Para baixo
Entre janeiro e novembro, no comparativo com idêntico período do ano passado, os crimes violentos (assassinatos, assaltos a mão armada e roubos, dentre outros) tiveram queda de 8,34%. Já os crimes contra o patrimônio foram reduzidos em 7,45%, segundo estatística divulgada ontem pelo comandante do 4º Batalhão, tenente-coronel Ney, e o delegado regional Francisco Gouvêa. Mas a sensação de insegurança na população permanece.
Integração?
Operação Harpia – que levou onze criminosos à prisão (outros cinco já estavam presos) – evidenciou que a integração entre as polícias estaduais não é absoluta. A Polícia Civil mobilizou enorme contingente para o cumprimento de mandados, recorrendo até mesmo aos policiais de Belo Horizonte. E, apesar das cautelas, a operação não se revestiu de sigilo absoluto. Na véspera, a deflagração da operação já era conhecida por “estranhos”.
Fora do páreo
A julgar pelo que Anderson disse aos presidentes das associações de bairro com quem se reuniu na noite de quarta-feira, ele não disputará as eleições parlamentares de 2012. O prefeito entende que o papel do legislador está completamente desvirtuado. “O valor do deputado está sendo medido pela quantidade de recursos que traz para o município e não pelas bandeiras empunhadas” (causas defendidas) – sentenciou.
Sai debaixo
Comando do 4º Batalhão tem razão de ficar com os “cabelos em pé” neste fim de ano, quando, naturalmente, aumentam as preocupações com segurança. É que cerca de sessenta presos deixarão a penitenciária, beneficiados por indultos e “saidão” (direito de passarem as festas com a família). Vale lembrar que perto de 150 detentos estão no regime semiaberto e trabalhando fora dos muros do complexo.
Até na tampa
Nos onze primeiros meses deste ano, 42 mil Relatórios de Eventos de Defesa Social (os antigos Boletins de Ocorrência) foram analisados, um a um, por uma dezena de delegados lotados em Uberaba. Volume foi transformado em pouco mais de 2 mil inquéritos policiais, enquanto outros 1,8 mil – mais antigos – foram concluídos e enviados ao Fórum “Melo Viana”. Do total, 604 apuraram furtos, 280 são referentes ao tráfico de drogas e outros 171 relativos a roubos. Envolvem, no mínimo, 1,8 mil criminosos.
Negativo
Manual de Fiscalização do Trânsito editado pelo Denatran e que entra em vigor dia 31 decreta o fim das blitz meramente preventivas e educativas. Documento deixa claro que não há discricionariedade quanto à lavratura de notificações por infração prevista no CTB. Ao constatar uma irregularidade, o fiscal de trânsito – que somente poderá atuar devidamente fardado e em horário de trabalho – terá de lavrar a notificação para o motorista. Resta saber se os fiscais já foram devidamente orientados.
Multas de trânsito
Polícia Militar e Guarda Municipal lavraram 11,4 mil notificações por infrações de trânsito, entre janeiro a novembro. A GM foi responsável por 5,9 mil e o pelotão de trânsito criado pelo 4º Batalhão produziu 5,5 mil. Mesmo na inexistência de convênio de reciprocidade de ação entre Prefeitura e Estado, que têm responsabilidades distintas no setor.
Ausências notadas
Mais uma vez participantes da reunião do IGESP – Integração das Gestões de Segurança Pública lamentaram, ontem, a ausência de juízes e promotores nas discussões sobre as ações de prevenção e repressão à criminalidade em Uberaba. O interventor do Estado, vindo de Belo Horizonte para comandar o encontro de aferição de metas estabelecidas para as polícias, ressaltou que o recesso foi o motivo apontado pelo Judiciário. Houve quem lembrasse que reuniões anteriores também não contaram com eles.
É muito fácil
Apontado como líder da quadrilha desbaratada pela Polícia Civil na quarta-feira, Pedro Evaristo Nunes comandava as ações do grupo mesmo estando preso na penitenciária “Nelson Hungria”. Na cela dele, esta semana, foram apreendidos dois chips telefônicos. Lá, como aqui e em Uberlândia, são frequentes as apreensões de celulares com os detentos. Anteontem, por exemplo, mais seis aparelhos foram localizados na Penitenciária “Aluízio Ignácio de Oliveira”. E nunca se chega aos responsáveis pela entrada de telefones e drogas nos presídios.
Para arquivo
Se não houver nenhuma reviravolta nas investigações, o inquérito que apura o assassinato de Antônio Stacciarini irá para arquivo sem a identificação do criminoso. A falta de preservação da casa em que morava o empresário, por ocasião do delito, prejudicou o trabalho da perícia e eventuais provas se perderam com o entra e sai de pessoas na residência antes da chegada dos policiais da área. Alguém chegou, inclusive, a cobrir o corpo de Stacciarini antes de ser examinado pelos peritos. A preservação do local de crime é indispensável a uma boa investigação.
Uma e outras
Sem mencionar nomes, o Corpo de Bombeiros anunciou ontem estar recebendo 11 sargentos e 4 cabos recém-promovidos após cursos em BH.// Hoje, a Branco e Preto e, amanhã, o Natal da Pró-Eventos. Últimos ingressos à venda por R$ 50 (meia) e R$ 100.// Ex-sindicalista Sérgio Gomes critica comentário da Polícia Civil de que são amadores os bandidos que estão explodindo caixas eletrônicos. “E se fossem profissionais?” – questiona.// Um excepcional espaço para festas de confraternização, casamento etc.: AABB. Consultas e agendamento pelos telefones 3312-1080 e 3312-1098.// Tarde de autógrafo, hoje (15h30 às 18h), na livraria Ponto de Luz (João Pinheiro, 313) com o jornalista Saulo Gomes.
