E agora, o que fazer?
O juiz Lúcio Eduardo de Brito deferiu à tarde passada o pedido de concessão de liminar para suspender, temporariamente, os efeitos do contrato de prestação de serviço firmado entre o Município de Uberaba e a Pró-Saúde. Pedido nesse sentido foi iniciativa do Ministério Público, que ingressou com ação civil pública de anulação de ato jurídico. A ordem judicial caiu como uma “bomba” na Administração Paulo Piau. Vale lembrar que na semana passada duas edições consecutivas do jornal oficial “Porta Voz” publicaram a lista de médicos plantonistas demitidos em razão da transferência da gestão das Unidades de Pronto Atendimento para a Pró-Saúde. Da mesma forma, medicamentos e insumos pararam de ser comprados, porque essa tarefa seria de responsabilidade da Pró-Saúde daqui a duas semanas, já que o contrato entre as partes passaria a vigorar a partir de 1º de janeiro. E agora?
Contrato temerário
O juiz Lúcio Brito fundamenta sua decisão alegando, textualmente: “entendo que é uma temeridade a administração pública contratar e executar um contrato milionário – de valor global da ordem de 427 milhões de reais – com uma empresa sem idoneidade, envolvendo o sagrado dinheiro público e com base em uma lei de constitucionalidade discutível. Se no dia a dia nenhum cidadão de mediana inteligência contrata pessoa com fama de caloteiro, por que o Município de Uberaba contrataria uma empresa com esse perfil e ainda pagando com o dinheiro que é do povo?” Pois é. O raciocínio do magistrado está corretíssimo. Resta saber agora o que o Município vai fazer, emergencialmente, para assegurar o atendimento de saúde à população, enquanto aguarda o desfecho dos recursos judiciais nos tribunais. Deixar a população sem assistência é que não pode!
Investimentos
A reviravolta judicial na contratação da Pró-Saúde pelo Município acabou ofuscando a principal notícia boa de ontem. A Vale Logística oficializou nesta sexta-feira investimentos da ordem de R$ 230 milhões em Uberaba. Com isso, nosso município vai se transformar no maior polo de logística da VLI na América Latina.
Aguaceiro - Não foi só a Casa do Artesão que padeceu com o temporal de quinta-feira. No Arquivo Público o estrago só não foi maior porque os funcionários arregaçaram as mangas e fizeram um mutirão para salvar o acervo de obras raras, enquanto a água escorria pelas paredes do prédio, formando uma espécie de cachoeira em todos os departamentos.
Absurdo - Assim como a Casa do Artesão, o prédio que abriga a sede do Arquivo Público de Uberaba é novinho. Tem dois anos. Desde a inauguração há notícia de vários defeitos de construção. Mas até agora nenhuma providência foi tomada, quer pelo Poder Público, quer pela construtora que reformou os antigos galpões da Mojiana para transformá-los em complexo cultural. É uma vergonha o que se faz (ou se deixa de fazer) com o dinheiro público nesse país!
Big Brother das empresas
A partir de 2015, as empresas passarão por uma verdadeira revolução na administração de dados relativos aos trabalhadores. O projeto, capitaneado pela Receita Federal e chamado de E-Social, obrigará as empresas a oferecer a órgãos do governo federal informações detalhadas, praticamente em tempo real, sobre: folha de pagamento, dados tributários, previdenciários e todas as informações relacionadas aos trabalhadores. O primeiro grande receio é como ter pessoal capacitado para repassar esses dados com a precisão suíça. É certo, porém, que as informações do E-Social fatalmente vão desaguar em autuações em série, tanto fiscais quanto previdenciárias e também trabalhistas. Não é à toa que esse E-Social já está sendo chamado de Robin Hood às avessas: tirar das empresas cada vez mais empobrecidas para enriquecer larápios poderosos.
Situação crítica
É dramática a situação financeira do Hospital Dr. Hélio Angotti. Isso porque o Sistema Único de Saúde – leia-se governo federal – não pagou até agora os serviços prestados no mês de novembro. Com isso, a qualquer momento, o Hospital Hélio Angotti poderá paralisar todas as suas atividades. Vale lembrar que mais de 93% dos pacientes no hospital são atendidos pelo SUS. Se o SUS não paga, o hospital não tem como sobreviver. Esse é o problema.
Papai Noel
Nesta quinta-feira, o Papai Noel do Shopping Uberaba foi ao Instituto Santo Eduardo para entregar presentes às 66 crianças atendidas pela Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, em Uberaba. Os presentes foram doados pelos colaboradores durante campanha interna. Aliás, a campanha de Natal do Shopping deste ano foca a solidariedade no seu sentido pleno. No dia 31, por exemplo, será sorteado o último carro da campanha e a instituição que estiver assinalada no cupom ganhará um veículo tipo furgão 0 km espetacular!
Água boa
Uberaba ganha hoje um novo conceito em distribuição e venda de água mineral: a Água Mais. Numa estrutura moderna e adaptada para atender de forma diferenciada o público final e empresarial de Uberaba e região, a Água Mais vai trabalhar com as marcas Lindoya Verão e Serra Negra, além de acessórios, como suportes e outros. À frente do empreendimento estão Mikael e Hada Cecílio, a quem desejamos sucesso!