a participar de um workshop com interessados. Fica a dica de Urubatan aos poderes Executivo e Legislativo e entidades classistas.   Demorou. Não dá para entender a demora do Poder Público em tomar providências contra os vândalos que atearam fogo na lateral esquerda da igreja Santa Rita. É um absurdo o que fizeram lá. Desocupados estão morando no jardim, usando o local como se fosse banheiro público e acendendo fogueira à noite. Num desses delírios pirotécnicos, queimaram a recém-restaurada parede daquela que é um símbolo de Uberaba. O fato foi denunciado pelo JM, mas até agora nem a Secretaria de Desenvolvimento Social, nem a Polícia, nem o Ministério Público tomaram qualquer providência. Isso significa que o patrimônio público continua correndo sério risco de destruição. Muitos criticaram o pároco da Catedral quando cercou com grades a Matriz. Hoje se vê que a solução para as igrejinhas históricas, como a Santa Rita, será seguir o mesmo caminho, se quisermos protegê-las contra a ação de vândalos: instalar grades de proteção.   Socorro! Ainda nas imediações do Hospital da Criança, há anos uma Kombi desafia as autoridades de saúde e de postura municipais, funcionando como bar na rua Lauro Borges. O proprietário chega cedo, estaciona a Kombi, puxa eletricidade direto do poste de iluminação, enche a calçada de banquinhos, atrapalhando os pedestres, e agora colocou um ferro atravessado que já fez pelo menos uma vítima. Recentemente, um cidadão inadvertido acabou "trombando" contra esse ferro, o que lhe custou um corte na testa. O estranho é que as queixas não são novas, mas ninguém toma providência para impedir o cidadão de usar a rua e a calçada como propriedade particular. Muito menos se tem notícia de ação da Vigilância Sanitária relativa à venda de alimentos naquele local, que, aliás, fica em frente de um hospital. Tanta complacência pode até sugerir que o proprietário da Kombi tenha costas quentes, porque fica difícil imaginar que os órgãos de vigilância estejam assim tão negligentes e há tantos anos.   Providências. Com denúncias generalizadas atingindo a Escola Estadual Quintiliano Jardim, publicadas neste espaço, a superintendente regional de Ensino, Vânia Célia, tomou providências. Inspeção foi realizada e confirmado que o então diretor não observou critérios durante preenchimento de vaga de vice. Segundo Vânia, foi confirmada, entre outras situações, a não-colocação de edital, como previsto, na Superintendência. Vânia afirma que “ocorreram erros de interpretação legal quanto à resolução de designação”. Outro fato novo é que o então diretor pediu exoneração, alegando motivos particulares. Contra ele pesavam várias reclamações de pais e de servidores, a principal dando conta de que raramente era visto no local. Novas eleições serão convocadas.   Destaque. Professor da Fazu, Carlos Henrique Cavallari Machado participa do 4º Congresso Internacional de Boi de Capim, entre os dias 3 e 5, em Salvador (BA). Trata-se de um dos maiores eventos da cadeia produtiva da carne. O tema central é “Oportunidade e Mercado”. Carlos Henrique será moderador de painel sobre melhoramento genético.   Arebaba. João Franco, mais que empolgado e, na mesma dose, envolto de sigilo, convida a colunista para um “evento das Índias” dia 14 deste mês.

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