CONEXÃO URBANA

Automedicação no trabalho e omissão pode acarretar ações judiciais

François Ramos e Leilane Vieto
François Ramos & Leilane Vieto
Publicado em 17/07/2025 às 10:25Atualizado em 18/07/2025 às 08:54
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Prefeitura fiscaliza obras de UBSs em Uberaba
A prefeita de Uberaba, Elisa Araújo (SD), dedicou a quarta-feira (16) para vistoriar obras de três UBS em construção nos bairros São Benedito, Laranjeiras e Jardim Itália. Ao lado de secretários e equipe técnica, Elisa reforçou que as unidades são essenciais para melhorar o atendimento e pediu atenção aos detalhes e prazos. Só as obras em andamento no São Benedito, com previsão de entrega para novembro, somam R$ 1,8 milhão em investimentos, parte deles oriundos da reparação de Brumadinho.

Investimento em saúde básica e infraestrutura
Além da UBS São Benedito, a prefeita conferiu de perto os canteiros da UBS Laranjeiras, a maior entre as três, com 12 consultórios e orçamento de quase R$ 3 milhões, incluindo recursos do Novo PAC. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2026. Já a UBS Jardim Itália, com entrega prevista para o primeiro semestre do mesmo ano, soma R$ 1,64 milhão em investimentos estaduais, reforçando a estratégia de ampliar a cobertura da saúde básica na cidade.

Saúde e segurança de mãos dadas
O roteiro de Elisa Araújo não se restringiu à saúde. Durante as vistorias, ela passou pela Praça Zé do Tiro, onde conferiu as obras de iluminação pública no Complexo Esportivo José T. dos Santos. A primeira etapa busca beneficiar cerca de 16 mil moradores da região, promovendo mais segurança e incentivo à prática esportiva. Para a prefeita, ações de infraestrutura e saúde caminham juntas na política de valorização dos bairros mais populosos de Uberaba.

(Foto/Lílian Veronezi/Secom/PMU)

(Foto/Lílian Veronezi/Secom/PMU)

PL da Devastação: Câmara aprova flexibilização do licenciamento ambiental
A Câmara dos Deputados, em sessão que adentrou pela madrugada desta quinta-feira (17), aprovou o polêmico projeto que enfraquece o licenciamento ambiental, batizado por críticos de "PL da Devastação". O texto cria brechas perigosas: obras "estratégicas" poderão obter licenças especiais (LAE) mesmo causando degradação significativa, enquanto o licenciamento por autodeclaração (LAC) dispensa estudos de impacto. Ou seja, o governo federal ganha poder para chancelar empreendimentos sem análise técnica robusta, incluindo aqueles em áreas protegidas – sem precisar do aval do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). O recado é claro: sob o discurso do desenvolvimento, rasga-se a precaução ambiental.

Agro vs. Meio Ambiente: a divisão que explica a votação do PL
De um lado, ruralistas como Pedro Lupion (PP-PR) celebram a "agilidade" para obras paradas no licenciamento. Do outro, parlamentares como Sâmia Bomfim (PSOL-SP) alertam para o risco de novas Brumadinhos – afinal, dispensar estudos sérios é brincar com desastres anunciados. O projeto reflete a velha dicotomia entre "produzir" e "preservar", mas com um agravante: a LAE permite que o Conselho de Governo (leia-se: Palácio do Planalto) decida o que é "estratégico", transformando licenças em moeda política. A pergunta que fica: quem paga o preço dessa “eficiência”?

Xakriabá x Kataguiri: o circo racista que ofuscou (mas não surpreendeu) a votação
Enquanto o PL da Devastação passava, a Câmara assistia a um espetáculo deprimente: Kim Kataguiri (União-SP) chamou indígenas de "tribos" e ironizou o cocar de Célia Xakriabá (PSOL-MG) como "cosplay", ignorando seu significado sagrado para os Fulni-ô. A deputada rebateu com a acusação de "racismo televisionado", e Motta (Republicanos-PB) chamou a tropa de choque – não para proteger a dignidade indígena, mas para "restabelecer a ordem". A cena resume o ambiente: debaixo de ataques pessoais e colonialismo disfarçado de piada, aprova-se um projeto que, nas palavras de Xakriabá, "enterra os direitos dos povos originários". Coerência? Nenhuma. Vergonha? Menos ainda.

Empresas e o fornecimento de medicamentos: riscos legais e responsabilidades
A legislação trabalhista não obriga empresas a fornecer medicamentos como analgésicos ou antitérmicos aos funcionários, e a prática pode ser perigosa. A automedicação, especialmente em casos como dengue ou hipertensão, pode agravar o quadro ou até levar a óbito, expondo a empresa a ações judiciais. O advogado trabalhista Euseli dos Santos alerta que, em vez de liberar remédios, o correto é encaminhar o colaborador para atendimento médico, garantindo sua segurança e evitando consequências legais impostas também àquele empregador que se omite. 

