A hipocrisia com salário de ouro mira o Palácio do Planalto
Aproveitando-se da lacuna deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030, Romeu Zema apresenta-se como a opção da direita para assumir o comando do país. O governador mineiro, que deseja "remover" pessoas em situação de rua como lixo urbano é o mesmo que aprovou seu próprio aumento salarial de 300%, tornando-se um dos mais bem remunerados do Brasil, com uma diferença de até 4.300% em relação ao que é pago aos servidores públicos estaduais de quem vive a cobrar “colaboração” para manter a saúde da fazenda. Trata-se de um neoliberal de butique na veia: Estado mínimo para o povo, máximo para a classe política e as elites que defende.
A gestão que deixa até a viatura de polícia parada
Talvez a opção por São Paulo para lançar sua pré-candidatura à presidência da República seja porque o povo mineiro finalmente o conhece. Pena que levou 7 anos para isso acontecer. Aqui, a gestão "eficiente" que Zema adora ostentar nas redes sociais e em entrevistas, é tão boa que deixou a polícia sem gasolina. Viaturas limitadas a 40 km por dia, enquanto o crime circula bem à vontade e em ritmo acelerado. Em seu governo a dívida com a União aumentou 51% chegando a mais de R$ 188 bilhões. A conta da "crise" sobra para quem arrisca a vida para garantir a segurança de um Estado que não valoriza seu trabalho. O sucateamento em Minas parece uma política de governo.
(Foto/Reprodução/YouTube)
O discurso versus a realidade mineira
Em São Paulo, Zema, como sempre, criticou o PT e o governo federal, elogiando o próprio governo. Que o Brasil não caia nessa! A duras penas o povo mineiro reconheceu que o discurso de “Novo” não passava de um samba de uma nota só: promessa. Os salários da segurança estão entre os piores do país, com defasagem de 45%, os dos profissionais da educação então, é melhor nem falar para não aumentar a vergonha de quem reelegeu no primeiro turno, em 2022, um governador que acha que problema social se resolve com "guincho" (o que deu a entender ao comparar moradores de rua com carros parados em lugar proibido), não com política pública. Se levar essa receita para Brasília, o Brasil vira um grande estacionamento de gente invisível e viaturas paradas, principalmente se isso continuar a garantir benefícios fiscais para locadoras de veículos.
O Brasil que eles querem: quartéis com pátios cheios, presídios vazios e povo ignorado
Será que o brasileiro de direita, entendeu o projeto de Zema? Basta olhar para sua gestão à frente de Minas Gerais: Teremos o contexto do país que "se vira" (ou “se dane”). Policial sem gasolina, bombeiro sem verba, professor sem salário decente. Mas o governante, ah, esse tem supersalário com direito a discurso de eficiência sempre que as câmeras e microfones se voltam para ele. Se esse homem ganhar, esqueça o estado que cuida; prepare-se para o estado que corta, que ignora, que remove. O Brasil não pode virar uma Minas Gerais ampliada, onde o povo paga a conta e a elite aplaude de camarote. Basta!
A realidade que destoa do discurso
Embora o governo Lula esteja sempre na mira das críticas de Zema, enquanto o governador de Minas deixa a polícia estadual sem gasolina, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebe o Taser 10 de última geração. A ironia é de doer! De um lado, o estado falido, com viaturas paradas. De outro, a União, investindo em arma "menor potencial ofensivo". É a esquizofrenia brasileira: modernidade para uns, abandono total para outros. O cidadão na estrada pode ficar mais seguro em seu trajeto que o cidadão que sai da periferia para trabalhar e gerar riqueza.
Taser x Armas de Fogo
A PRF acerta ao investir no uso de Taser e promover o treinamento de seu efetivo para o uso adequado do equipamento. Contudo, não se pode esquecer que embora tudo isso seja muito bonito no papel: "protocolos", "preservação da vida", "direitos humanos", a prática é que vai determinar a eficiência no uso do novo método. A tecnologia é bem-vinda, sem dúvida. Mas não é arma mágica. O risco sempre existe. O que importa é quem segura o equipamento e por isso o treinamento deve ser contínuo e incluir sempre diretrizes de respeito à população, pois não faltam casos em que mesmo o "menor potencial ofensivo" vira um grande problema.
Tesouro da nossa História
O Centro de Cultura Cecília Palmério foi palco de uma celebração que ficará para sempre na memória de Uberaba. No último sábado (23) aconteceu o lançamento do livro “Jornal da Manhã – Do papel à memória: 50 anos em manchete”. A obra é um verdadeiro baú de tesouros, reunindo 100 capas emblemáticas que narram não apenas a trajetória do JM, mas a própria história de Uberaba e do Brasil. É a memória viva da nossa gente, impressa em páginas de muito orgulho.
