CONEXÃO URBANA

Projeto Social de Uberaba receberá prêmio nacional em Campinas

François Ramos e Leilane Vieto
François Ramos & Leilane Vieto
Publicado em 19/07/2025 às 21:43Atualizado em 21/07/2025 às 11:36
Compartilhar

Instituto Wander amplia presença social e mira novos horizontes em Uberaba
Em meio aos desafios do terceiro setor, o Instituto Wander tem conseguido algo raro: crescer com consistência, amparado em resultados concretos e vínculo direto com a comunidade. Prestes a ser reconhecido com mais um prêmio nacional — o Top 45 Marcas, em evento marcado para 16 de agosto, em Campinas —, o projeto avança com passos firmes. Neste sábado, parte das cerca de 350 crianças atendidas (sendo 90 delas da de Ponte Alta), visitou a futura sede da entidade: uma chácara no Bairro Estados Unidos, que já conta com campo de futebol e piscina. O espaço, ainda em obras, está sendo adaptado para ampliar a atuação do Instituto, que virou uma alternativa concreta à ausência de políticas públicas na área social.

Valores e prevenção: a base de uma pedagogia informal em ação
Muito além do esporte, o Instituto vem apostando em uma pedagogia não formal pautada em valores familiares, espiritualidade e prevenção. Durante o encontro na nova sede, o professor Wander falou diretamente a crianças e familiares sobre escolhas de vida, fé, disciplina e a importância da família como rede de apoio. A proposta é ambiciosa: ocupar o tempo e o imaginário da juventude com atividades esportivas e formativas antes que o tráfico ou a marginalização ocupem esse espaço. O discurso pode soar conservador a alguns, mas reflete um esforço real de enfrentamento da vulnerabilidade social que instituições estatais têm falhado em conter — e que projetos comunitários como esse tentam preencher.

Entre a fé e a ação: um projeto que desafia o abandono social
A motivação que sustenta o trabalho do professor Wander não vem de editais públicos ou grandes doações privadas, mas da fé pessoal e do compromisso comunitário. Ele não esconde que vê em sua crença cristã a base para resistir ao cansaço e à frustração de lidar com realidades duras — como o número crescente de jovens cooptados pelo crime. Ao propor mais do que escolinhas de futebol, o Instituto Wander se apresenta como um contraponto simbólico e prático à omissão estatal. O ideal, claro, seria que essas funções fossem assumidas com mais robustez pelas políticas públicas. Mas, enquanto isso não acontece, a atuação do Instituto é um lembrete de que ainda há forças mobilizadoras na sociedade civil que acreditam na transformação por meio da convivência, da escuta e do cuidado.


Foto: François Ramos

A Tornozeleira e o crepúsculo da guerra política digital
Fim de semana agitado na política nacional com reflexos em Uberaba. A tornozeleira eletrônica no tornozelo do ex-presidente conservador é mais que um adereço judicial; é o símbolo de um império digital que racha. A PF enquadrou Jair Bolsonaro por “obstrução de Justiça” e “ataque à soberania”, enquanto a Quaest se encarregou de mostrar que o “exército” das redes sociais demonstra nítidos sinais de fragmentação. O outrora onipotente bolsonarismo digital, que moldou realidades com memes e teorias da conspiração, agora cambaleia, perdendo tração e unidade. Resta a pergunta: o "mito" era feito apenas de pixels?

O movimento das redes e o eco da mudança
Com redes sociais proibidas e toque de recolher imposto, o ex-presidente é, enfim, confrontado com a adversidade digital. A acusação por tentativa de condicionar tarifas dos EUA à anistia do Messias revela um desespero que transcende a retórica inflamada e pode acarretar punição também ao deputado Eduardo Bolsonaro (seu filho), acusado de praticar, no território norte-americano, atos que ferem a soberania do Brasil. O impacto até agora? O “ambiente digital”, antes um megafone ensurdecedor, se tornou o espelho de uma estratégia política arriscada: nele, 59% das postagens apoiam a ação deflagrada por ordem do STF, enquanto 41% criticam a caneta do ministro Alexandre de Morais. Entretanto, apenas 11% utilizaram termos como “ditadura” ou “censura”, o que demonstra uma nítida mudança de comportamento.

O esvaziamento da narrativa de perseguição política
Enquanto Eduardo Bolsonaro apela a Trump e Flávio ensaia a velha cantilena da vitimização, os números da Quaest desvelam uma verdade incômoda: a narrativa do "preso político" não será suficiente para uma mudança decisiva no julgamento popular. A busca por “tornozeleira” supera a por “Bolsonaro” no Google, indicando que a curiosidade supera a militância neste momento. O que se vê não é um martírio, mas o isolamento de um projeto político que, sem o oxigênio das redes, pode começar a respirar por aparelhos, principalmente se insistir na figura do ex-presidente como candidato em 2026 (mesmo estando inelegível).

