ALTERNATIVA

Vaquinha de vizinhos banca poda de árvore em praça do Mercês

Lídia Prata
Publicado em 17/02/2018 às 08:18Atualizado em 16/12/2022 às 06:17
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 Fotos / Divulgação/Jairo Chagas

Árvore da discórdia, no antes e depois da poda, serviço pago por moradores do entorno da praça Cinira Bracarense, no bairro Mercês

Vaquinha

Moradores do entorno da praça Cinira Bracarense, no bairro Mercês, resolveram fazer uma vaquinha e pagar do próprio bolso poda de árvore que fica na referida praça. Cansados de pedir o serviço no setor público e vivendo situação de medo, diante da ocupação do local por dependentes químicos e traficantes, eles decidiram encerrar a novela que teve capítulo tumultuado após publicação na coluna. 

A praça é do povo

O flamboyant, cuja copa ocupava quase 50% da praça, criava ambiente propício para a permanência de marginais no local. Agora, os moradores podem voltar a frequentar o espaço. Ah! O serviço de poda custou R$ 400. Só pra registrar.  

Mais duas

Enquanto isso, a motosserra oficial voltou a atacar. Depois de cortar árvores na avenida da Saudade, duas sibipirunas foram derrubadas na avenida Tutunas, a pedido de morador. O laudo ambiental foi curto e grosso, selando a morte das árvores centenárias: estado fitossanitário comprometido, pontos de necrose e danificando a calçada. 

Contrapartida

Pelo menos, o morador terá que compensar a perda, plantando duas mudas de árvores compatíveis no local. Menos mal!

Revitalização, sim!

E falando nisso, uberabenses tentam salvar o verde da praça Rui Barbosa. Abaixo-assinado contra o corte das árvores para revitalização do espaço, já conta com mais de mil assinaturas. O objetivo é alcançar as 1.500. Documento está disponível no change.org e clama por uma ação preventiva contra a descaracterização da praça. “Solicitamos a tomada de medidas preventivas urgentes, visando a paralisação de qualquer tipo de ação que venha a suprimir as árvores da praça Rui Barbosa”, diz o documento.

Destruição, não

Ninguém é contra o projeto de revitalização e valorização do patrimônio natural, histórico, cultural e arquitetônico. Mas, é preciso se atentar aos laudos técnicos que parecem ter sido cunhados igualmente. Não é possível que todas as árvores, marcadas para morrer, estejam “doentes” ao mesmo tempo. 

Palacete???

Já que estamos falando em patrimônio, o coronel José Caetano Borges, abastado pecuarista uberabense, criador da raça Indubrasil, deve estar revirando no túmulo. E não é pra menos. O palacete por ele construído na rua Tristão de Castro, onde residiu com a família, está em condições deploráveis de conservação. 

E o Conphau...

Pisos, paredes, tetos (incluindo belas pinturas), acessórios, jardins e tudo o mais, estão de causar tristeza ao mais cético observador, o que dirá para historiadores e memorialistas. Lamentável, pois o imóvel de saudosa memória, hoje é de propriedade do Município de Uberaba e abriga uma das sedes da Fundação Cultural. Ótimo trabalho para o Conphau fazer o dever de casa. 

Ferindo os brios

General de Exército, o mineiro Walter Souza Braga Netto assume o comando das forças de segurança e bombeiros do Rio de Janeiro. O estado de calamidade em que se encontra a Cidade Maravilhosa e as cidades do interior exigiu essa medida extrema que, convenhamos, chegou tarde. Por outro lado, a intervenção federal, ainda que negociada em um “acórdão”, fere fundo os brios da tropa, no caso a Polícia e Bombeiros Militares daquele Estado. 

Filme repetido

Chiadeira mesmo foi quando, na década de oitenta, o general Nilton de Albuquerque Cerqueira (que matou Lamarca), assumiu o comando da PMERJ. A torcida interna contra ele era tanta que teve gente que bateu palmas quando, no dia 30 de abril de 1981, ocorreu a explosão no Centro de Convenções do Rio Centro. São coisas que só o pessoal da caserna sente. 

É ela....

A propósito, nossa Polícia Militar, segundo consta, não tem na sua história intervenções feitas pelo Exército Brasileiro. Não por acaso a PMMG ostenta o título de melhor Polícia Militar do Brasil e a ausência de intervenção é um dos pontos positivos para que ela se mantenha no topo. Muitos podem não concordar, mas como não aceitar?       

Foto/Jairo Chagas

Duas sibipirunas foram cortadas na avenida Tutunas, a pedido de morador, por estar estragando a calçada

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