(Foto/Reprodução/Instagram)

(Foto/Reprodução/Instagram)

Omissão também gera responsabilidade: empresas devem agir diante de mal-estar
Proibir o compartilhamento de medicamentos nas dependências de seu estabelecimento, como ocorre em um hipermercado de Santa Maria (o que provocou indignação em um leitor da coluna CONEXÃO URBANA), é apenas parte da solução. A empresa tem o dever de zelar pelo bem-estar do funcionário, liberando-o para buscar ajuda médica. Segundo o especialista Euseli dos Santos, a omissão diante de um quadro de saúde grave pode resultar em processos por negligência, principalmente se houver agravamento de doenças ocupacionais ou condições inadequadas de trabalho.

Cuidado com doenças ocupacionais: prevenção é o melhor caminho
Além de evitar a automedicação, as empresas devem investir em prevenção, como ambientes ergonômicos e pausas adequadas, para reduzir riscos de doenças laborais. O advogado Euseli dos Santos reforça que, em casos de mal-estar, a prioridade deve ser o encaminhamento a um profissional de saúde. Essa postura não só protege o colaborador, mas também resguarda a empresa de possíveis ações trabalhistas por descumprimento das normas de segurança e saúde.

Férias ativas para a garotada
Durante o recesso escolar, a Prefeitura de Uberaba, por meio da Funel, oferece a Estação Férias — programação gratuita para crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos. As atividades acontecem entre 21 e 31 de julho, sempre das 13h às 17h, em dois núcleos: Arena Funel e CIE Beija-Flor II. A proposta inclui esportes, recreação e brincadeiras, sem necessidade de inscrição prévia, garantindo lazer saudável para quem não viaja nesse período.

Lazer com responsabilidade e inclusão
O presidente da Funel, Carlos Dalberto Júnior, reforça que a Estação Férias é mais que diversão: trata-se de incentivo à prática esportiva desde cedo, com foco no bem-estar físico e emocional dos jovens. A presença de profissionais de Educação Física assegura acompanhamento seguro e atividades ajustadas a cada faixa etária. No núcleo da Arena Funel, inclusive, a programação inclui atividades aquáticas, ampliando as opções de integração para a garotada da cidade.

Regularização mais perto de casa
Nesta sexta-feira (18), moradores do bairro Silvério Cartafina poderão resolver pendências de documentação de seus imóveis em plantão promovido pela Cohagra e Cohab Minas. A ação integra o programa "Cohab + Perto" e acontece no Salão Paroquial Sagrada Família, das 8h às 17h. A expectativa é atender famílias que ainda não possuem escritura definitiva, uma etapa essencial para garantir segurança jurídica e acesso pleno aos direitos de propriedade.

Escritura em dia, segurança garantida
Segundo a presidente da Cohagra, Erika Martins (foto), cerca de 600 contratos no Silvério Cartafina ainda dependem de regularização. No plantão, os moradores poderão esclarecer dúvidas, consultar pendências e já dar entrada no processo de obtenção da escritura. A recomendação é levar documentos pessoais, contrato ou papel da Cohab e comprovante de residência. A medida fortalece o compromisso da companhia com a regularização fundiária e amplia a segurança das famílias no bairro.

(Foto/Reprodução)

(Foto/Reprodução)

Tarifaço de Trump ecoa na política brasileira
O anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros teve reflexos inesperados por aqui: impulsionou a aprovação de Lula e impactou as forças da direita. Segundo pesquisa Genial/Quaest, Lula lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno em 2026, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL) perderam fôlego. Para analistas, o gesto de apoio explícito de Tarcísio a Trump teria colaborado para essa queda.

Direita segue sem nome definido para 2026
Com Jair Bolsonaro (PL) inelegível e ainda réu no Supremo, a pesquisa Quaest mostra a direita fragmentada e sem um nome capaz de chegar a 20% das intenções de voto. Tarcísio mantém 15%, Michelle Bolsonaro aparece com 13%, mas 19% dos eleitores disseram preferir outro nome e 17% não sabem em quem votar. Para 62% dos entrevistados, Bolsonaro deveria desistir de vez da disputa e apoiar outro candidato.

Aprovação de Lula cresce, mas rejeição à Câmara sobe
Além da liderança eleitoral, Lula também registrou alta na aprovação popular: subiu de 40% para 43% entre maio e julho, segundo a Quaest. A mesma pesquisa, porém, apontou forte rejeição à proposta de ampliação das cadeiras na Câmara dos Deputados de 513 para 531. Nada menos que 85% dos brasileiros são contra, sendo os homens os mais críticos (89%), sinal claro de que o eleitorado não tolera aumento de custos com a classe política.

Frase
"Mas a democracia brasileira não é um contrato de adesão”. (Júlia Duailibi)

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