Saúde e fé
Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba, inaugurou na quinta-feira pela manhã, com uma missa solene no Santuário Basílica Nossa Senhora D'Abadia, o Jubileu dos Enfermos. Houve também uma homenagem às vítimas da Covid-19 em Uberaba, que incluiu o badalar dos sinos em todas as igrejas da cidade. A tarde, os trabalhos tiveram continuidade com uma visita pastoral ao Hospital Mário Palmério. Acompanhado pelo Padre Fabiano Roberto e por integrantes da Pastoral da Saúde, ele abençoou pacientes, familiares e funcionários, destacando o apoio espiritual da Igreja aos que sofrem.
Conforto
Durante a visita ao Hospital Mário Palmério, Padre Fabiano Roberto citou o Papa Francisco, reforçando que "Deus não nos deixa sozinhos" no sofrimento. Dom Paulo também enfatizou o Jubileu de 2025 (Peregrinos da Esperança) como um tempo de graça, convidando os enfermos a unirem suas dores à cruz de Cristo e lembrarem sempre que “a Igreja caminha com vocês, oferecendo amor e esperança.". A ação integra uma série de iniciativas da Arquidiocese de Uberaba programadas para o Ano Santo.
(Fotos/Renata Quirino)
Recepção
O diretor técnico do Hospital Mário Palmério, Dr. Raelson Batista; e a superintendente Ana Vera Palmério, receberam Dom Paulo e sua comitiva, valorizando a presença da Igreja. O encontro terminou com um lanche fraterno, simbolizando a união entre fé e saúde. O Jubileu dos Enfermos terá continuidade em todas as cidades que integram a Arquidiocese de Uberaba, com ações dedicadas ao acolhimento e à espiritualidade dos que enfrentam enfermidades.
Lixo
O secretário adjunto da Secretaria de Serviços Urbanos e Obras (Sesurb), Túlio Bento Vieira; e a superintendente Thaísa Meneghello Esselin estiveram em Araraquara (SP) para conhecer o sistema de gerenciamento de resíduos da cidade, que inclui 11 ecopontos automatizados e parcerias com cooperativas. O modelo, que elimina manuseio desnecessário de materiais, chamou a atenção pela eficiência e controle informatizado de descartes. Uberaba estuda adaptar a iniciativa, priorizando transparência e sustentabilidade.
Reciclagem
Além dos ecopontos inteligentes, a comitiva de Uberaba destacou a parceria de Araraquara com cooperativas, como a Acácia, responsável pela triagem de recicláveis. O município paulista também reaproveita resíduos de construção civil e madeira, transformando-os em energia ou material para estradas rurais. Túlio Bento afirmou que Uberaba pretende replicar o modelo, envolvendo cooperativas locais e o Ministério Público na iniciativa, com foco em inclusão social e soluções definitivas para os resíduos.
Duro!
Bastou a operação "Praça Segura", da Guarda Civil Municipal, deixar a Praça Jorge Frange para que o local fosse novamente tomado por pessoas em situação de vulnerabilidade, muitos deles usuários de drogas que migraram do entorno do Terminal Rodoviário Jurandyr Cordeiro após ação da Prefeitura para desocupar a área. O impacto na região tem sido muito negativo. Se multiplicam os relatos de consumo aberto de drogas, abordagens agressivas a transeuntes (para “pedir” dinheiro) e de pequenos furtos em estabelecimentos comerciais do entorno.
(Foto/Divulgação)
Até quando?
Proprietários de supermercados, padarias, bares e farmácias na região da Praça Jorge Frange são os que mais têm sido afetados pela alta concentração de pedintes e usuários de drogas no local. O proprietário de um estabelecimento, que pediu para não ser identificado, disse que constantemente entram em seu comércio e tentam subtrair produtos: “de nada adiante manter um sistema de doação de alimentos prontos para consumo destinado a eles, querem mesmo é algo que possam vender para saciar o vício. Os fregueses estão evitando vir aqui, pois as abordagens são hostis, sentem-se coagidos a dar dinheiro. Além de não ter mais paz, vou acabar tendo que fechar, pois eles estão matando o meu ponto”, desabafou.
Não é mole não!
