A solicitação foi feita por associação internacional de transporte aéreo para evitar aumento do custo das viagens, mas só foi atendida pela França até o momento
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) pediu aos governos de todo o mundo que garantam que os altos custos dos testes Covid-19 não coloquem as viagens fora do alcance dos cidadãos. Por enquanto, apenas a França anunciou que o Estado vai arcar com os custos dos testes para viajantes.
A associação defende que o custeio dos gastos com os testes é essencial para facilitar a retomada das viagens internacionais, pois permitirá que a medida de prevenção seja acessível aos visitantes.
“Os custos do teste devem ser melhor gerenciados. Se os governos querem salvar empregos no turismo e transporte, evite limitar a liberdade de viagem aos ricos ”, manifestou o diretor-geral da Iata, Willie Walsh.
Uma amostragem feita pela entidade em 16 países sobre os custos do teste RT-PCR - mais frequentemente exigido pelos governos - apontou grandes variações de preços. O custo varia de US$ 90 a US$ 208. No Brasil, o valor cobrado é de US$ 64.
Segundo a Iata, adicionar testes às tarifas aéreas aumentaria o custo de voar. Mesmo para brasileiros, os custos com exames aumentariam em R$ 700 o custo da viagem, se fosse um teste na ida e na volta. Se forem exigidos dois testes, o preço ficaria em torno de R$ 1.400 por pessoa.
Antes da crise, a passagem aérea de ida custava, em média, US$ 200, segundo dados da Iata de 2019. Um teste de PCR de US$ 90 aumenta o custo em 45%, para $ 290. Adicione outro na chegada e o custo aumentaria 90% para US$ 380. Supondo que sejam dois testes em cada direção, o custo médio de uma viagem individual pode subir de US$ 400 a US$ 760. Parceria
No Brasil, cerca de 14 companhias aéreas, entre elas Air Canada, Air Europa, Air France/KLM, American Airlines, Boa - Boliviana de Aviácion, Copa Airlines, Ethiopian, Gol, Latam, Lufthansa, Qatar, TAP Portugal, Swiss e United Airlines, firmaram parceria com laboratórios em São Paulo e no Rio de Janeiro para oferecer descontos na realização dos exames para o passageiro que comprou bilhetes aéreos. A TAP tem parceria em Minas Gerais com os laboratórios Hermes Pardini e Humberto Abrão.