Pecado?
No próximo dia 31, quinta-feira, muitas escolas de Uberaba estão comemorando o Halloween. A coluna recebeu de um pai manifesto de indignação. Segundo ele, os cristãos se opõem aos festejos dos Dias das Bruxas, pois seria uma celebração dedicada aos espíritos dos mortos, à bruxaria e à magia negra, o que, na opinião dele rejeita completamente os fundamentos da fé cristã. Contudo, o Padre Josileudo Queiroz, afirma que não é assim que a Igreja Católica pensa.
Ignorância
Reconhecido em todo o Brasil pelo seu trabalho de evangelização digital, o Padre Josileudo Queiroz reúne mais de 1,5 milhão de seguidores em seu Instagram. De acordo com ele, o problema em relação à polêmica sobre Halloween é que alguns católicos “[...] não se dão ao trabalho de pesquisar, de ler, de ir atrás das informações oficiais da Igreja”. Claro que, como afirma o padre Fábio Marinho, de Uberlândia, as “verdades” podem variar de uma religião para outra e, portanto, nos assuntos de fé, o católico deve se preocupar com a perspectiva da Igreja Católica.
E qual é?
O Padre Josileudo Queiroz afirma que os festejos do Halloween nunca foram condenados pela Igreja Católica Apostólica Romana. Ele cita artigo um artigo do Bispo Dom Edgar da Cunha, titular da diocese de Fall River, que fica nos Estados Unidos, para lembrar que o Dia das Bruxas, em sua origem, era celebrado “[...] na véspera do Dia de Todos os Santos para enaltecer tudo aquilo que é santo, tudo aquilo que é bom”.
Cultura
Por fim, o Padre Josileudo Queiroz defende que para formar opinião é preciso ler e se informar nas fontes adequadas, caso contrário, tudo vai ser obra do mal e o “inimigo vai ser mais poderoso do que o próprio Deus”. Em sua perspectiva, construída após pesquisar sobre o tema, o Halloween deve ser compreendido apenas como uma “festa cultural”. O artigo de Dom Edgar da Cunha está disponível para leitura no site da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pode ser acessado pelo link: https://www.cnbb.org.br/holloween-preparacao-para-celebrar-a-festa-de-todos-os-santos/
Vitória
Após ler a coluna de ontem (28/10), Tony Carlos (MDB) deixou claro que não se considera um perdedor, pelo contrário, os quase 70 mil votos que lhe foram confiados pelo eleitor no segundo turno representam uma demonstração de esperança do povo de Uberaba nas propostas que foram apresentadas. Ele destaca que foram 5 mil votos a mais que o conquistado em 2020 (quando também enfrentou Elisa Araújo-PSD), uma projeção muito positiva e que reflete a consistência do que foi demonstrado ao longo de sua campanha.
Direita
Em relação à conclusão do processo eleitoral, que culminou com a vitória de Elisa Araújo, o conservador Samir Cecílio Filho (PL), que também concorreu à Prefeitura de Uberaba este ano e teve bom desempenho nas urnas, afirmou que para os liberais a participação no pleito terminou em 6 de outubro, com o fim do 1º turno. Entretanto, o trabalho continua, segundo ele, em especial na estruturação do partido, para que “[...] sempre nós tenhamos uma boa opção a oferecer para o eleitor uberabense”.
Esquerda
Em relação às eleições deste ano, Adriano Espíndola (PSTU), acredita que apesar da modesta votação (576 votos), foi possível estabelecer um diálogo mais profundo com a população uberabense, em especial com os trabalhadores e as camadas mais pobres: “[...] isso representa uma significativa vitória política, que pavimenta o caminho para o fortalecimento do PSTU como alternativa concreta contra as forças da direita e da extrema.
Motivo
Adriano Espíndola afirmou que a baixa expressão de sua candidatura a prefeito nas urnas, foi motivada por dois fatores principais: O peso do "voto útil" direcionado a AA e ao próprio Tony na tentativa de derrotar Elisa; e, a semiclandestinidade a que foi submetido pela legislação eleitoral, que determinou a exclusão de seu partido do horário eleitoral gratuito (e também do debate promovido pela Rede Globo).
Preocupado
O candidato socialista disse ainda que o resultado das eleições em Uberaba reflete um fenômeno nacional e internacional de fortalecimento da direita e da extrema-direita, o que na cidade se evidenciou não apenas pela eleição de representantes do campo bolsonarista, como Ellen Miziara e Luiz da Farmácia para a Câmara Municipal, mas também pelo fato de que disputaram o 2º turno dois candidatos da direita, ainda que pertencentes à sua ala mais moderada.
Então...
E por falar nela, a presidente do PL Uberaba, Ellen Miziara, que passa a integrar a bancada feminina da Câmara Municipal em 2025, é dada como nome certo na composição da mesa diretora da Casa Legislativa. Sempre combativa, a conservadora já disse que agora seu “[...] papel será trabalhar em prol de Uberaba. Vamos em frente. Estamos só começando”.
Comemoração
A prefeita Elisa Araújo, reeleita para mais quatro anos de governo (2025-2028), foi recepcionada ontem (28/10), por servidores públicos municipais, no Centro Administrativo e recebeu com alegria os cumprimentos da massa. A valorização do servidor, promovida em sua gestão, foi uma das bandeiras de campanha da candidata do PSD.
Na bronca
Durante a leitura de requerimentos na última segunda-feira (29), o vereador Paulo César Soares “China” (PCdoB), reeleito para seu sétimo mandato, abordou os estragos feitos pelas chuvas na avenida Padre Eddie Bernardes no último final de semana. Ele lembrou que obras naquela região, realizadas pelo Executivo, foram concluídas e inauguradas há cerca de dois meses e pediu informações e providências da Prefeita Elisa Araújo, no sentido de apurar responsabilidades e buscar a reparação dos danos.
Culpa
China destacou ainda, que se reuniu com alguns engenheiros para colher um olhar mais técnico sobre os danos verificados na avenida Padre Eddie Bernardes. Os profissionais consultados teriam afirmado que a construção de caixas de passagem de alvenaria, ao invés de concreto, pode ter contribuído com o episódio do final de semana, em que parte da via estourou e foram abertas “crateras” pelo asfalto.
Triste!
Não foi só em Uberaba que as abstenções cresceram. O segundo turno das eleições de 2024 registrou abstenção próxima a 30% do eleitorado, verificada a média nacional. O número constatado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é maior que o contabilizado no primeiro turno, quando o índice de ausência foi de 21,71%. No mínimo um sinal de alerta de que a política (e os políticos) precisam evoluir e resgatar a confiança popular.
Frase
“O povo quer honestidade na política, mas as pessoas não sabem ser honestas com o próximo. A política é o reflexo do seu povo.”
(Rafael Nascimento)
