Mexendo em vespeiro
A intenção do prefeito de “vender” o imóvel que abriga o Bosque Jacarandá revoltou a população. Não se fala em outra coisa desde que o assunto veio à tona através da imprensa. O impacto negativo foi tão forte, que motivou diversas reações, como a nota de protesto do PV e dezenas de e-mails criticando a medida. No fim de semana, o diretório municipal do PP esteve reunido e decidiu acionar o Judiciário para impedir a venda, o que foi efetivado ontem através de denúncia ao Ministério Público. Na verdade, uma ação judicial é a única medida concreta capaz de barrar a “venda”, mesmo porque, até onde se sabe, essa transação já estaria acertada entre o prefeito e empreendedores do novo shopping a ser erguido por ali.
Mil árvores...
Alguns fatos chamam a atenção nessa história da “venda” do Bosque para a iniciativa privada. Um deles é a lembrança das declarações pretéritas feitas pelo prefeito Anderson, de que plantaria mil árvores até o fim de seu governo. Se de fato se consumar a “venda” do Bosque, em vez do plantio de espécies, o prefeito estará possibilitando a derrubada de árvores antigas. Será que o Ministério Público de Defesa do Meio Ambiente aprovaria uma medida dessas? Sem contar que os animais correm risco de morte, se transferidos para outra área diferente daquela onde vivem há anos. Quem não se lembra da companheira do macaco Chico, que foi levada para Araxá e morreu lá pouco depois? Pois é.
Terrenos vagos
No entorno do futuro shopping (a ser construído no antigo esqueleto do Hospital São José, início da Univerdecidade) há uma infinidade de terrenos vagos, que poderiam ser comprados pelos empreendedores para a conclusão do projeto imobiliário. Por que justo o terreno do Bosque? Ainda não consegui entender.
Batalha inglória
Nenhum empresário de bom senso entra numa cidade “comprando briga” com a comunidade. O impacto negativo para os negócios é duradouro e impossível de ser equacionado. Por óbvio que esse grupo empresarial de BH não vai querer começar um empreendimento como o shopping, aqui, com o desgaste inevitável dessa “compra do Bosque”. Esse fato será lembrado para o resto da vida por todos os uberabenses.
No passado
Não é a primeira vez – mas gostaria que fosse a última! – que a administração municipal tenta “vender” um espaço público para a iniciativa privada. Na década de 1970, quase que a praça Jorge Frange (antiga rodoviária) foi “doada” para um supermercado. Naquela época, o Jornal da Manhã se insurgiu contra a ideia e uma decisão judicial sepultou de vez a malsinada doação.
Cartão vermelho
Dos 1.109 internautas que votaram na enquete do JM Online até as 18h de ontem, 77,4% reprovaram a “venda” do Bosque Jacarandá para a iniciativa privada. Vox populi...
Parceria
Em vez de “vender” o imóvel, a administração municipal deveria negociar com os empreendedores do novo shopping uma parceria para revitalizar o Bosque, melhorando as condições de aproveitando do local pela comunidade. Por que não?
Nomes novos
Na corrida pela Prefeitura de Uberaba em 2012, o PP poderá lançar nome novo na política local. Segundo o presidente Ricardo Saud, o empresário Antônio Carlos Silva, o Carlão dos materiais para construção, é um dos prováveis nomes que o partido terá para a disputa sucessória.
Tutu
Na avaliação de Ricardo Saud, o prefeitável que não dispuser de pelo menos R$ 1 milhão para gastar com a própria campanha eleitoral de 2012 nem deve colocar seu nome no páreo. Mas há cálculos menos otimistas que os de Saud, estimando em R$ 5 milhões a campanha para prefeito de Uberaba.
Quem consegue?
Sinceramente, é uma tarefa dificílima atravessar a pé a avenida Santos Dumont, na esquina com a Rua Cel. Manoel Borges, em frente à Drogasil. Só mesmo embrenhando em meio aos carros para o pedestre fazer a travessia, obviamente correndo risco...
Agressão
A que ponto estamos chegando em Uberaba! Uma mulher foi agredida e levou uma facada do assaltante que lhe tomou a bolsa. Ela voltava a pé do trabalho para casa. O assalto ocorreu no centro da cidade, em local de movimento intenso. Socorro!
Escolha
Ao ser questionado por que recusou convite do PSD para se filiar, o deputado federal Aelton Freitas (PR) não pensou duas vezes: “prefiro ser rabo de elefante do que cabeça de formiga”. Para ele, o PSD de Kassab terá vida curta.