A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou este mês a flexibilização das medidas sanitárias em aeroportos e aeronaves, liberando o retorno do serviço de bordo pelas companhias aéreas em voos nacionais. A atualização foi feita após a decretação do fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Covid-19.
Até então o serviço de bordo estava disponível somente para os clientes em voos internacionais, mesmo os considerados de curta distância, como entre São Paulo e Buenos Aires.
Com a nova deliberação, as companhias aéreas que operam voos domésticos no país — Azul, Gol e Latam — anunciaram que voltarão a oferecer aos passageiros snacks e bebidas à vontade, sem custo adicional, depois de dois anos de suspensão do serviço por causa da pandemia de Covid-19.
As companhias Gol e Azul foram as primeiras a retomar o serviço de bordo e já voltaram a oferecer os lanches gratuitamente a partir deste fim de semana.
No caso da Azul, a empresa informou em nota que desde domingo (22) oferecia snacks e bebidas à vontade em todos os voos, sem custo adicional nos preços das passagens. Segundo o comunicado, as opções a bordo serão diversificadas e ajustadas conforme o horário da viagem, com diferentes cardápios para operações que decolam de manhã, de tarde e de noite.
Já a Gol Linhas Aéreas anunciou que voltará a oferecer a comodidade gradativamente. No dia 22, a companhia disponibilizou o atendimento em voos com origem nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo. Em 1.º de junho, o serviço de bordo será ampliado para voos com origem em Brasília e nos terminais do Galeão e Santos Dumont no Rio de Janeiro. A partir de 16 de junho, o atendimento chegará a 100% dos voos no Brasil.
Quanto à Latam, o serviço de bordo estará disponível gratuitamente nos voos nacionais a partir de 1º de junho. As opções de alimentação do serviço de bordo serão oferecidas de acordo com o horário do voo (manhã, tarde e noite) e cabine (Premium Economy ou Economy).
Na liberação do serviço de bordo, a Anvisa orientou que o atendimento seja o mais breve possível para não prejudicar significativamente o uso de máscaras de proteção facial pelos passageiros. O equipamento só pode ser retirado no momento da alimentação.
Outra recomendação é que todos os resíduos sólidos gerados pelo serviço de bordo sejam recolhidos o mais breve possível, com especial atenção a copos, pratos, garfos e outros objetos que possam ter tido contato direto ou indireto com a boca do viajante.
Apesar da flexibilização para o serviço de bordo, a obrigatoriedade do uso de máscaras dentro do avião no restante do voo e nas áreas restritas dos aeroportos foi mantida pela Anvisa. Também segue valendo o desembarque realizado por fileiras e os procedimentos de limpeza e desinfecção de ambientes e superfícies. O distanciamento físico continua recomendado sempre que possível.
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Europa
Em paralelo, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa) e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças deixaram de exigir o uso de máscaras em aeroportos e durante os voos desde 16 de maio.
Apesar do fim da obrigatoriedade, a Easa e o ECDC ressaltaram no comunicado conjunto que "a máscara facial continua a ser uma das melhores proteções contra a transmissão" do SARS-CoV-2, especialmente para pessoas mais vulneráveis.