A fidelidade local e o desafio de “reagrupar a militância”
A direita brasileira, e em particular Jair Bolsonaro, enfrentam um momento delicado, buscando em aliados de todas as esferas o fôlego para uma reviravolta na opinião pública. Em Uberaba, a vereadora Ellen Miziara (PL), fiel escudeira, ecoa o mantra da "liderança, coragem e compromisso com a verdade". Contudo, apesar da 2ª Vice-presidente do PL/Mulher em Minas Gerais bradar vigorosamente contra a "parcialidade" e a "perseguição", o desafio reside em transpor essa retórica para a realidade de um eleitorado que, como apontam as pesquisas, parece menos engajado na narrativa da "ditadura".

Lealdade inabalável e ataque ao plano comunista
A lealdade da vereadora Ellen Miziara a Jair Bolsonaro é inegável! Em recente story — replicando Josiane Haese — ela faz um ataque frontal. A lista de denúncias chancelada pela parlamentar em sua rede social é extensa. Para seus quase 50 mil seguidores ela crava uma realidade na qual se observa: "Judiciário legislando", "Congresso sem poder", "censura" e "perseguição de opositores". A presidente do PL/Uberaba reforça a narrativa de um plano comunista para mergulhar o Brasil no totalitarismo. Essa lealdade local é um ativo, especialmente considerando o perfil conservador do eleitorado uberabense, algo evidente nas últimas eleições.


Foto: Arquivo

A Lei Magnitsky e o "Capitão" dos evangélicos
A defesa de Jair Bolsonaro em Uberaba ganhou reforço com o vereador Samuel Pereira (PMB), da bancada evangélica. Em seu Instagram, Pereira não só reitera o mantra de não julgar sem provas, mas também reafirma a base bolsonarista: "somos milhões com você capitão". O vereador, alinhado ao discurso de perseguição política, invoca a Lei Magnitsky, "palavra que os ministros do STF temem". Para ele, essa legislação americana para sanções a corruptos estaria "pousando no Brasil".

Efeito cascata dos vistos revogados
A menção à Lei Magnitsky por Samuel Pereira, ecoa os movimentos geopolíticos dos bolsonaristas. Na sexta-feira (18), em represália às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, já havia anunciado, via redes sociais, a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes e de seus "aliados" no STF, além de familiares. Essa ação, segundo os bolsonaristas, é um prenúncio do que estaria na mesa de Donald Trump: a aplicação da Lei Magnitsky contra o Brasil.

A Internacionalização da crise e o futuro das sanções
Aliados de Eduardo Bolsonaro já anunciam na imprensa nacional que mais sanções contra o Brasil devem ocorrer esta semana. A intenção é clara: internacionalizar a crise e reforçar a narrativa de perseguição. A questão que paira, contudo, é se essa "ajuda" vinda dos EUA será capaz de reverter a situação política de Bolsonaro. No tabuleiro real, as peças do xadrez judicial ainda se movem com autonomia, e a tornozeleira eletrônica talvez pese mais do que as sanções desejadas pela direita.

Cavalo na UPA e o “charme” rural de Uberaba
Cena inusitada chamou a atenção de quem passou pela UPA São Benedito, próxima ao centro de Uberaba, na tarde de ontem: Por volta de 16h45 era possível ver um cavalo, com sua montaria, "estacionado" no passeio da unidade. Em pleno 2025, o episódio mais parecia um vislumbre de um passado recente, levando a crer que andar pelas ruas da cidade, por vezes, oferece uma inesperada viagem no tempo.


Foto: François Ramos

Fé e gratidão na celebração dos 18 anos do Samu
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Uberaba, que completa 18 anos neste domingo (20), celebrou seu aniversário com uma visita especial da imagem de Nossa Senhora da Abadia. Servidores coroaram a Santa em um ato de canto, orações e muita emoção, seguido por um café julino. Em meio aos desafios diários de 650 mil acolhimentos em quase duas décadas, a fé e a gratidão se fizeram presentes, unindo a equipe dedicada a fazer a diferença na vida das pessoas.

Os bons samaritanos do Samu e a vocação que salva
A celebração dos 18 anos do Samu de Uberaba trouxe à tona histórias de dedicação e vocação. O médico Luiz Fernando Corrêa e as coordenadoras Tacimara Oliveira e Ana Karolina Souza Oliveira ressaltaram a gratidão e a realização em um trabalho que exige prontidão para todas as urgências, de clínicas a psiquiátricas. Com mais de 18 mil ligações e quase 10,5 mil atendimentos apenas neste primeiro semestre, os 82 profissionais do Samu foram elogiados também pelo diácono Nivaldo Martinelli, que os descreveu como "bons samaritanos" dispostos a servir em qualquer situação.

Frase
"O homem medíocre não acredita no que vê, mas no que aprende a dizer.”.

(Olavo de Carvalho)

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por