OLHA O NÍVEL!
Diretora de Vigilância Sanitária no Município, Patrícia Bizinoto se diz surpresa com o “péssimo nível das farmácias” locais, inclusive algumas de grandes redes. Nas fiscalizações recentes têm sido encontradas diversas irregularidades, como remédios fracionados, medicamentos armazenados em potes de sorvete, receitas em branco, outras com errorex na data e até mesmo no nome, e outras receitas consideradas “matrizes”, que servem para o fornecimento de medicamentos controlados sem que o paciente passe novamente pelo médico. São casos de arrepiar!
BONS RESULTADOS
Por outro lado, o email disponibilizado para empresas comunicarem casos de Covid entre seus colaboradores tem dado bons resultados. Segundo Patrícia Bizinoto, o monitoramento tem sido mais ágil, graças às informações passadas por meio eletrônico diretamente à Epidemiologia. O email, no caso, é o empresainformacovid@uberaba.mg.gov.br.
VACINA PARA TODOS
Vai ter vacina para todos os mineiros até outubro tomarem a primeira dose. Foi o que garantiu o Secretário de Estado da Saúde em entrevista ao programa O Pingo do Jota desta quarta-feira. Fábio Baccheretti desembarcou em Uberaba por volta de 9h e veio direto para os estúdios da Rádio JM, onde revelou que Minas Gerais deverá receber lotes maiores de vacinas a partir de agosto. A expectativa é que cheguem em torno de 6 milhões de doses em agosto e outros 6 milhões em setembro, o que deverá dar um impulso bom no processo de imunização dos mineiros, conferindo mais rapidez.
TODOS JUNTOS
De acordo com o secretário, ainda que alguns municípios estejam mais adiantados do que outros na vacinação, ele acredita que todos terminarão o processo de imunização juntos. Para Baccheretti, é compreensível que alguns municípios, como Uberlândia, estejam mais adiantados do que outros, como Uberaba, pois cada um tem suas peculiaridades em relação ao público-alvo. Uns têm mais idosos, outros mais pessoas com comorbidades, e assim por diante. Por isso, ele acredita que em determinado momento da vacinação os que estão atrás poderão passar à frente ou se igualar aos mais adiantados. Mas não tocou no caso dos “fura-filas”, aos quais tem sido atribuído o atraso no cronograma de vacinação em boa parte do Estado.
VAI DEMORAR
Se a perspectiva de vacinação contra a Covid é animadora para os mineiros, o mesmo não se pode dizer em relação ao pagamento do débito do Estado com o custeio do Hospital Regional. Baccheretti não deu esperanças de saldar a dívida herdada e ampliada por Romeu Zema, mas deixou claro que o Estado vai pagar todos os seus fornecedores dentro do exercício de 2021. E garantiu que o governo terá dinheiro para honrar seus compromissos com a saúde em Minas. Vale ressaltar que apenas com custeio de leitos de UTI Covid o Estado está gastando cerca de R$ 80 milhões por mês.
ENXUGANDO GELO
Por falar em leitos hospitalares, a sensação que se tem é que estamos enxugando gelo em relação às transferências de pacientes não-Covid, das UPAs para o Hospital de Clínicas da UFTM. Depois daquele video mostrando pacientes em corredores das UPAs à espera de transferência, na terça os mais graves forem levados para o HC. Mas isso não resolveu. Por volta das 9h desta quarta-feira havia outros 23 pacientes na UPA Mirante e outros 30 na UPA São Benedito na fila da transferência. Vale destacar que a UPA Mirante tem capacidade para acolher 35 pacientes, e a São Benedito, 45.
MERO PALIATIVO
Remanejamento é um paliativo, não vai resolver. Avaliação é da presidente da Funepu, Jesislei Rocha. Ela conta que foram destinados 6 leitos para acolher pacientes não-Covid, porque houve uma diminuição expressiva da procura por atendimento Covid nas UPAs. No entanto, outras patologias agora estão mais preocupantes, o que pode estar relacionado à mudança climática, como no caso de infartos e patologias cardiológicas. O problema é encontrar o equilíbrio entre o possível e o desejável. Há anos se fala em falta de leitos, esgotamento da capacidade de internação hospitalar, mas o assunto parece que nunca foi encarado com a devida disposição de resolvê-lo. E agora a bomba está aí!
REFORÇO NA BASE
Voltando à entrevista do secretário Fábio Baccheretti, ele anunciou aqui o programa Saúde em Rede, que particularmente achei bastante interessante. A ideia é fortalecer a atenção básica, prestando atendimento à população antes do agravamento das patologias. Além disso, as microrregiões estão sendo estruturadas para reter na origem os pacientes, evitando a transferências para cidades maiores, como Uberaba. Essa medida deverá desafogar bastante a rede hospitalar das sedes das macrorregiões. O resultado, obviamente, não será sentido de imediato. Mas o primeiro passo está sendo dado.
ENTUSIASMO
Secretária adjunta de Saúde, Valdilene Rocha, acredita que a reestruturação da saúde em Minas Gerais está esboçando uma espécie de plano diretor, com possibilidades reais de trazer grandes avanços para o setor. Ela é defensora convicta da necessidade de investimentos na saúde básica.
QUESTÃO DE MATEMÁTICA
“O aumento de locais de vacinação era inevitável. Independente de A, B ou C ter pedido, sugerido ou oficiado. Veja a faixa etária de 45 a 59 anos é a mais populosa em Uberaba. São 57 mil pessoas para tomar a primeira dose. A faixa etária entre 60 e 69, que somam cerca de 30 mil pessoas, começa a tomar a segunda dose de AstraZeneca a partir da segunda quinzena de julho. Imagina essa demanda diária em apenas dois locais de vacinação!” Observação é do engenheiro Luiz Cláudio Campos, gestor do instituto de pesquisa Percent. Segundo ele, o aumento dos postos de vacinação era uma questão de lógica, e não de opção.
MEDICAMENTOS
Enquanto voo de BH trazendo o secretário Fábio Baccheretti a Uberaba transportou vacinas para a região, a Superintendência Regional de Saúde teve de buscar em BH, no mesmo dia, os medicamentos do chamado “kit entubação” para os hospitais de Uberaba, especialmente para o Regional. Aí fica a pergunta: por que já não veio tudo no mesmo voo, evitando o desperdício de tempo, combustível e diárias de viagem para buscar os tais kits??