Pindaíba. A não elucidação da execução do empresário Romes Daher, em 2007, tem explicação também na crônica falta de dinheiro na Polícia Civil para diligências e diárias (são incontáveis as vezes em que policiais uberabenses pagaram despesas do próprio bolso para a captura de bandidos que fugiram para outros municípios). À época da morte de Daher, Grilo soube de imediato que os principais suspeitos eram do Norte do País, mas os policiais uberabenses jamais conseguiram autorização oficial (leia-se liberação de dinheiro) para ir até lá. E provas, sem recursos tecnológicos (também indisponível) não resistem ao tempo.
No bolso. A fixação do valor da fiança que possibilita a um acusado de crime responder por ele em liberdade deverá levar em conta a capacidade econômica do processado, o prejuízo causado ou o proveito obtido com o delito. O juiz poderá impor a uma pessoa rica o pagamento de milhões de reais para permanecer em liberdade provisória. O dinheiro será destinado à indenização da vítima (se o Estado o permitir) ou ao pagamento das custas judiciais. Medidas constam de lei aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados.
Bem recebida. Entre os policiais, a nova legislação é bem recebida por permitir também que o juiz decrete prisão preventiva do autor de crimes dolosos com pena superior a quatro anos. Entendem que isso poderá permitir que se tire das ruas inúmeros criminosos - não condenados - presos mais de dez vezes por diferentes delitos, mas que permanecem em liberdade.
Despercebido. Donos de terrenos desocupados podem ser multados pela Prefeitura pela simples inexistência na área de placa de identificação do lote (número encontrado no carnê do IPTU). O dispositivo, incluído no Código de Limpeza, é de autoria do vereador Riposatti (PSDB). A multa prevista é de R$ 150 e não inibe a aplicação de penalidade por sujeira. Ao cidadão cabe multa de R$ 75 também por não reparar o passeio danificado.
Pela ordem. Para disciplinar a denominação de logradouros públicos, Anderson baixou decreto determinando que as homenagens sejam prestadas pela ordem de aprovação pela Câmara. Mas, a falta de critérios estabelecidos em legislação para que o vereador apresente nomes a serem homenageados postumamente é também um obstáculo a ser vencido para que a honraria não seja concedida levando-se em conta apenas o aspecto político.
É gozação. Os partidos políticos deveriam respeitar mais o eleitor e parar de blefar sobre nomes para as eleições do ano que vem. Com certeza alguns dos já mencionados não são levados a sério nem internamente, mas não se dão conta de que estão apenas sendo usados até que comecem as articulações mais objetivas. Quando chegarem as convenções, a maioria desses nomes terá ficado pelo caminho e terá como “consolo” convite para concorrer à Câmara.
Trapalhada. Na documentação preparada na Penitenciária “Aluízio Ignácio” para a saída temporária do detento Adílio Carvalho Ferreira, solto equivocadamente, consta restrição à sua liberação. Nela está firmado que havia mandado de prisão (por outro processo) contra o suposto integrante do PCC que cumpria pena e acabou se beneficiando da falha. Depois de Adílio ser posto em liberdade é que o sistema percebeu o erro, colocando dezenas de homens nas ruas para recapturá-lo, mas sem sucesso. O período do “saidão” do detento termina hoje.
Barulho. Moradores da rua João Sabino Silva, no Oneida Mendes, não dormiram de sábado para domingo em razão do barulho de uma festa. Um deles diz ter tentado falar com a Patrulha do Silêncio, sem sucesso, e que a PM não quis atendê-lo, argumentando o atendente que também estava à procura dela (patrulha).
Faturando. Lula está faturando agora mais do que o fazia na Presidência da República. As palestras agendadas por ele até o fim de maio já somam R$ 1 milhão. Faturamento equivalente aos seus salários acumulados em oito anos no Palácio do Planalto e que a sucessora Dilma não terá em menos de quarenta meses.
Calcanhar de Aquiles. A entrada irregular de celulares na penitenciária continua sendo um dos calcanhares de Aquiles da segurança do complexo. Recentemente, em meio à conversa do juiz da Vara das Execuções Penais com agentes penitenciários e diretores, descobriu-se celular com um dos servidores em área restrita. Episódio ocorreu há quase duas semanas e ainda seria alvo de apuração interna. E as queixas de agentes sobre tratamento diferenciado dispensado pelo sistema aos servidores continuam.
Escuta. Guarda municipal se queixa de estar, assim como outros colegas, submetido a escuta telefônica clandestina. Secretário Ricardo Sarmento diz, por sua vez, ignorar o assunto. “Nenhum deles se queixou disso diretamente comigo” – assegura.
Uma e outras. Reivindicando aumento salarial real de 15%, motoristas e trocadores fazem protesto amanhã, em Uberlândia, rodando os ônibus com catracas livres (o povão não pagará passagem).// Fim de semana de luto para os familiares e inúmeros amigos de Salora, o contador. Sua digna jornada entre nós terminou.// Casa da Cultura Espírita abre hoje mais um curso gratuito de arte e pintura voltado para crianças e adolescentes especiais e pessoas necessitadas da atividade como terapia. Inscrição no local (rua Tocantins, 285/Vila Celeste), a partir das 14h.
“O pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”.
(Willian George Ward)
