Por Gê Alves – redatora interina
gealves13@ gmail.com Revolta geral. A notícia – estranhamente – não foi distribuída à mídia, apenas divulgada em espaço específico para o servidor. No site www.uberaba.mg.gov.br, a Prefeitura informa que se enquadra em súmulas do STF sobre salário mínimo e remuneração dos servidores. A aprovação foi em junho do ano passado, mas somente bem após o anúncio do novo mínimo de R$ 510 é que a Prefeitura trouxe à tona – e de maneira tímida - o esclarecimento ao trabalhador. Diz trecho do texto da Prefeitura direcionado aos servidores que: “os mesmos devem se atentar, pois fica vedado o aumento automático do mínimo”. Ou seja: a soma do vencimento-salário com as vantagens – quinquênio e gratificação, por exemplos – não pode ser inferior ao mínimo, mas se juntos chegarem a R$ 510 o reajuste salarial só vem na data-base da categoria, em maio. Para quem nem assim atingir o valor do novo mínimo, será concedido abono. Sem explicação. Ainda segundo a nota oficial, os sindicatos, tanto dos Servidores Públicos Municipais (SSPMU), como dos Educadores (Sindemu), foram oficiados da questão há cerca de 90 dias. Juro... prefiro não acreditar.... Como? Como souberam e nada fizeram, sequer prepararam os POBRES dos SERVIDORES para uma BOMBA destas? Por quê? Por que não colocaram a boca no trombone? Por que não mobilizaram a categoria? Por que não acionaram a Câmara? Por que não recorreram à Justiça? Certo mesmo é que a redução no poder de compra do servidor que sempre recebeu o salário mínimo vigente, independente dos benefícios, gerou reação imediata da categoria, conforme se pode ver no próprio site da Prefeitura. Esta causa deveria ser abraçada não apenas pelos trabalhadores atingidos, mas por todos os servidores públicos e pela sociedade através de suas instituições de trabalhadores e empresariais também. E a solidariedade deve vir não apenas da boca para fora, mas com atos concretos, com manifestações públicas. O que todos que são minimamente humanos querem é ver as pessoas podendo comer melhor e não tendo que reduzir o arroz e feijão de cada dia na mesa das suas famílias, das famílias da nossa cidade. Opinião. Leitor que se identifica como Roberto Santos diz, por e-mail, não concordar com os comentários da colunista sobre o filme que aborda a vida do presidente Lula. Agradeço a leitura e o comentário. Meu entendimento é de que a película deveria ser exibida após o fechamento do governo, inclusive porque contaria um ciclo completo dele na presidência. Isto, além de estarmos em ano eleitoral. O leitor ressalta que o Presidente Lula não é candidato e não precisa fazer propaganda, por ter 80% de aprovação. Realmente são duas constatações. Penso que Lula não pode jamais ser desmerecido enquanto grande personalidade nacional. Entra para a história do país tanto pela sua trajetória de vida, menino nordestino, pobre, sem grandes estudos que chega a presidente e com popularidade estrondosa. A questão do filme neste momento é a questão política. Lula não é candidato, mas terá um nome do Governo na disputa. E outro detalhe: a propaganda é sim importante para a manutenção da popularidade. Mais adiante. Outros leitores – muitos que inclusive gostaram do filme e uns que até se disseram emocionados – concordam que politicamente não foi correto o lançamento neste momento. Alguns vão além, ressaltando a extravagância na quantidade de publicidade em horário nobre, não apenas dos bancos oficiais e Petrobras, como constatamos, mas do governo como um todo. Tem ainda leitores que chamaram a atenção também para o apelo emocional, para o sentimento de uma nação que vai bem obrigada, de propagandas de empresas como a Vale e o Bradesco. Faz sentido... Cobrança. Em sua visita à Mata do Ipê esta semana, o prefeito em exercício Paulo Mesquita, ouviu denúncia sobre lixo depositado em área no bairro Cidade Jardim, nos fundos da Secretaria Municipal de Saúde e que estaria sendo atirado por pessoas do Samu. Mesquita foi imediatamente ao local e constatou a sujeira. Na terça-feira, após reunião sobre a Dengue, assessores do prefeito informaram a situação ao secretário de Saúde, Waldemar Hial, que prometeu apurar e cobrar bom exemplo da equipe. Curioso. Setepor cento da população de Uberaba, segundo o secretário municipal de Agricultura, José Humberto Guimarães, é formada por gente que migrou do interior de São Paulo, sobretudo da região de Ribeirão Preto até municípios na divisa com o rio Grande, motivados pela atividade agrícola.