Investimentos da ordem de R$ 2 bilhões são planejados nos próximos 20 anos para transformar a região em referência mundial em ecoturismo
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De olho na retomada do turismo após a pandemia, Zona da Mata em Minas Gerais pode se tornar um dos destinos procurados por viajantes apaixonados por experiências na natureza. Um projeto está sendo formatado no entorno do Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira e deve ser lançado oficialmente no segundo semestre de 2022.
O parque foi criado em 2018 pelo governo estadual, envolvendo a área entre os municípios de Lima Duarte, Olaria, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde. A região abriga cachoeiras, grutas e formações rochosas que servem de mirante para paisagens de tirar o fôlego entre as montanhas. Por isso, investidores assinaram um protocolo de intenções em outubro com a Prefeitura de Olaria para aproveitar o cenário e implantar um novo empreendimento turístico no território mineiro.
A intenção é aproveitar todo o potencial da região, que está próxima do Parque Estadual do Ibitipoca e de quatro serras (das Flores, do Funil, de Ibitipoca e Negra). Além disso, o projeto deve se favorecer da localização estratégica a poucos quilômetros dos três maiores centros urbanos do país — São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
O projeto Serra Negra da Mantiqueira pretende ser pioneiro no país e tem investimentos previstos em torno de R$ 2 bilhões ao longo de 20 anos. A proposta é preservar uma região 4.000 hectares de matas, integrando fazendas, hotéis, restaurantes, centros de vivência e unidades imobiliárias.
Em um momento em que o turismo de experiência cresce no mundo, o novo parque ofereceria ao visitante atividades como trekking, cavalgada e ciclismo no novo complexo turístico. O objetivo é tornar a região uma referência internacional em ecoturismo e proporcionar uma experiência repleta da hospitalidade mineira.
Até agora, já foi instalada na região uma fazenda de produção agroecológica com o objetivo de fortalecer e capacitar os pequenos agricultores para produzir alimentos orgânicos para o complexo hoteleiro. Pretende-se ainda qualificar os produtos locais, como embutidos, queijos e doces, e implantar novas culturas de inteligência agroclimática para a produção de vinhos, cervejas, cafés e azeite.
*Gisele Barcelos é uma jornalista viajante, apaixonada por pesquisar novos destinos e montar roteiros para aventuras pelo mundo afora. Além do conteúdo para o portal do Jornal da Manhã, é autora do blog Checklist Mundo e do instagram Checklist Mundo, onde compartilha dicas para ajudar todo mundo a viajar mais e melhor.