Uma manhã de profissionais de excelência e muita emoção
O evento foi prestigiado por quem fez e faz a história: profissionais da imprensa, acadêmicos, autoridades e personalidades como a diretora-presidente Lídia Prata, o ex-deputado Narcio Rodrigues, o secretário municipal de Comunicação, Marcos Vinícius; Tharsis Bastos, Maurílio Moura Miranda, Márcio Gennari, Wellington Cardoso, Gislene Martins, Larissa Prata e Carlos Roberto Moura (Ticha). A roda de prosa foi um momento de pura descontração e nostalgia, regado a lembranças afetivas dos tempos áureos da redação. Um dia que celebrou o passado e brindou o futuro do jornalismo. Nós, da Coluna Conexão Urbana, temos muita honra de fazer parte dessa história!
(Fotos/Lavígnia Vieto e Leilane Vieto)
O legado de um pioneiro e a força de sua sucessora
A emoção tomou conta da diretora-presidente Lídia Prata ao relembrar sua infância entre as máquinas de linotipo e as prensas que deram vida às páginas do jornal fundado por seu pai, Edson Prata. Ela cresceu na redação, fazendo lição de casa com gigantes como Gilberto Rezende e Mário Salvador. Hoje, ao lado de Luiz Ciabotti, transformou esse legado em uma potência comunicacional. O livro é um tributo a todos os profissionais que fizeram do JM a trincheira firme e respeitada que é hoje.
Cultura e memória viabilizadas por parceria de sucesso
Esta joia cultural, que reúne capas com marcos como a chegada do então governador Rondon Pacheco a Uberaba (a primeira capa do diário), a reinauguração do Cine Teatro Vera Cruz, a chancela da Unesco ao Geoparque Uberaba e a eleição de Dilma Rousseff como primeira mulher presidente do Brasil, foi viabilizada por meio de emenda parlamentar do deputado Aelton Freitas, dentro do Projeto Cultural Ani Bittencourt, idealizado por Narcio Rodrigues e coordenado por Iná Bittencourt. É o poder da união entre iniciativa pública e privada gerando frutos para a comunidade. Um presente e um legado para as futuras gerações.
Alerta sobre a falta de representação e um apelo público
Em meio à celebração, um alerta urgente. A diretora Lídia Prata, uma das lideranças que apoia o movimento #UberabaJá, destacou o risco da cidade seguir sem representação efetiva em Belo Horizonte e Brasília. O tom foi de quem vive a angústia do desabastecimento político. E fez um apelo direto: virou-se para o ex-deputado Narcio Rodrigues e pediu publicamente que reconsiderasse não concorrer em 2026. "Imagine o quanto o senhor poderia fazer", desafiou. Um momento raro de lobby aberto pelo futuro da cidade.
(Foto/Reprodução/Facebook)
O convite politicamente recusado (por enquanto)
O apelo emocionado, no entanto, esbarrou na realidade de quem já está “calejado”. Narcio Rodrigues, veterano de cinco mandatos e ex-líder do PSDB estadual, ouviu o pedido mas não parece seduzido pela ideia de uma nova campanha. A relutância do político experiente expõe o cerne do problema: a falta de atratividade no contexto da polarização ideológica (direita x esquerda) para que nomes pesados da política nacional entrem em disputas eleitorais incertas, onde o radicalismo tende a ser o principal ingrediente das campanhas. Enquanto isso, Uberaba segue na berlinda, com muitas estrelas soltas e pouca constelação para abrigar a todas.
Crítica em rede social e a resposta oficial
Um perfil no Instagram intitulado @aprovados_pgmuberaba2024, que diz representar candidatos aprovados no concurso da Procuradoria de Uberaba, criticou a renovação de contrato pelo município com um escritório particular por R$ 300 mil anuais (segundo eles para cuidar de causas simplórias) e a manutenção de assessores jurídicos comissionados. O perfil questiona a despesa em meio à protelação das nomeações. A coluna buscou posicionamento oficial da Prefeitura de Uberaba sobre as alegações.
Posicionamento da Prefeitura sobre o quadro de Procuradores
Por meio de nota, a Procuradoria-Geral do Município informou que atualmente existem 22 procuradores municipais nomeados e em efetivo exercício, não havendo vacância de cargos. A administração destacou que assessores comissionados atuam apenas em apoio administrativo e técnico, sob supervisão de procuradores efetivos, sendo-lhes vedado exercer atribuições exclusivas do cargo.
Sobre a convocação do concurso e validade do edital
A Prefeitura afirmou que a convocação de aprovados é discricionária, condicionada a critérios de conveniência, oportunidade e disposições orçamentárias, não havendo previsão imediata de novas nomeações. O concurso, homologado em 19 de setembro de 2024 (Edital nº 001/2024), tem validade de dois anos, prorrogável por igual período. O edital previu a formação de um cadastro de reserva composto por 73 candidatos aprovados.
Interdição na URA 240 para obras de melhoria
A Secretaria do Agronegócio (Sagri) interditará um trecho da URA 240, na região Laranjeiras, a partir desta segunda-feira (25). A medida abrange um percurso de aproximadamente dois quilômetros, partindo do km zero, próximo ao antigo Posto das Bandeiras, até o entroncamento com a fazenda Santo Antônio. O objetivo da obra é elevar o greide da estrada (perfil longitudinal da via) para solucionar problemas crônicos de inundação que afetam produtores e moradores locais durante o período chuvoso.
Frase
“A imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas.” (Karl Marx)