Ovos de Páscoa viram artigo de luxo com alta de 43% em 3 anos. Enquanto os consumidores se preparam para a Páscoa, levam um choque: os ovos subiram 9,5% só este ano, acumulando 43% de alta desde 2021. A justificativa, desta vez, é a crise na produção do cacau, mas fica a pergunta: será que a ganância das indústrias também não pesa nessa conta? O Procon de Uberaba expôs variações absurdas de até 82,7% no mesmo produto – um claro abuso contra o bolso do consumidor.
Deixar por conta do mercado?
A pesquisa do Procon mostra que, dependendo da loja, um ovo de Páscoa (observada a mesma marca de referência) com 277 gramas pode custar R$43,90 a R$69,90 – uma diferença de 59%. A caixa de bombons da Lacta, uma opção para quem não quer gastar esse absurdo, chega a variar 82,7%, indo de R$11,49 a R$20,99. Enquanto isso, a Nestlé mantém preços estáveis (apenas 0,2% de variação no mercado local). Observado o contexto, como o brasileiro já se habitou, a "lei da oferta e demanda" parece uma vez mais ser apenas mais uma desculpa para inflacionar a margem de lucros de muitas empresas.
(Foto/Reprodução)
Pesquisar é preciso
O ideal é o consumidor deixar de comprar, mas se você pensa diferente, a pesquisa do Procon Uberaba pode ajudar a garantir seus chocolates com menos impacto na carteira. Porém, o estudo do órgão municipal escancara o óbvio: o consumidor é refém de uma disparidade de preços que beira o absurdo. O presidente da instituição, Anderson Romero, recomenda comparar valores, mas e quando até o ovo mais barato está caro? Resta ao consumidor escolher entre pagar mais ou ficar sem – eis o "milagre" da Páscoa capitalista.
Boa!!!
O Arquivo Público de Uberaba (APU) está transformando a educação local através do projeto Extramuros, que recebeu 396 alunos de seis instituições de ensino apenas no primeiro trimestre de 2025. Com palestras interativas e visitas guiadas, os jovens têm contato direto com documentos históricos e com o acervo do órgão. O superintendente José Resende Filho destaca que a iniciativa democratiza o acesso à memória da cidade e estimula o senso de pertencimento.
Exposição imersiva
Além de explorar o acervo do APU, os participantes do Extramuros visitam a exposição "Estação de Memória", que recria a chegada da ferrovia em 1889 através de fotos, objetos e mapas interativos. O projeto oferece atendimento personalizado para cada escola, adaptando o conteúdo ao currículo estudantil. Para Resende Filho, a experiência vai além do passeio: "Queremos que os jovens se vejam como parte viva da história", afirma. Uma iniciativa que está plantando as sementes da cidadania consciente.
(Foto/Divulgação/Secom/PMU)
Privilégio que não ensina humanidade
A estudante de medicina Assúria Mesquita, filha de secretário estadual de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, que usou bônus regional para ingressar na UFAC (Universidade Federal do Acre) e depois chamou o estado de "roça", demonstrando não apenas xenofobia, mas uma contradição perversa: beneficia-se da educação custeada pelos tributos pagos por um povo pelo qual demonstra desprezo. Seu caso escancara um problema crônico em faculdades de medicina: a formação técnica que não consegue ensinar empatia ou senso de responsabilidade social. Retratação da acadêmica veio após a repercussão negativa de sua postagem.
Cultura tóxica
O caso da acadêmica acreana não é isolado: revela um padrão preocupante de elitismo e desprezo por comunidades menos favorecidas entre estudantes de medicina (claro que não é uma regra absoluta, mas casos semelhantes tem se tornado comuns). A futura médica ocupava cargo de liderança na Atlética Sinistra da UFAC, que repudiou sua conduta. Fato é que enquanto universidades não transformarem a formação humanística em prioridade real - e não apenas em discurso – o Brasil continuará formando profissionais com diploma, mas sem a essência da medicina: o respeito à dignidade humana. O Ministério Público do Acre instaurou uma notícia crime e requisitou a abertura de inquérito policial para apurar possível prática de xenofobia.
Frase
“Há na medicina um viés elitista histórico que, infelizmente, não muda com o passar dos anos.”
Arnaldo Bruno Oliveira