Verdades e mentiras
Certamente em busca de apoio dirigido à causa da manutenção do “Domingo na Praça da Concha Acústica”, a presidente da Fundação Cultural de Uberaba optou por responder a esta colunista na página oficial do Facebook da entidade, em vez de usar o espaço desta coluna. Vale lembrar que ela foi questionada sobre o assunto, mas preferiu as redes sociais, onde publicou “esclarecimentos” recheados de inverdades sobre as queixas de leitores aqui publicadas, semana passada. Dentre outras mentiras, o esclarecimento garante que “até a data de hoje nunca recebeu reclamação dos moradores do entorno da praça; só elogios”. Bem sabe a presidente Sumayra Silva que as reclamações já foram feitas, inclusive por e-mails a ela enviados por moradores dos prédios vizinhos, incomodados com o barulho excessivo das “domingueiras” musicais. Por várias vezes os vizinhos acionaram até mesmo a Patrulha do Silêncio, relatando que a música estava tão alta que não conseguiam sequer ouvir a televisão em suas casas. E mais: existe uma representação de moradores contra essas “domingueiras”, entregue ao promotor de justiça Carlos Valera, datada de 1º de setembro p.p. Como alegar que nunca recebeu reclamação???
Diligências do MP
Na representação ao Ministério Público, mais de 50 moradores do entorno da Praça da Concha Acústica apuseram seus nomes em abaixo-assinado reclamando da “poluição sonora”. Ali consta expressamente que as queixas foram feitas antes, através do “Fala Cidadão”, bem como diretamente à presidente Sumayra Oliveira “e nada de efetivo ocorreu”. Na representação, à qual juntaram filmes e gravações comprovando o barulho, os queixosos dizem ainda: “É comum não conseguirmos falar ao telefone nem termos concentração para ler ou executar atividades escolares, como escrever, elaborar trabalhos, estudar. Queremos que nossos direitos sejam resguardados, pois os decibéis estão excessivos e exagerados”. Vale ressaltar ainda que a produção excessiva de ruído configura contravenção penal.
Preço alto
Ainda nos “esclarecimentos” postados no Face, a Fundação Cultural garante que não vai passar o Domingo na Concha para a Univerdecidade. Agrade a quem agradar, vai ficar onde está. Cá pra nós, trata-se de pura teimosia da presidente Sumayra Oliveira, e que pode custar muitos votos ao prefeito Paulo Piau em possível disputa pela reeleição. Em vez de polemizar e teimar num projeto que contraria tanta gente, a presidente poderia ouvir a opinião dos moradores do entorno da Praça. Mas ouvir de verdade, e não apenas seus amigos e apadrinhados. E tentar achar uma solução que contemple a maioria. Afinal, ninguém faz abaixo-assinado e representa ao Ministério Público quando está satisfeito com um evento ou serviço realizado pelo Poder Público. Muito menos recorre à imprensa em busca de ajuda...
Faltou reflexão – Nos “Esclarecimentos” via Facebook, a presidente da Fundação Cultural foi no mínimo precipitada ao repudiar a suposta afirmação de que “os repertórios não são de qualidade”. Está escrito na coluna que o repertório nem sempre é de qualidade e não é apreciado à unanimidade. São situações bastante diferentes. A confusão teria sido proposital ou apenas motivada pelo açodamento na interpretação do texto?
Sugestão – Para encerrar essa novela da Fundação Cultural, vale lembrar que esta coluna apresentou sugestões alternativas para a continuidade do projeto musical aos domingos: o rodízio democrático das praças da cidade para as apresentações ou o CentroPark, espaço este construído especificamente para esse fim. Cá entre nós, se essas sugestões não agradaram, também não seriam motivo para despertar tanta ira na presidente Sumayra. Ninguém quer acabar com os projetos culturais da Fundação. Mas também não se pode fechar os olhos para os problemas por eles criados para a maioria.
Luzes apagadas
Natal de luzes tem tudo para não sair do papel, mais uma vez. Em agosto, por orientação do presidente Luiz Dutra, a Câmara acionou a Prefeitura no sentido de uma parceria para decoração de praças e prédios públicos. Até apresentação de corais nas janelas do Paço foi proposta. Reuniões daqui e dali foram realizadas para discutir o projeto, mas na semana passada a crise financeira jogou água na fervura.
Roubalheira
Quem foi ao cemitério São João Batista no Dia de Finados não conteve a indignação ao constatar que os túmulos haviam sido alvo da ação de ladrões, que levaram inscrições metálicas de nomes, data de nascimento e falecimento, vasos e até molduras de fotos dos entes queridos ali enterrados. Esse fato desafia uma ação mais enérgica por parte da Prefeitura, especialmente no controle diário do acesso das pessoas ao campo santo. Do jeito que está, com os portões abertos e sem fiscalização eficiente, os túmulos vão continuar sendo furtados.
Anda e para
É possível sincronizar os semáforos na avenida Leopoldino de Oliveira? O motorista anda um quarteirão e para. Anda outro quarteirão, para de novo com sinal fechado. O trânsito não flui desse jeito.
Sofisticação
Anote esse nome: Ponto Bello. Essa é a nova e sofisticada loja especializada em acabamentos que o empresário Elzo Calixto Mattar Junior (de Franca, SP) inaugura hoje à noite, na avenida Santa Beatriz. É uma boutique classe “A”, reunindo grifes como Portinari e outras importadas (inclusive a italiana Versace). Essa é a 3ª loja Ponto Bello, que já tem atuação marcante em Franca e Passos. Será sucesso aqui também!